Captura de Tela – YouTube
O Padre Zezinho responde a pastor que comparou a imagem de
Nossa Senhora com uma garrafa de Coca-Cola
É lamentavelmente frequente que algumas correntes religiosas
ou mesmo laicistas ataquem Nossa Senhora e até profanem propositalmente imagens
que a representam. E é bastante significativo refletir sobre o porquê de se
incomodarem tanto com aquela a quem o próprio Deus escolheu para ser Sua mãe –
e nossa, quando a confiou aos Seus seguidores ao pé da cruz.
Nos últimos dias, repercutiu pela internet o vídeo em que o
pastor brasileiro Agenor Duque, da autodenominada Igreja Apostólica Plenitude
do Trono de Deus, faz uma comparação entre Nossa Senhora e uma garrafa de
refrigerante.
As reações de indignação vieram tanto de católicos quanto de
protestantes que desaprovam esse tipo de agressão contra a mãe do mesmo Jesus a
quem tais correntes religiosas dizem seguir. Entre as reações, reproduzimos a
seguir o comentário do padre Zezinho, um dos sacerdotes mais conhecidos e
queridos do Brasil:
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“Ecumenismo é o respeito que um crente em Deus tem pelos
outros crentes, mesmo que não orem nem creiam do mesmo jeito. Basta-lhes saber
que o outro ama o mesmo Deus e que Deus também ama os outros crentes. Neste
sentido são irmãos de fé. E, espero, irmãos na caridade que Jesus nos ensinou a
viver.
Tenho 76 anos e, pela sua atuação na TV, o pastor Agenor
Duque está há menos tempo pregando a fé cristã. Também não conheço seus
escritos e sua formação em filosofia, sociologia ou teologia. Realmente não sei
qual é a sua vertente cristã!
Mas recentemente ele nos brindou com uma agressão totalmente
desnecessária ao ridicularizar uma de nossas imagens de Maria. Temos muitas
imagens dela através do mundo mostrando que a mãe de Jesus é mãe para negros,
índios, europeus, esquimós, árabes, escravos e libertos, porque a vemos
vestindo a dores, as vestes e as cruzes de quem sofre.
O pastor Duque também se veste de mendigo e supostamente
quer dizer alguma coisa com aquelas vestes de quem sofre e não visa riqueza nem
lucro!
Mas, recentemente, ele comparou a imagem de nossa senhora
aparecida com uma garrafa de Coca-Cola; simbolicamente deixou cair a garrafa
dizendo que aquela garrafa não ora, nem ouve, nem pode ajudar a sua
plateia-assembleia! É claro que estava ridicularizando nossas imagens e
símbolos – e também a nossa Bíblia, porque a nossa Bíblia e as Bíblias que
imagino que ele usa também não falam, porque são feitas de papel.
Quis dizer que é mais fiel a Jesus do que nós, católicos,
porque ele não pede oração à mãe de Jesus nem acredita na intercessão dos
santos do céu, embora ele mesmo, na TV, intercede por seus fiéis como santo
pastor na terra, que ele afirma ser! Quem ora pelo seus fiéis está
intercedendo. Maria faz a mesma coisa no céu, para onde o Filho a levou. Ou
será que o pastor acha que Jesus ainda não levou a sua mãe para o céu?
1 – Esse tipo de pregação ridicularizando Maria raramente dá
certo. Até mesmo entre seus ouvintes e fiéis haverá crentes chocados com o
desrespeito do pregador pela mãe de Jesus, que, entre os católicos, é
representada em mais de 300 imagens através do mundo. Mas é a mesma mãe,
vestida de outras vestes – como o pastor Duque faz com seu terno, ou com sua
túnica de saco!
2 – Se um advogado católico quiser processá-lo por desprezo
à religião e aos símbolos da outra Igreja, ele terá enorme dificuldade em
provar que não agrediu a nossa fé.
3 – Uma coisa é repercutir um vídeo de outra igreja e
mostrar o que eles estão pregando; outra coisa é vilipendiar um culto de outra
Igreja. Num caso é informação reproduzida na internet; no outro é fazer uma
pregação induzindo os fiéis da sua igreja a agredirem a outra!
O pastor Agenor Duque, que se veste de mendigo humilde, nos
ofendeu e nos chamou de ignorantes porque ousamos representar Maria negra em
veste azul.
Acho que ele não se lembrou de que ele também é uma imagem
exótica quando entra naquele palco vestido de mendigo para anunciar a sua
igreja!"
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Pe. Zezinho, SCJ (via site iCatolica.com)
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