Uns
chegavam, já com um bom recurso financeiro para iniciar qualquer negócio,
outros apenas com a roupa do corpo, a coragem e a disposição para o trabalho,
todos animados pela esperança de um futuro promissor.
Foi
naquela época que também aqui chegaram os primeiros feirenses, quase todos com
recursos financeiros ou portadores de uma profissão qualquer, principalmente
ourives e relojoeiros. Muitos foram os que aqui estiveram estabelecidos ou ambulantes com negócios de joias
fabricadas na própria Feira de Santana pelo competente artista Marionózio de
Melo, um dos melhores do país.
Enquanto
os sergipanos internavam-se pelas matas dedicando-se ao serviço da lavoura, os
sírio-libaneses dominavam o comércio de tecidos, miudezas, etc., os
feirenses eram os senhores absolutos no
mercado das joias, dos brincos, das argolas e dos anéis.
Não foram
poucos os que, confiados no futuro da zona,
se desfizeram de suas propriedades lá em Feira de Santana e se
estabeleceram definitivamente em Itabuna, e tornaram –se grandes negociantes ou abastados fazendeiros.
Em 1908,
quando Itabuna nos seus primeiros dias de liberdade, iniciava a marcha para o
progresso, tratando de sua organização administrativa, dois ilustres cidadãos
de Feira de Santana tomaram parte nesta grande arrancada, integrando o seu
primeiro Conselho Municipal. Foram eles os Srs. Firmino Ribeiro de Oliveira e
Antonio Gonçalves Brandão, o primeiro, presidente do Conselho, esteve à frente
da Administração Municipal, como substituto
eventual do Intendente Olinto Leone e o segundo foi seu Intendente efetivo no
período de 1912 a 1915.
Também
outros feirenses ocuparam cargos na administração municipal e nos serviços da
justiça como: Salvador Ayres de Almeida,
Amâncio Oliveira, Ambrósio Rubens, José
Samuel da Costa, Joaquim Brandão, Álvaro do Patrocínio, Pedro Virgínio
de Santana e outros.
Ainda é
digna de registro a colaboração dos feirenses no setor da música, pois grande
parte dos componentes da filarmônica local, Lira de Minerva, era de Feira de
Santana, inclusive os maestros Argeu Oliveira, Afonso Nolasco e Ambrósio
Rubens.
x x x x
Este
registro é uma homenagem aos bravos filhos da “Princesa do Sertão”, que
juntamente com os sergipanos e sírio-libaneses deram uma boa parcela de
contribuição para o desenvolvimento de Itabuna, contribuição esta que vem sendo
continuada através dos seus descendentes, hoje itabunenses ilustres: médicos,
dentistas, advogados, funcionários públicos, serventuários da justiça,
professores, operários, negociantes, fazendeiros, pecuaristas, etc. São os
descendentes de: Joaquim Gonçalves Brandão, Francisco da Silva Rocha, Francisco
da Silva Ribeiro, Aristóteles Pereira Suzart, Agda Borges Braitt, Antídio
Borges, Crescenciano Brandão, Adalberto Brandão, Antonio Gonçalves Setenta,
Salvador Brandão, Amâncio Oliveira, Everaldino Assis, David Almeida, José Alves
Franco, Elísio Oliveira e outros.
Extraído do livro DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO ILUSTRADO DE ITABUNA de José Dantas de Andrade 1ª Edição - 1968
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OBRIGADO IRMÃ EGLÊ , não conhecia este trabalho, vou me aprofundar nele, A LIGAÇÃO ITABUNA - FEIRA DE SANTANA. A PRINCESA DO SERTÃO E O INFANTE GRAPIUNA - O TROPEIRO E O LAVRADOR - ABASTECIMENTO E PRODUÇÃO = FORNECIMENTO E COMERCIALIZAÇÃO. DÁ PRA ESTABELECER DIVERSAS RELAÇÕES CULTURAIS
ResponderExcluirVAMOS TRABALHAR NESTA CONEXÃO INTERTERRITORIAL, INTER SETORIAL DE MODO INTEGRATIVO E COMPLEMENTAR
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