A polícia cubana reprime as manifestações contra a
ditadura, em Havana no dia 13 de julho último
Plinio Corrêa de Oliveira
Segundo relatório que a Comissão Especial sobre Cuba
apresentou à Associação Interamericana de Imprensa, reunida [em 1969] em
Washington, Fidel Castro, premido por insucessos econômicos e diplomáticos de
várias ordens, cogitou — para continuar no poder — mudar sua política em
relação à América latina, propondo a esta um regime de coexistência pacífica.
Segundo aviso dado pela irmã de Fidel, Juanita Castro, à
referida Comissão, o comunismo cubano, apoiado em “manobras de alguns
setores norte-americanos e latino-americanos” empenhados em impedir ou
pelo menos retardar a libertação do povo cubano do marxismo, pensaria até
mesmo, para aliviar a situação, em derrubar o periclitante ditador,
substituindo-o por algum outro líder vermelho.
Como é fácil ver, essa mudança propiciaria, fora de Cuba, a
impressão de que o comunismo já não é tão feroz na Ilha. Essa impressão, por
sua vez, criaria um clima favorável à coexistência. E a coexistência,
afrouxando as tensões que estrangulam o comunismo cubano, proporcionaria a este
uma sobrevida.
Assim, com Castro ou sem Castro, é para a coexistência,
forçosamente velhaca e dolosa, que caminharia a Cuba vermelha.
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(Excertos do artigo de Plinio Corrêa de Oliveira na
“Folha de S. Paulo”, em 9-11-1969)
https://www.abim.inf.br/fidelcastrismo-sem-fidel-castro/
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