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sábado, 2 de maio de 2020

HISTORINHAS DE ODILON PINTO - Cyro de Mattos

Historinhas de Odilon Pinto

Cyro de Mattos


Na Bíblia encontram-se rápidos relatos em forma de alegoria ou parábola, que contam um acontecimento com vistas a tirar um ensinamento espiritual. Kafka usa a parábola em poucas linhas para mostrar o ilógico como uma coisa natural da vida. No caso de Odilon Pinto adota-se a técnica realista franca para escrever a vida com as suas historinhas, de tema variado, introduzindo-se no conteúdo as coisas que apesar de miúdas correm no mundo e formam um delicioso episódio. Para os gregos quanto menor a extensão, maior a compreensão; se maior a extensão, menor a compreensão. Certo é que do texto de ficção, menor no conto, maior no romance, espera-se do autor que transmita um novo sentido de vida, logrando-se extrair da matéria a parte noturna do ser.

Coisas da Vida (2004) reúne ficções bem escritas em apenas uma página, fantasias que dão prazer na leitura. No conteúdo da vida como ela é, cada uma delas arrasta o leitor com engenho e leveza, surpreende-o no desengano, no amor abortado, na ardência da paixão, no drama recheado de hipocrisia e ciúme. A vida apresentada na narrativa veloz vem quase sempre acompanhada de observações certeiras.

Em “A Doida”, que “se apegava à rua, era o caminho que devia percorrer...”; em “Paixão Recolhida” quando “durante dois anos fora senhor dos seus beijos, do calor do seu corpo, do cheiro dos seus cabelos. Isso tudo, quando se perde, cresce, até ficar do tamanho do mundo” , assim, embaralhando observações com dizeres suficientes, Odilon Pinto pontilha uma sintaxe verbal impregnada de sutilezas, mínimas referências instigantes.

Em Coisas da Vida encontramos, de página em página, a atuação humana na rotina chata da vida, às vezes de amores abortados, em outra hora com a faca que a traiçoeira invenção do gesto suspende e se completa no desfecho inusitado.

Em “Dick”, o cão retira do dono a sensação asfixiante de estar vivo, mas em “Sem Terra” o drama completa-se com o seu instante duro de sofrimento na solidão. No exemplo de “A Família”, a farsa vai tomando forma nas observações feitas pela personagem, uma mulher velha, sobre a palhaçada armada para ela na igreja como ritual de amor dos filhos. Ficam também em nossa lembrança as cenas de que a ocasião faz o ladrão e o acaso torna em vingança. O duelo entre o real e o sonho na doméstica sonhadora, com o sonho vencido pela dura lei da vida.

Com estofo de crônica, anedota esticada, texto motivado por noções de filosofia, fantasia do real fundido com o desastre conjugal, poesia da vida carregada de inconformismo, tristeza e revanche, é visível nesses quadros pintados com rápidas pinceladas por mão de mestre o quanto é rica a humanidade na sua pobreza social, no pequeno mundo rotineiro da vida. Não resta dúvida que desses quadros compostos por Odilon Pinto brilham momentos diletantes de leitura. O valor dessas historinhas primorosas força-nos dizer que nos pequenos frascos é que estão guardados os melhores perfumes.

Ligue o vídeo abaixo:




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Cyro de Mattos é escritor de contos, crônicas, romance, poemas, literatura infantojuvenil, ensaio e memorialista. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia. Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz. Possui prêmios literários importantes. Também é editado no exterior.

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domingo, 5 de janeiro de 2020

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA:Talento e Formosura - Catulo da Paixão Cearense



Talento e Formosura



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Tu podes bem guardar os dons da formosura
Que o tempo, um dia, há de implacável trucidar
Tu podes bem viver ufana da ventura
Que a natureza, cegamente, quis te dar


Prossegue embora em flóreas sendas, sempre ovante
De glórias cheia no teu sólio triunfante
Que antes que a morte vibre em ti funéreo golpe seu
A natureza irá roubando o que te deu

E quanto a mim, irei cantando o meu ideal de amor
Que é sempre novo no viçor da primavera
Na lira austera em que o Senhor me fez tão destro
Será meu estro só do que for imortal

Terei mais glória em conquistar com sentimento
Pensantes almas de varões e alto saber
E com amor e com pujança de talento
Fazer um bardo ternas lágrimas verter

Isso é mais nobre, mais sublime e edificante
Do que vencer um coração ignorante
Porque a beleza é só matéria e nada mais traduz
Mas o talento é só espírito e só luz

Tu podes bem sorrir das minhas desventuras
Pertenço à dor e gosto até de assim penar
Eu tenho n'alma um grande cofre de amarguras
Que é o meu tesouro e que ninguém pode roubar

Pois quando a dor me vem pedir alguma esmola
Eu lhe descerro as portas d'alma, que a consola
E dou-lhe as lágrimas que vão lhe mitigar o ardor
Que a inspiração dos versos meus só devo à dor

Descantarei na minha lira as obras-primas do Criador
O mago olor da flor desabrochando à luz do luar
O incenso d'água que nos olhos faz a mágoa rutilar
Uns olhos onde o amor tem seu altar

E o verde mar que se debruça n'alva areia a espumejar
E a noite que soluça e faz a Lua soluçar
E a estrela d'alva, a estrela Vésper languescente
Bastam somente para os bardos inspirar

Mas quando a morte conduzir-te à sepultura
O teu supremo orgulho a pó reduzirá
E após a morte profanar-te a formosura
Dos teus encantos mais ninguém se lembrará

Mas quando Deus fechar meus olhos sonhadores
Serei lembrado pelos bardos trovadores
Que os versos meus hão de, na lira, em magos tons, gemer
E eu, morto embora, nas canções hei de viver




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Catulo da Paixão Cearense

Nasceu no Maranhão e mudou-se para o Rio de Janeiro com a família aos 17 anos. Na capital, cedo travou contato com músicos do choro, como Anacleto de Medeiros e Sátiro Bilhar. É considerado um dos maiores poetas populares do Brasil, tendo escrito letra para músicas como Luar do Sertão, de João Pernabuco e Flor Amorosa, de Joaquim Callado.

Nascimento: Brasil, São Luis do Maranhão, 08/10/1863
Falecimento: Brasil, Rio de Janeiro, RJ, 10/05/1946






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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

GENERAL ESCREVE MENSAGEM EM HOMENAGEM A MORO E TEXTO VIRALIZA


"Um brilhante Juiz de Direito que transformou-se no brasileiro mais admirado deste planeta!"

09/12/2019

Caros amigos

Hoje, 09 de Dezembro, Dia Internacional do Combate à Corrupção, compareci à sessão solene da Câmara dos Deputados na qual foi mui justamente homenageado o Ministro Sérgio Moro.

Foi um bálsamo à alma de todos os patriotas presentes ao Plenário Ulisses Guimarães para assisti-lo, impávido e sereno, receber as homenagens dos que discursaram e as ovações dos que os aplaudiram em concordância plena com os louvores e com os agradecimentos que lhe eram dirigidos.

A placidez da sua feição retratava o desapego à soberba, ao aplauso e à aclamação popular para cumprir o seu dever e fazer cumprir a lei.

Sérgio Moro era a visão clara do estadista que se tornou conhecido e admirado por sua coragem física e moral, pela determinação com que estudou suas missões e pela competência com que as tem executado.

Um homem que faz acontecer e que encara a realidade e os riscos sem jactância ou fanfarronices.

Um Ministro de Estado comedido, lógico e racional, avesso ao populismo, à demagogia e à ostentação dos seus próprios feitos e méritos.

Um jurista que se doou à Pátria e que se fez homem público pelo resultado natural do seu trabalho, sem atalhos ou subterfúgios que retratassem qualquer arrependimento ou desajuste profissional.
Um brilhante Juiz de Direito que, ao abrir mão da carreira para desbravar caminhos para os que pretendessem segui-lo, transformou-se no brasileiro mais conhecido e admirado deste planeta.

Pela prática honesta do conhecimento e pela coerência moral das suas atitudes, no dia reservado a lembrar a ação de combate que ele personifica na sua melhor versão, Sérgio Moro apresenta-se como o modelo a ser seguido por todos os brasileiros honestos e como a antítese da maioria dos servidores eleitos que transitam e que já transitaram por aquela Casa, dita do Povo, em busca de fama e de fortuna pessoal!

Cumprimento a Deputada Carla Zambelli pela feliz e oportuna iniciativa de louvar e enaltecer as virtudes e a obra do Juiz e do Ministro Sérgio Moro, mormente em momento tão sensível da conjuntura nacional, quando, por atitude imprudente e irresponsável de um grupo de juristas da Suprema Corte, vemos circular entre nós corruptos já condenados, bandidos da pior espécie que se têm valido da liberdade provisória para, mesmo que em vão, ameaçar a tranquilidade e a estabilidade da Nação.

Gen Paulo Chagas

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Ligue o vídeo abaixo:



https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/17691/general-escreve-mensagem-em-homenagem-a-moro-e-texto-viraliza

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA REFLETINDO: Nas crises



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Nas Crises

Estarás talvez diante de algum problema que te parece positivamente insolúvel.

Não acredites que a fuga te possa auxiliar.

Pensa nas reservas de força que jazem dentro de ti e aceita as dificuldades como se apresentem.

Não abandones a tua possibilidade de trabalhar e continua fiel aos próprios deveres.

Assume as responsabilidades que te dizem respeito.


Evita comentar os aspectos negativos da provação que atravesses.

Ora – mas ora com sinceridade – pedindo a proteção de Deus em favor de todas as pessoas envolvidas no assunto que te preocupa, sejam elas quem sejam.

Se existem ofensores no campo das inquietações em que, porventura, te vejas, perdoa e esquece qualquer tipo de agressão de que hajas sido objeto.

Esforça-te por estabelecer a tranquilidade em tuas áreas de ação, sem considerar sacrifícios pessoais que serão sempre pequenos, por maiores te pareçam, na hipótese de serem realmente o preço da paz de que necessitas.

Se nenhuma iniciativa de tua parte é capaz de resolver o problema em foco, nunca recorras à violência, mas sim continua trabalhando e entrega-te a Deus.


Chico Xavier



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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

FORÇA, BOLSONARIANO!


Força, bolsonariano!

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 Sabíamos que não iria ser fácil, afinal o representante do corrupto Lula teve 44 milhões de votos. Tem gente plantado nas faculdades, no judiciário, na imprensa...Como tudo que é rasteiro, não morre facilmente.

Vencemos a eleição, mas a mudança que precisamos demanda tempo, luta, união e esperança. Não se deixe esmorecer, é tudo que os esquerdistas querem. A luta será sem tréguas. Mais do que nunca precisamos estar atentos e determinados. Pelo Brasil que precisamos, não desista.

Bolsonaro é alegre e espontâneo, mas é antes de tudo um ser humano que está sofrendo com o massacre que sua família está sofrendo. Vamos orar por eles e continuar firmes na rede social. Percebendo que está se deixando contaminar pelo trabalho contínuo da imprensa esquerdista, evite ouvi-la.

Ponha na sua cabeça, teremos nesses quatro anos muitas crises, algumas decepções, porém nada é pior do que o Brasil roubado, sucateado, desempregado, sem ética e moral dos seus homens públicos, até então. Uma herança maldita.

A imprensa esquerdista quer nos imobilizar, tentando nos convencer que Bolsonaro é blefe. Resta-nos manter acesa nossa intolerância e agir contra toda sorte de "lavagem cerebral" . O PT e seus "puxadinhos" são mestres no assunto.

Vombora, mais eu.

Lucene

(Recebi via WhatsApp)


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terça-feira, 13 de novembro de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA, UM POEMA: O PERDÃO – Catulo da Paixão Cearense


O Perdão
(A Bastos Tigre)


João Carreiro era um carreiro,
proprietário de um carro
e de uma junta de bois.
Com a dona Chica Constança,
com quem se casou depois,
recebeu-os como herança,
do falecido Ramalho,
seu padrinho e seu avô.
(“Avô? Mas avô de quem?
Já estou contando na certa
com a tua interrogação!)

A pena não se explicou.

Mas tudo fica explicado
numa breve explicação: -
o velho, o avô falecido,
era o da moça!... (Percebe?
Não era avô do João!)
O velho, que já sabia
que o rapaz gostava dela,
e ela, - do rapagão,
não tendo mais que deixar,
morrendo, deixou-lhe a neta
e mais os bois e o carrão.

A Constança, com franqueza,
a neta do Zé Ramalho,
não era a flor da beleza,
mas era a flor do trabalho.

Todo o tesouro, a fortuna,
todo o bem do João Carreiro,
desse homem trabalhador,
todo o afeto, o seu amor,
todo o seu grande ideal,
era a Constança, o seu carro,
a bela junta de bois
que estava lá no curral,
e o seu templo – a sua choça
a casa mais conhecida
de toda gente da roça.

Dizem mesmo algumas bocas
que o nosso belo carreiro
foi um tanto interesseiro,
porque se casou, primeiro
pelo carro e pelos bois...
- Mas não amava a Constança?!
- Amava... Mas todos dizem
que o amor veio depois.

Quem visse aqueles carinhos
com que tratava o seu gado,
ficava desconfiado!

Os bois não eram crianças,
mas também não eram velhos,
pois quando inchavam nas pernas,
para fazerem aparro,
e arrancavam do lameiro
as duas rodas do carro,
com os nervos dos seus pescoços...
eram bem moços... bem moços!...

Um chamava-se Laranjo,
e era um boi arreliado,
forçudo, mas preguiçoso:
o outro era o Beija-Flor,
que era também de vigor,
mas muito manso e amoroso.

Para pegar o Laranjo
e botá-lo no varão,
era um trabalho estupendo,
eram horas de canseiras;
pois quando o boi pressentia
que o dono vinha agarrá-lo,
corria, como um cavalo,
pelas matas e capoeiras.

Ao passo que o Beija-Flor,
carinhoso, terno e leal,
bastava ouvir o seu grito,
acorria logo aflito,
para encostar-se ao varal.

Enquanto para o Laranjo
fazer uma simples coisa
era preciso que o dono
se esfalfasse de gritar,
o Beija, sempre fagueiro,
obedecia ao carreiro
por um simplíssimo olhar.

Tudo o que o dono dizia,
gesticulando ou falando,
o Beija-Flor entendia.

Quando a carroça caía
num caldeirão do caminho,
o Beija-Flor já sabia
o que tinha de fazer,
sem auxílio do varão.

E quando o outro fingia
que estava fazendo força
para arrancar a carroça
de dentro do caldeirão,
num gemido que soltava,
parece que assim falava:

“O Laranjo está fingindo!
“Não está puxando, nhôr, não!”

Então o cabra levava
tanta varada e ferrão,
que o sangue logo espirrava,
a ensanguentar todo o chão.

À noite daquele dia,
o Laranjo recebia
metade só da ração.
E ainda mais: por pirraça,
na noite daquele dia,
O Beija-Flor só comia
o raro capim mimoso,
que é o novinho e o mais gostoso!

Mas o boi não se emendava,
porque gostava da turra!
Já tinha o ventre lanhado
e o pescoço encalombado
de chupitar tanta surra!

De uma feita, numa luta,
num combate desastrado,
o Laranjo ia matando
o pobre Beija!... Que horror!!!

O diabo tinha ciúme
té mesmo do Beija-Flor!

Foi um combate horroroso!...
Foi um prélio desigual!...

Em menos de dois minutos,
era uma vez um curral!

João que estava sesteando
lá dentro, em sua tapera,
ouvindo aqueles gemidos,
veio saber  que era.

Ao ver os dois animais
com os chifres emaranhados,
como dois alucinados,
e vendo que o Beija-Flor
não lhe levava vantagem,
e já ia, pouco a pouco,
arrefecendo a coragem...
ficou tão doido, tão louco,
que dando um murro tremendo
no vazio do rival,
recebeu, como resposta,
do Laranjo renegado
uma chifrada fatal!!

O golpe foi tão violento
que o homem titubeou,
e, como se fosse um morto,
quase morto ali ficou.

Quando, mais tarde, a mulher
deu ali com o seu marido,
com a rigidez de um cadáver,
naquele chão estendido,
num berreiro abriu a boca,
e lá foi dona Constança,
correndo, como uma louca,
em altos gritos aflitos,
alarmando a vizinhança!

Foi, sem exageração,
qual se tivesse explodido
a cratera de um vulcão!
Pois tanta gente saía
de toda parte a gritar,
que até parece que o mundo,
num incêndio pavoroso,
ia de vez se acabar!

Nos braços dos seus amigos,
num abrir e fechar de olhos,
João Carreiro, inanimado,
foi pra casa carregado,
enquanto foram chamar
a toda pressa o doutor,
o médico do lugar.

Em menos de dez minutos,
já se via a tigelinha,
a brivana do doutor,
muito bem arreadinha,
na porta do vitimado,
pataleando, a rinchar.

Ouvia-se o palpitar
de todos os corações,
quando o doutor se acercou
do leito do moribundo!
E quando, depois do exame,
num sorriso comovido,
disse aos íntimos: “Perdido”,
foi um silêncio profundo!!

O doutor se retirando,
e dando na brivaninha
um leve, pequeno açoite,
proferiu esta sentença: -
“Não passará desta noite”!

Desde o instante da chifrada,
o pobre do João Carreiro
tinha perdido o sentido!!...

Tinha a palavra perdido!!...

Mas, às três horas da tarde,
indo-lhe alguém perguntar
se, antes do seu trespasse,
queria que se matasse
o boi, que já estava preso
no ranchão lá do curral,
recuperando os sentidos,
em voz baixinha falando,
disse, quase soluçando:

“Deixem viver o animal!...
“Matá-lo?! Matá-lo?! Não!!
“É preciso que ele viva,
“para poder perdoar
“toda a minha ingratidão!

“Se eu quisesse me vingar
“dos coices e ponta-pés
“dos homens, desses cruéis
“que escoucearam minh’alma,
“talvez por muito os amar...
“tinha muito que matar!!

“Entre o grande racional
“e o pobre desse animal,
“qual foi mais atroz? Qual foi?!

“Amigos!... Se eu fosse boi...”

Ia dizer uma coisa,
Mas já não pôde falar!

A tarde se despedia!

A torre da Capelinha,
que em sua triste alegria
ao pé do monte floria,
sonorizava no bronze
as lágrimas soluçadas
na hora da Ave-Maria!!

Lá, no fundo do curral,
como longínquo trovão,
veio um profundo mugido,
num grito de maldição,
ou no perdão de um conforto!

O que seria?! O Perdão?!

Quem sabe?!

Só Deus e o morto!!!...


(POEMAS BRAVIOS)
Catulo da Paixão Cearense
.....................
            A musa de Catullo Cearense fala intimamente à alma e ao coração do nosso povo. Em cada estrofe desse poeta singular e milagroso, sente-se palpitar e estremecer o ideal amoroso, a tradição lírica da raça.
            Eis porque as inteligências solares, como Ruy Barbosa, exaltam com tanto carinho os versos límpidos, puros e singelos desse maravilhoso trovador do Sonho e da Beleza, que é Catullo Cearense.

                                                                                                                          Bezerra de Freitas


* * *

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

HÁ UM ANO, MAGNO MALTA DENUNCIOU O PLANO PARA MATAR BOLSONARO (VEJA O VÍDEO)


Adelio não é louco. É terrorista e estava no estrito cumprimento de uma missão.

10/09/2018

A intolerância com Jair Bolsonaro é coisa antiga.

A acusação de ser o deputado o intolerante, é mero subterfúgio para esconder o mal que acomete a ideologia esquerdista.

Não suportam e não admitem o pensamento contrário.

São extremamente agressivos e invasivos, não respeitam ninguém.
Não tratam quem pensa diferente como adversário, mas como inimigo ‘mortal’.

No vídeo, o senador revela e demonstra que o plano de esfaquear Bolsonaro vem sendo traçado há muito tempo pela esquerda.

Adelio não é louco. É terrorista e estava no estrito cumprimento de uma ‘missão’.

O vídeo abaixo é de agosto de 2017.



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quinta-feira, 31 de maio de 2018

ADORAÇÃO - Eglê S machado

Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
  
Ligue o vídeo abaixo:


Vídeo criado a partir de uma faixa do CD "Marcando Uma Época" gravado em out/2010. Ministério de Música Cristo Luz - Nações Unidas - Sabará - Minas Gerais Para Contatos: coral.cristoluz@gmail.com
Categoria
Licença padrão do YouTube

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sexta-feira, 25 de maio de 2018

LOGICAL SONG – SUPERTRAMP

Logical song

Ligue o vídeo:

Quando eu era jovem
Parecia que a vida era tão maravilhosa
Um milagre, oh ela era tão bonita, mágica
E todos os pássaros nas árvores
Eles cantavam tão felizes
Alegria, brincalhões, me olhando

Mas aí eles me mandaram embora
Para me ensinar a ser sensato,
Lógico, responsável, prático
E mostraram um mundo
Onde eu poderia ser dependente
Doente, intelectual, cínico.

Muitas vezes,
Quando todo mundo dorme
As questões... Todas profundas demais...
Para um homem tão simples

Mas, por favor,
Me diga o que aprendemos
Eu sei que soa absurdo
Mas por favor me diga quem eu sou

Eu digo:
Agora cuidado com o que você diz
Ou eles estarão te chamando de radical,
Liberal, fanático, criminoso

Você não vai assinar seu nome
Gostaríamos de sentir que você é
Aceitável, respeitável, apresentável
Um vegetal!

À noite, quando todo mundo dorme
As questões... Todas profundas demais...
Para um homem tão simples

Por favor, me diga o que aprendemos
Eu sei que soa absurdo
Mas, por favor,
Me diga quem eu sou.

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Com Carinho, Lucia
"Gotas de Crystal" ppscrystal@yahoo.com.br


quarta-feira, 16 de maio de 2018

FREI JOAQUIM CAMELI, A SERVIÇO DE DEUS E DOS HOMENS

Foto: Portal Católico

Ligue o vídeo abaixo:

Em Ripatransone, Itália,
Dia primeiro de Abril,
Mil novecentos e trinta,
Nasceu vivaz e gentil;
Veio pensado por Deus,
Que levou os passos seus
Rumo à missão no Brasil!

A dezenove de abril, (1)
Filho de Lavínia e Sante,
Recebeu nome: Giuseppe,
Na Igreja militante;
Pelo batismo de Luz
E pelo amor de Jesus
Foi recebido o infante.

No templo do lar materno,
Aos onze anos de vida,
Pelo chamado de Deus
Sentiu sua alma atraída:
Giuseppe!... Giuseppe!... E ao Eterno,
Ao Seu amor sempiterno
Entregou-se sem medida.

Foi a quatro de Outubro, (2)
Dia do Santo de Assis,
Que entrou no Seminário
Dos Capuchinos – assim quis;
E, na cidade de Fano,
O rapaz consciente e ufano
Foi muito forte e feliz.

Já no seu noviciado, (3)
Que se deu em Camerino,
Mudou de nome Giuseppe,
Deixando de ser menino:
Assim, Joaquim seria
Igual ao pai de Maria,
Mãe de Jesus – seu destino!

E cursou Filosofia (4)
Em Ancona, bela cidade;
Teologia em Loreto, (5)
Muito estudo e atividade;
Com obediência e temor
Exercia com louvor
O valor da caridade!

Aos dezoito de Dezembro (6)
Deu-se sua Ordenação
Na cidade de Loreto,
Para a sublime missão;
Destemido, sem vertigem,
No Santuário da Virgem
Consolidou a vocação.

Dois anos depois, Joaquim,
Chega às terras do Brasil,
Coração missionário
Em tempo bom ou hostil.
Cidade de Salvador,
Depois Feira de Santana,
Com a coragem espartana
E confiança varonil!

Deixou a terra natal
Zero grau – em pleno inverno,
Chegando ao Rio de Janeiro,
40 graus – tira o terno;
Itália, a sua nação,
Brasileiro por opção,
Missionário do Eterno!

Ensinou francês, latim,
História e geografia.
Na área educacional
Atuou com maestria;
Dali foi pra Jaguaquara,
Onde, educando, doara
O seu saber com alegria!

Praticou com muito zelo
As Virtudes Teologais
Mantendo a Fé, a Esperança,
E a Caridade, essenciais;
Irmão da Santa Pobreza,
Teve o Amor por riqueza,
PAZ E BEM seus ideais...

Como terna mãe que embala,
Corrigia com carinho;
Longe de jugo ou porfia,
Indicava o bom caminho.
Foi prudente e perspicaz,
Nunca tirano ou mendaz
E nunca esteve sozinho.


Homem leal, para o qual
“Tempestade era chuvisco”,
Frei Joaquim foi fortaleza,
Mas, como a gazela, arisco;
Diligente educador,
Tão clemente confessor,
Ideal de São Francisco.

Transferido pra Itabuna,
Teve a ditosa missão:
Substituir Frei Justo
Na Igreja da Conceição;
Ali atuou demais
Em atividades pastorais,
Sonho do seu coração...

Mas... “Santa Rita de Cássia”
Já brotando igual jasmim,
Surgia recém-criada
E parecia um jardim:
Seu primeiro jardineiro,
Que lhe deu jeito altaneiro,
Foi quem?! – o Frei Joaquim!


E o jovem missionário
Não se sentiu inseguro,
Gostava de criar ponte
E jogar ao chão o muro,
Em dois anos, fé e expensas,
Naquelas áreas extensas
Inaugurou o futuro!

Dava atenção aos mais fracos,
Pra não viverem de esmolas,
Protegia sempre a todos
- Brancos, índios, quilombolas;
Com atitudes tão belas
Permitiu que nas capelas
Funcionassem escolas!

Nessa Paróquia atuou,
Irradiando a virtude;
Orando em favor das almas
Atingiu a plenitude;
Amparar foi seu anseio,
Da Igreja foi esteio
Desde a tenra juventude!


Foi uma graça de Deus
Nas várias comunidades
Da Paróquia Santa Rita
E doutras localidades.
Quem o conheceu de perto
Sentiu e viveu decerto
Enorme felicidade!

Obediente ao Senhor,
Foi honra para os conventos.
Foram de paz e ternura
Os seus melhores momentos;
De alma imensa e festiva,
Construiu a Igreja viva
E foi construtor de templos!

Em Itabuna construiu,
Em cada comunidade,
Muitas e belas capelas
Que enriqueceram a cidade,
Desde o singelo oratório
Até o tão meritório
Santuário da Piedade!


Construiu a ‘Piedade’
E pra Medelín viajou.
Passou por lá algum tempo
E, quando, enfim, regressou,
Teve a alma contristada
Vendo a igreja depredada,
E Frei Joaquim chorou!...

Dedicou à Virgem Mãe
Templos de fé e acolhida:
Vitórias, Do Carmo, Lourdes,
Das Dores, Aparecida,
E Nossa Senhora Das Graças;
Que ali, ferrugem ou traças,
Jamais encontrem guarida.

Construiu outras igrejas
Dedicando com carinho:
Ao Coração de Jesus,
E ao grande Santo Agostinho,
Bom Jesus, Santa Luzia,
Pois ao povo pretendia
Demarcar o bom caminho.


Deixar o mundo feliz
Foi a sua meta, enfim;
E ergueu novas igrejas:
Para o Senhor do Bomfim,
Santos Cosme e Damião,
Também São Sebastião
- Igreja é refúgio, sim!

O paciente missionário
Não endureceu a cerviz;
Franciscano construtor,
Alma temente e feliz,
Não edificou por acaso
A igreja no Banco Raso
Pra São Francisco de Assis!

Confessor hábil e clemente,
Tirou almas de prisões,
Sorrindo lhes dava a bênção
Alegrando corações;
Já no final da “peleja”,
Só almejava ir à igreja
Atender às confissões.


Recebeu o honroso título
De Cidadão de Itabuna. (7)
Dos fracos foi defensor
Nesta plaga Grapiúna.
Comendador duas vezes, (8)
Enfrentou ímpios reveses,
O altar foi sua tribuna.

E Frei Joaquim Cameli
É também nome de rua, (9)
E no Hospital de Base
A homenagem continua,
Com seu nome em uma ala
Onde a esperança ainda fala
Da paz da mensagem sua!

Poeta da irmã Pobreza,
Que sempre doa o que tem;
Militante do Evangelho,
Frei Joaquim foi além:
Teve coração de atleta
E decisão de profeta,
Arauto de ‘PAZ E BEM’!


Repousou sobre seus ombros
A tarefa de ser lume,
Sua verve de guerreiro
Fez dissipar o negrume;
Com paciência sorria.
Com competência servia
- servir era o seu costume!

Em 2017, (10)
Partiu pra longe dos seus,
Deixando Itabuna em prantos
Foi para a festa nos céus;
Combatente de alma mansa,
Enfim, Frei Joaquim descansa,
Aos pés do trono de Deus!

E Frei Joaquim Cameli,
Que está na Santa Mansão,
Descansa atento aos aflitos
Em carinhosa atenção;
Seu coração solidário
Foi do Cristo-pão, sacrário.
Não padeceu solidão.


O pobrezinho missionário
Legou riqueza infinita:
“Combateu o bom combate”
Manteve a alma bonita.
Homem virtuoso, enorme,
O seu corpo agora dorme
Na igreja de Santa Rita. (11)

Há de elevar-se aos altares
Da Igreja de Jesus
Ele, que deu esperança,
Foi animação, foi luz,
Paciente, alegre e manso,
Fez da missão seu remanso,
Jamais se queixou da cruz...

Desvelo com a juventude
Que na vida corre risco;
Fiel apascentador
Das ovelhas do aprisco.
No seu carisma eu invisto:
São Francisco – “um novo Cristo”,
Frei Joaquim, - “novo Francisco”!


A Paróquia Santa Rita
Inaugura soberana
Monumento ao Frei Joaquim,
Com a emoção que emana,
Do afeto e do respeito.
Com a devoção e preito
Da Família Franciscana!

Roga por nosso triunfo
O confessor Frei Joaquim,
Cujo viver nos mostrou
Que é o homem do “sim”
Ao Deus que ama e perdoa,
À Caridade que doa
E ao encanto do amor sem fim!
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Poetisa: Eglê Santos Machado (OFS)
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
Revisão: Profa. Laura Gonzaga de Aquino Souza
Motivador: Antônio Carlos Saadi
Itabuna-BA. 03 de abril de 2018


PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA
Rua Juarez Távora, S/N, São Caetano, CEP: 45.607-410 Itabuna/BA.
Pároco Frei José Genilton Costa dos Santos Fone: (73) 3617-2722 E-mail: santaritadecassia@ig.com.br
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(1) – 1930
(2) - 1941
(3) - De 1947 a 1948
(4) - 1949
(5) - De 1952 a 1954
(6) - 1954
(7) – 1983
(8) – Comendas São José e Firmino Alves
(9) – Rua Frei Joaquim Cameli, bairro Pedro Gerônimo
(10) – 10 de Julho
(11) – Itabuna /BA.


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