Serenata
Luiz Gonzaga Dias
Na paz da noite, aos pálidos lampejos,
Da luz é o meu astro um boêmio em farra,
Que põe notas de angústia nos solfejos,
E madrigais nas cordas da guitarra.
Em vibração de mágoas e desejos,
Corta o silêncio como cimitarra...
Cantando como uma ave ou a cigarra,
Beijo da lua os luminosos beijos.
Tangendo a lira em repetidos trenos,
Canto ao luar em devaneios plenos.
Minha canção apaixonada e mansa.
É que a lua foi sempre a minha amiga
Inspiradora e namorada antiga,
Desde os tempos longínquos de criança!
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“Um momento de arte e descanso, não faz mal ao corpo ou ao
espírito exausto.
Se o leitor não acha que ler poesia é perder tempo, leia um pouco estes versos.
Ao contrário, desculpe, e passe adiante.
De qualquer modo, queira aceitar os agradecimentos do autor.
São Felix, Estado da Bahia, Julho de 1962.
Luiz Gonzaga Dias”
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