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domingo, 28 de fevereiro de 2021

CRIME E CASTIGO – Gibran Khalil Gibran

 


Crime e Castigo

 

            Então, um dos juízes da cidade acercou-se e disse: “Fala-nos do Crime e do Castigo”.

            E ele respondeu, dizendo:

            “É quando o vosso espírito vagueia sobre o vento,

            Que vós, sozinhos e desprevenidos, cometeis delitos contra os outros e, portanto, contra vós próprios.

            E pela remissão do mal cometido, devereis bater à porta dos eleitos e esperar algum tempo antes de serdes atendidos.

       

            Similar ao oceano é vosso Eu-divino:

            Permanece sempre imaculado.

            E, como o éter, ele sustenta somente os alados.

           E similar também ao sol é vosso Eu-divino:

           Desconhece os caminhos das tocas e evita o covil das serpentes.

           Mas vosso Eu-divino não reside sozinho no vosso ser.

           Em vós, muito é ainda do homem, e muito não é ainda do homem.

           Mas apenas de um pigmeu informe que vagueia sonâmbulo nas brumas, à procura de seu próprio despertar.

           É do homem em vós que quero agora falar.

           Porque é ele, e não o vosso Eu-divino ou o pigmeu que vagueia nas brumas, quem conhece o crime e o castigo do crime.

 

           Constantemente vos tenho ouvido falar daquele que comete uma ação má como se não fosse dos vossos, mas um estrangeiro entre vós e um intruso em vosso mundo.

           Mas eu vos digo: Da mesma maneira que o santo e o justo não podem elevar-se acima do que há de mais elevado em vós,

           Assim o perverso e o fraco não podem descer abaixo do que há de mais baixo em vós.

           E da mesma forma que nenhuma folha amarelece senão com o silencioso assentimento da árvore inteira,

           Assim o malfeitor não pode agir mal sem o secreto consentimento de todos vós.

           Como uma procissão, vós avançais, juntos, para vosso Eu-divino.

           Vós sois o caminho e os que caminham.

           E quando um dentre vós tropeça, ele cai pelos que caminham atrás dele, alertando-os contra a pedra traiçoeira.

           Sim, e ele cai pelos que caminham adiante dele, que, embora tenham o pé mais ligeiro e mais seguro, não removeram a pedra traiçoeira.

          

           E ouvi também isto, embora a palavra deva pesar rudemente sobre vossos corações:

           O assassinado é censurável por seu próprio assassínio.

           E o roubado não é isento de culpa por ter sido roubado.

           E o justo não é inocente das ações do mau.

           Sim, o culpado é, muitas vezes, a vítima do ofendido.

           E mais comumente ainda, o condenado carrega o fardo para o inocente e o irreprochável.

           Vós não podeis separar o justo do injusto e o bom do malvado;

           Porque ambos caminham juntos diante da face do sol, exatamente como os fios branco e negro são tecidos juntos.

           E quando o fio negro se rompe, o tecelão verifica todo o tecido e examina também o tear.

 

           Se um dentre vós põe em julgamento a esposa infiel,

           Que pese também na balança o coração de seu marido, e meça sua alma com cuidado.

           E aquele que deseja fustigar o ofensor, examine a alma do ofendido.

           E se um dentre vós pretende punir em nome da retidão e por o machado na árvore do mal, que considere também as raízes da árvore;

           E, na verdade, encontrará as raízes do bem e do mal, do frutífero e do estéril, entrelaçadas no coração silencioso da terra.

           E vós, juízes que desejais ser justos,

           Que julgamento pronunciareis contra aquele que, embora honesto na carne, é ladrão no espírito?

           E como punireis aquele que assassina o corpo, mas é, ele próprio, assassinado no espírito?

           E como processareis aquele que, impostor e opressor nas suas ações,

           É também molestado e ultrajado?

           E como punireis aqueles cujos remorsos já são maiores que seus delitos?

           Não é o remorso uma justiça aplicada por esta mesma lei que vós desejais servir?

           E, contudo, não podeis pôr o remorso sobre o coração do inocente, nem o levantar do coração do culpado.

           Espontaneamente, ele gritará na noite para que os homens despertem e se considerem.

 

           E vós que desejais compreender a justiça, como a compreendereis sem examinar todas as ações na plenitude da luz?

           Somente então sabereis que o ereto e o caído são um mesmo homem, vagueando no crepúsculo entre a noite do seu Eu-pigmeu e o dia do seu Eu-divino,

           E que a pedra angular do templo não supera a pedra mais baixa de suas fundações.”

 


(O PROFETA)

Gibran Khalil Gibran

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Gibran Khalil Gibran - Poeta libanês, viveu na França e nos EUA. Também foi um aclamado pintor. Seus textos apresentam a beleza da alma humana e da Natureza, num estilo belo, místico, conseguindo com simplicidade explicar os segredos da vida, da alegria, da justiça, do amor, da verdade.

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VIDA E OBRA DE GIBRAN (3)

1902-1908- De novo em Boston. Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve poemas e meditações para Al-Muhajer (O Emigrante), jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, feito de música, imagens e símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo Árabe. Desenha e pinta numa arte mística abstrata, que lhe é própria. Uma exposição de seus primeiros quadros desperta o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskel, que lhe oferece custear seus estudos artísticos em Paris.

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#AoVivo: Coletiva de imprensa sobre edital de 5G

PALAVRA DA SALVAÇÃO (223)



2º Domingo da Quaresma – 28/02/2021


Anúncio do Evangelho (Mc 9,2-10)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.  Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

https://liturgia.cancaonova.com/pb/

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Roger Araújo:


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Transfiguração: contemplar-nos por dentro

 

Imagem: the-transfiguration-of-christ-greg-olsen.jpg

 

“E transfigurou-se diante deles” (Mc 9,2)

 No 2º. domingo da Quaresma de cada ano, a liturgia nos convida a subir o Monte da Transfiguração para “contemplar Jesus por dentro”, para conhecer seu coração, seus desejos mais íntimos, seus dinamismos de vida... enfim, o desvelamento da sua interioridade. Ao mesmo tempo, diante de Jesus transfigurado, temos também a ocasião privilegiada para nos “olhar” por dentro e descobrir nossa verdadeira identidade.

Todos os grandes personagens bíblicos fizeram sua experiência de Montanha (lugar de intimidade com Deus; de escuta e discernimento; lugar onde receberam uma “missão” e foram abençoados). Do alto da Montanha esta bênção foi se espalhando e atingindo a todos; experiência pessoal de alcance universal.

Também Jesus, o homem dos “vales” (lugar do compromisso, serviço...) sabia reservar momentos de Montanha (comunhão e escuta do Pai); ali Ele buscava sentido e força para a sua missão.

No Monte Tabor Ele deixa “transparecer” seu coração; diante do olhar assombrado dos discípulos Ele “desvela” aquilo que a visão superficial não capta: Ele é todo compaixão, bondade, acolhida, amor...

Jesus de Nazaré foi o homem que não pôs obstáculos ao Mistério para que se expressasse n’Ele; Ele foi pura transparência da Fonte originante, revelação do Rosto do Pai.

A Transfiguração de Jesus que Marcos relata é um símbolo das muitas “experiências de transfiguração” que todos experimentamos. A vida diária tende a fazer-se rotineira, monótona, cansada, deixando-nos desanimados, sem forças para caminhar. Mas, eis que irrompem momentos especiais, com frequência inesperados, em que uma luz desperta nosso interior, e os olhos do coração nos permitem ver muito mais longe e muito mais profundo do que estávamos vendo até esse momento. A realidade é a mesma, mas aparece transfigurada para nós, com outra figura, revelando sua dimensão interior, essa que intuíamos, mas, devido à nossa superficialidade, tínhamos esquecido. Essas experiências, verdadeiramente místicas, nos permitem renovar nossas energias e, inclusive, despertar nosso entusiasmo para continuar caminhando, na certeza de que “vimos o Invisível”.

Uma pessoa transfigurada é alguém que vê o que todo mundo vê, mas de maneira diferente; seu olhar contemplativo capta outra dimensão que se esconde aos olhares superficiais e frios.

Todos carecemos dessas experiências, para que nossa vida tenha outra inspiração, assim como os discípulos de Jesus precisaram desse momento da Transfiguração para que, num relance, tivessem a nítida certeza de que Ele era a “transparência do Pai” e eles próprios sentissem confirmados no seguimento.

Hoje, nós não podemos nos encontrar com Jesus no Tabor da Galiléia. Mas precisamos buscar nosso Tabor interior, onde brilha a luz que nos faz “diáfanos” (transparentes), onde se encontram as forças criativas que sustentarão nosso compromisso, onde ouviremos a Voz que confirmará nossa filiação: “este(a) é meu (minha) filho(a) amado(a)”.

Despojando-nos daquilo que nos desfigura, busquemos o que nos transfigura, o que mais nos humaniza e nos diviniza. É possível que, ao contemplar nosso coração, nos deparemos com muitas surpresas que jamais imaginávamos. 

Nesse sentido, a Montanha não é lugar só do encontro íntimo com o Senhor, mas também lugar do encontro com o melhor de nós mesmos, nosso ser essencial; no silêncio do monte poderemos perceber quem somos nós. Por isso a transfiguração é também descoberta do “eu profundo”, da própria realidade pessoal, do Mistério que habita em nós. É nessa manifestação divina que “descobrimos a nós mesmos”. Começamos a descobrir o nosso ser (único, original, sagrado...) quando “mergulhamos” no misterioso relacionamento com Deus e quando permitimos que o “mistério experimentado” se torne fonte de nossa identidade.

Nossa vocação é “transfigurar-nos”, superar nossa própria figura, ir além de nossa aparência para captar nossa originalidade e riqueza interior, nosso “eu original”.

Essa é a nossa verdadeira identidade; em certo sentido, é como se recordássemos quem somos e, ao recordar isso, iniciamos um caminho de volta à casa (as “três tendas”). “Voltar à casa” é deixar transparecer aquilo que é mais nobre em nós; é reconhecer que somos plenitude que transborda, fonte inesgotável de sonhos, criatividade, inspirações...

Cair na conta de nossa condição de “filhos/as amados/as” equivale a reconhecer-nos como transfigurados(as). E é isso mesmo que se pode afirmar de todo ser humano: cada um(a) de nós é “filho(a) amado(a)”, nascido(a) daquela mesma Fonte e, ao mesmo tempo, transparência dela.

Nosso “eu profundo” é luminoso, transparente, simples, verdadeiro... Mas, para percebê-lo, é preciso nos “despertar” e viver ancorados em nossa verdadeira identidade.

É preciso ir para além do “ego superficial”, uma ilusão que acreditávamos ser nossa identidade e que nos fazia viver em função dele, alimentando impulsos de poder, vaidade, imposição...

No entanto, a Transfiguração de Jesus nos possibilita ter acesso a um “lugar” sempre estável, sólido e permanente, onde nos fazemos presentes diante da Presença inefável.

Da transfiguração interior à uma presença que transfigura a realidade em que nos situamos. Não podemos recordar quem somos para permanecer em um “monte”, isolados e acomodados, mas para “descer” à vida cotidiana, com todos os seus conflitos, e viver ali o que “temos visto e ouvido”, a partir de uma atitude de bondade, compaixão e serviço.

A “Transfiguração” desperta em nós um novo “olhar” para perceber, com mais nitidez e intensidade, os lugares por onde transitamos, uma nova disposição para dar sentido e valor às relações cotidianas, uma presença solidária para nos colocar no lugar do outro, uma nova sensibilidade para “ver” a Presença d’Aquele que se “deixa transparecer” em todos os “Tabores” da vida.

O monte da Transfiguração transforma as obscuridades humanas em caminhos de luz e esperança, o ódio em fraternidade, a divisão em vínculo ... É preciso transfigurar nossas relações humanas, rompendo o círculo da intolerância, do juízo rápido e da indiferença. Por que não pensar que é uma nobre maneira de viver? Uma vida, uma cultura, uma sociedade que não se transfigura, que não transcende a existência e seus conteúdos, se desumaniza. 

Trans-figurar é deixar trans-parecer toda nossa riqueza interior. E isso não é fácil; normalmente cobrimos nossa verdade com máscaras ou com um “papel” que interpretamos. Vivemos uma quantidade de experiências rápidas, amontoadas, sem possibilidade de avaliação (ativismo, rotina, angústias, trabalho sem sentido; mundo fechado, sem horizontes, sem direção...)

O cotidiano faz-se rotineiro, convencional e, não raro, carregado de desencanto. Frequentemente vivemos o cotidiano com o anonimato que ele envolve; e isso nos desfigura, desumanizando-nos.

A luz da Transfiguração de Jesus nos desvela (tira o véu) e ativa a coragem a olhar para além da “casca de nossa humanidade”, e deixar emergir nossa originalidade e nobreza que não se deixam revelar diante do espelho, mas só numa experiência da interioridade.

A transfiguração de Jesus é um convite a que possamos nos transfigurar e transfigurar os outros e assim poder contemplar a beleza presente em cada um, muitas vezes escondida e que se revela de maneira um tanto quanto obscura.

Crer na Transfiguração é envolver-se no processo da transformação contínua da vida, esperando a transfiguração definitiva. 

Texto bíblico:  Mc 9,2-10

Na oração: Por vezes somos levados a conceber a aventura espiritual como uma fuga de nós mesmos, uma subida para outra região da atmosfera mais pura que o nosso dia-a-dia.

- “Não! Desça até o fundo de você mesmo! É dentro do seu próprio coração que Deus o espera”.

- A busca de Deus se assemelha mais a espeleologia do que ao alpinismo: tem mais de grutas que de cumes; mais de interioridade que de aparência, mais de “descida” que de “subida”.

- Diante da “transparência” de seu “eu profundo” você sente temores? resistências...?  Quais? Por que?

- “Transfigurar” compromete com a vida; você está disposto(a) a descer do seu “Tabor” para ser presença inspiradora no seu meio?  


Pe. Adroaldo Palaoro sj

https://centroloyola.org.br/revista/outras-palavras/espiritualidade/2273-transfiguracao-contemplar-nos-por-dentro

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O DESPERTAR DE UMA REAÇÃO SADIA – Pe. David Francisquini

 


Pe. David Francisquini*

 

            O demônio nunca dá o que promete. Como ele é o pai da mentira, este dito popular antigo será sempre atual, pelo menos enquanto o diabo for diabo, ou seja, para sempre. Como sacerdote, tenho testemunhado ao longo dos anos quão árduo tem sido o apostolado, sobretudo nos últimos tempos, pois são tantas lantejoulas a brilhar e tantos pratos de lentilhas a comer!

            Em seu livro Revolução e Contra-Revolução, Plinio Corrêa de Oliveira trata do homem revolucionário, aquele moldado pela Revolução várias vezes secular, que se julga autossuficiente e agnóstico, mas idolatra a ciência e a técnica. Nelas ele espera e crê poder resolver todos os seus problemas, eliminar a dor, a pobreza, a ignorância, a insegurança, enfim tudo aquilo a que chamamos efeito do pecado original.

            Não podendo se autoproclamar Deus, o revolucionário afirma que Ele não existe. Nega a redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas vai procurá-la na ciência e na técnica à espera de tempos cada vez melhores, e, quiçá, um dia poder vencer a morte. Com essa vã expectativa ele quer trabalhar cada vez menos e se divertir desbragadamente tanto quanto lhe for possível.

            Então, ele faz uma espécie de bloqueio mental para qualquer cogitação sobre a vida sobrenatural, sobre um pensamento no Sagrado Coração de Jesus, fonte de vida e santidade; sobre o Imaculado Coração de Maria, por meio do qual obtemos as graças suficientes e necessárias para nos manter nas vias traçadas por Deus, ou nos reconduzir à verdadeira paz e à reconciliação com Ele por meio da Confissão.

            Por outro lado, constato também algo de muito novo, ou seja, um estado de espírito, um sentimento de reação à Revolução igualitária que amadurece e se transforma em ideias, que por sua vez desemboca em ação contra a degringolada moral da sociedade. É de causar regozijo a um espírito reto, e amargura àqueles que não temem a Deus, ver o lado polêmico e ideológico desta reação.

            Esta reação profunda na opinião pública, que não se cinge apenas ao Brasil, vem sendo ostentada com galhardia no mais das vezes por pessoas jovens, demonstrando que Deus em sua infinita misericórdia vem em socorro dos homens. Pelas atitudes dos revolucionários diante desta sadia reação, vê-se que ela não é vã, pois se fundamentada em princípios da lei natural e da religião.

            Uma coisa é considerar as ideias em tese, outra é avaliá-las de perto, num indivíduo ou num grupo de pessoas, analisar as suas metas, métodos, modos e procedimentos. Costuma-se dizer que o ‘discurso’ da esquerda — religiosa ou não — é bonito, mas não passa de uma utopia. Basta ver o resultado da aplicação dessas ideias esquerdistas e socialistas nos países onde elas foram ou são aplicadas. Só produzem miséria e desolação.

            O que foi e vem sendo feito no Brasil tanto nos meios religiosos quanto públicos — no executivo, legislativo e judiciário — não foi pouco. De mãos dadas esses poderes, somados à grande mídia e aos adeptos da teologia da libertação, já pintaram e bordaram a fim de implantar aqui os seus propósitos despóticos, prepotentes e ditatoriais, dilapidatários, subvertendo toda ordem. Infelizmente, não cessaram…

            Por que desejam eles, por exemplo, a legalização do aborto, do incesto, da libertinagem, da poligamia, do divórcio, da eutanásia e das piores sem-vergonhices? Por que no campo social e econômico visam sempre a abolição da propriedade privada com a velha política da Reforma Agrária, acrescida de outros ardis recentes como a questão indígena, quilombola e trabalho escravo? 

            Na verdade, eles não visam o bem comum, mas o caos e a instabilidade em todos os campos da vida social. Com essas iniciativas antinaturais, pretendem regular uma modalidade temperamental difusa, a fim de discriminar os que defendem a família monogâmica e natural estabelecida pelo Criador e assim implantar a libertinagem que acabará o que ainda resta de civilização cristã. Eis a agenda da esquerda.

            Contrariando a lei natural, os fautores revolucionários parecem não ter calculado bem os seus passos, e em sua ânsia de destruir a estrutura social vigente avançaram muito depressa, o que causou nas forças vivas do País uma reação ordeira, saudável e eficaz em sentido contrário, provocando como consequência, uma polarização ideológica na opinião pública, por eles tão temida.

            Em minha opinião, esta luta se estabeleceu como um bem para a causa católica, pois deixa manifesta a esperança em um futuro melhor para as almas e para o País. Este fenômeno de opinião pública não ocorreu sem a graça divina, que ajudou as almas a conhecer o mal enquanto tal, refletido na falta de piedade e na compreensão da caridade cristã, ou seja da bondade que norteia a vida em sociedade.

            Alguém poderia perguntar se eles realmente amam os pobres, que eles propalam defender e dar suas vidas. Acontece que as Escrituras afirmam o contrário, ou seja, os ímpios são impiedosos em relação aos pobres, eles fazem perecer os indigentes da terra, roubam deles, e se servem deles apenas para se enriquecer e tirar vantagens. Portanto, não nos iludamos.

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(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira (RJ).

https://www.abim.inf.br/o-despertar-de-uma-reacao-sadia/

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

ENCHENTE COBRE O SACRÁRIO, MAS HÓSTIAS FICAM SECAS E INTACTAS EM MINAS GERAIS



Sacrário e hóstias do milagre em Lacerdina (MG). Foto de Carangola Notícias

Luis Dufaur

 

Na manhã do domingo de 21 de fevereiro 2021, fortes chuvas elevaram o nível do Rio Carangola que aumentava desde a sexta-feira (19 de fevereiro).

Elas provocaram uma enchente que deixou debaixo d’água o bairro Lacerdina, em Carangola, na Zona da Mata Mineira. O município está a 357 km de Belo Horizonte.

As águas invadiram a Capela Santo Antônio onde atingiram mais de 2 metros de altura cobrindo inteiramente o pequeno sacrário onde fica guardado o Santíssimo Sacramento.

Quando as águas desceram e se foi ver a dimensão do dano, aliás previsível, os moradores locais ficaram pasmos.


Capela de Santo Antônio em Lacerdina onde se deu o milagre

A água de fato cobriu totalmente o sacrário, mas as hóstias consagradas que estavam dentro dele, numa âmbula de simples vidro, permaneceram intactas e foram retiradas secas.

O fato correu pelas redes sociais. O fotógrafo Victor Marius, morador de Carangola, em seu perfil de Facebook descreveu o acontecido dizendo “que as hóstias permaneceram intactas demonstrando como nas maiores adversidades Deus permanece o mesmo”.

É o segundo ano consecutivo que acontece a enchente, mas esta foi “de proporções jamais vistas”, segundo Victor.

A Defesa Civil confirmou que esta foi a pior enchente registrada na cidade, deixando cerca de cinco famílias desabrigadas e dezenas de desalojados. Além de Carangola, outras cidades da região foram afetadas pelas enchentes (Cfr. ACIDigital).


Fiéis ficaram surpresos com o que viram. Foto: Victor Marius
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O jornal local “Carangola Notícias” acrescentou que grande parte dos moradores perderam quase tudo que tinham.

O fato humanamente inexplicável não só comoveu os moradores locais mas a todos os católicos que têm fé na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento e motivou muito reafervoramento nesse dogma através das redes sociais.

Os Evangelhos de São Mateus (14, 22-33), São Marcos (6, 45-52) e em São João (6,16-21) contam que após alimentar miraculosamente uma multidão de cinco mil seguidores que tinham ido ouvir sua palavra, Jesus mandou os discípulos partir numa barca enquanto Ele ficava para rezar sozinho na noite.

Mas, eis que no mar da Galileia “quando já era boa a distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário”.

Os Apóstolos ficaram tomados de medo até que viram a figura do Divino Mestre caminhando sobre as águas.

Ele então lhes disse: “‘Sou eu, não temais’. E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou”.

O prodígio de Lacerdina nos rememora aquele divino feito e nos ensina que por maiores que sejam os perigos e desgraças que o mundo passa ou venha a passar, podemos depositar n´Ele com certeza a nossa esperança de chegar a bom porto.

https://www.abim.inf.br/enchente-cobre-o-sacrario-mas-hostias-ficam-secas-e-intactas-em-minas-gerais/

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

ESCRITOR CYRO DE MATTOS GANHA PRÊMIO DAS ARTES JORGE PORTUGAL DA FUNCEB


 

Escritor Cyro de Mattos

Ganha Prêmio das Artes

Jorge Portugal da FUNCEB

 


Com o projeto de publicação da obra Canto até Hoje, o poeta Cyro de Mattos foi vencedor no Prêmio das Artes Jorge Portugal – Literatura – 2020, patrocinado pela Fundação Cultural da Bahia, no Programa Aldir Blanc. O prêmio a que o poeta fez jus é de 40 mil reais, que serão empregados na produção do livro Canto até Hoje, a ser publicado com o selo editorial da Fundação Casa de Jorge Amado, de Salvador, na Coleção Casa de Palavras.

           Com capa do consagrado desenhista Juarez Paraiso, prefácio do crítico Oscar D’Ambrósio, doutor em Artes da Universidade de Mackenzie, membro da Associação de Crítica Internacional, (SP), Canto até Hoje é um alentado volume de oitocentas páginas, constituído de livros publicados no Brasil e exterior, e ainda inéditos, além de apresentar um conjunto de textos críticos assinados por Jorge Amado, Eduardo  Portella, Helena Parente Cunha, Assis Brasil, Mário da Silva Brito, Carlos Moisés, Hélio Pólvora, Graça Capinha, Maria Irene Ramalho, Alfredo Pérez Alencart e outros.                                     

           Os livros que compõem  o volume Canto até Hoje são esses: Cantiga Grapiúna, Lavrador Inventivo, No Lado Azul da Canção, Vinte Poemas do Rio, Viagrária, A Casa Verde, Cancioneiro do Cacau,  Os Enganos Cativantes, Vinte e Um Poemas de Amor, Poemas Ibero-Americanos, Poemas de  Terreiro e Orixás, O Discurso do Rio; os inéditos Nesses Rumores e Mares, Agudo Mundo, Zurubundunga e Capanga de Sonetos;  os traduzidos e editados no exterior Canti della terra e dell’acqua,  Poesie Brasiliane della Bahia, Zwanzing Gedichte von Rio und Andere Gedichte, Donde Estoy y Soy, De Tes Instants dans le Poème, Il Bambino Camelô, Twenty River Poems, The Green House  e Of Cocoa and Water.

           A publicação de Canto até Hoje é uma edição comemorativa dos 60 anos de atividades literárias do autor.





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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

ACADÊMICA ROSISKA DARCY DE OLIVEIRA LANÇA NOVO LIVRO EM EVENTO VIRTUAL

 


Acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira lança novo livro em evento virtual


A  Acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira lançará seu novo livro, “Liberdade”, em um evento virtual promovido pela Editora Rocco em seu canal no Youtube. O evento acontecerá no dia 23 de fevereiro a partir das 18h. A nova obra oferece um voto de confiança no povo brasileiro, “cujo amor à liberdade se revela em sua diversidade, afeita em sua história à obrigação de negociar as diferenças e que se revela na obra de seus grandes artistas, nossos verdadeiros heróis”.

Exemplares já autografados poderão ser obtidos com exclusividade na Livraria Argumento do Leblon, situada na rua Dias Ferreira, 417, Rio de Janeiro.

Rosiska Darcy de Oliveira é a sexta ocupante da cadeira 10, eleita em 11 de abril de 2013. É escritora e ensaísta. Sua obra literária exprime uma trajetória de vida. Foi recebida em 14 de junho de 2013 pelo Acadêmico Eduardo Portella, na sucessão do Acadêmico Lêdo Ivo. Presidiu de 2007 a 2015 o movimento Rio Como Vamos de promoção da participação e responsabilidade cidadã. Foi vice-presidente de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro e é membro do Conselho Diretor da ACRJ, do Conselho Técnico da Confederação Nacional da Indústria e do Instituto Brasileiro de Defesa do Deficiente (IBDD), do PEN Clube do Brasil, do Conselho Científico do Museu do Amanhã.

 
22/02/2021

domingo, 21 de fevereiro de 2021

DIANTE DA LEI – Francisco Cândido Xavier




O espírito consciente, criado através dos milênios, nos domínios inferiores da natureza, chega à condição de humanidade, depois de haver pago os tributos que a evolução lhe reclama.

À vista disso, é natural compreendas que o livre arbítrio estabelece determinada posição para cada alma, porquanto cada pessoa deve a si mesma a situação em que se coloca.

És hoje o que fizeste contigo ontem. Serás amanhã o que fazes contigo hoje.

Chegamos no dia claro da razão, simples e ignorantes, diante do aprimoramento e do progresso, mas com liberdade interior de escolher o próprio caminho.

Todos temos, assim, na vontade a alavanca da vida, com infinitas possibilidades de mentalizar e realizar.

O governo do Universo é a justiça que define, em toda parte, a responsabilidade de cada um.

A glória do Universo é a sabedoria, expressando luz nas consciências.

O sustento do Universo é o trabalho que situa cada inteligência no lugar que lhe compete. A felicidade do Universo é o amor na forma do bem de todos.

O Criador concede às criaturas, no espaço e no tempo, as experiências que desejem, para que se ajustem, por fim, às leis de bondade e equilíbrio que O manifestam. Eis por que permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no mal ou no bem, é ação espiritual que depende de nós.

 

 

Espírito: EMMANUEL

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: "Justiça Divina"

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (222)

 


1º Domingo da Quaresma – 21/02/2021

Anúncio do Evangelho (Mc 1,12-15)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

https://liturgia.cancaonova.com

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Roger Araújo:



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Quando o Espírito nos arrasta...

 


“E imediatamente o Espírito impeliu Jesus para o deserto...” (Mc 1,12)

É um privilégio iniciar este tempo litúrgico, intenso e forte, chamado “tempo quaresmal”, deixando-nos “arrastar” pelo mesmo Espírito de Jesus; tempo único que nos oferece a possibilidade de fazer uma estratégica parada, de buscar o deserto em meio ao cotidiano, de plantar os pés na terra firme do evangelho e assim viver um compromisso transformador em nossa realidade. Nesse espaço e nesse tempo de maior despojamento, podemos sair de nossas inércias, podemos deixar de lado nossas seguranças e comodidades para transitar por novas paisagens. Há muitos modos de fazer isso: assumir com seriedade esse momento, investir no cuidado interior, abster-nos do rotineiro para abrir-nos ao inesperado e surpreendente...

Enfim, Quaresma sempre indica um tempo especial, de crise-crescimento; hoje diríamos, de discernimento. E o que devemos discernir? Qual é o crescimento-maturação que o tempo quaresmal nos propõe? O discernimento implica, em primeiro lugar, uma escuta atenta e uma profunda sintonia com o mesmo Espírito que atuava em Jesus, para fazermos opções mais evangélicas, a serviço da vida. É o Espírito, força de vida e amor, que nos conduz ao deserto para “desintoxicar-nos” de um modo de viver atrofiado, imposto por um contexto social centrado na busca de poder e prestígio, com seus inimigos mortais da competição, do consumismo, do preconceito e que, lentamente, envenenam nossa vida, instigando-nos a romper as relações de comunhão e compromisso. É preciso, de tempos em tempos, sair de nossos espaços rotineiros e “normóticos”, deslocar-nos para os amplos espaços do deserto, lugar despojado de tudo, para ali viver de novo o encontro com a Voz e a Força que nos devolvem à vida, com outra inspiração. Ali, guiados pelo Espírito, teremos a oportunidade de aprofundar nossa relação com a Fonte do Amor que, depois, se expandirá numa nova relação com os outros e com a natureza. 

Neste ano, a CF está centrada no tema do “diálogo”; e o deserto quaresmal ajuda a limpar os canais de comunicação que estão obstruídos pelo excesso de gordura do nosso “ego”: auto-centramento, busca dos próprios interesses, vaidades,... Sabemos que o diálogo implica um des-centramento, uma saída de si, para escutar e acolher o outro na sua diferença. O diálogo entre diferentes nos humaniza. Aqui não há mais lugar para o julgamento, a suspeita, o fanatismo, a intolerância..., nas diferentes situações da vida: religiosa, social, política, cultural, racial... Dialogar é abrir-nos ao outro diferente, sair do nosso próprio mundo, criar vínculos com outras pessoas, conhecer seu modo de ser e pensar..., multiplicando assim os pontos de vista, para enriquecer-nos humanamente, dilatar os horizontes, crescer pessoalmente. 

Todo primeiro domingo da quaresma a liturgia nos conduz até o deserto, onde Jesus foi “tentado”. Tradicionalmente, as tentações de Jesus foram interpretadas num sentido moralizante; costumava-se dizer que Jesus nos queria dar o exemplo de fortaleza para nos ajudar a superar nossas tentações cotidianas. Tal interpretação não capta em toda sua profundidade o sentido das “tentações de Jesus”.

As tentações não são tanto uma “prova” a superar quanto um projeto que deve ser discernido. O que parece certo, teológica e historicamente, é afirmar que Jesus, depois do batismo, buscou o deserto para um tempo de discernimento, em oração, em solidão, diante do Pai que o proclamou seu Filho, sob o impulso do Espírito; de algum modo teve de refletir e discernir sobre qual seria seu estilo de messianismo que deveria assumir para sua missão, em sua vida pública. É um tempo de confronto interior, de crise.

A “crise” põe à prova sua atitude frente a Deus: como viver sua missão e a partir de quê lugar? buscando seu próprio interesse ou escutando fielmente Palavra do Pai? Como deverá atuar? dominando os outros ou pondo-se a seu serviço? buscando poder e sua própria glória ou a vontade de Deus?... 

As tentações são, pois, expressão da oferta de dois tipos de messianismos, dois projetos, duas lógicas que se opõem.

* Por um lado, está a lógica da auto-suficiência, da segurança, a partir do centro, a partir de cima, um messianismo triunfalista, evitando conflitos com o poder político e religioso, alheio ao sofrimento do povo; uma lógica que supõe adaptação ao “sistema”, ser servido antes que servir.

* E, por outro lado, aparece a lógica da solidariedade, a partir da margem e da periferia da sociedade política e religiosa, a partir do povo, a partir de baixo, vivendo a filiação e a confiança no Pai, em gratuidade, num estilo de simplicidade e pobreza alternativo ao “sistema”, optando por servir antes que ser servido; uma lógica de inclusão e de vulnerabilidade frente o sofrimento do povo, na linha do Servo de Javé e dos grandes profetas de Israel. 

Fruto da experiência batismal de sentir-se Filho e do discernimento do deserto, Jesus elege a lógica da solidariedade e do serviço, a partir dos últimos. Assim como foi “impelido” pelo Espírito ao deserto, Jesus se deixa conduzir pelo mesmo Espírito em direção às margens excluídas, às “periferias existenciais”.

A partir deste discernimento e opção, o messianismo de Jesus se manifesta como “diferente” daquilo que muitos esperavam em Israel. O fato surpreendente é que Jesus começa a falar e a agir a partir da margem geográfica, cultural, religiosa e econômica da Palestina: a Galiléia. Jesus rompeu com a família, afastou-se da vida normal que levava, iniciou uma vida itinerante e passou a viver a partir de um sonho: a utopia do Reino. Vivendo no meio de uma realidade conflituosa, de exploração, de desintegração das instituições, de injustiças... Jesus, unido ao Pai, torna-se aluno dos fatos, descobre dentro deles a chegada da hora de Deus e anuncia ao povo: “O tempo já se completou e o REINO de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”  (Mc 1,15). Ele vem realizar as esperanças do povo, despertadas e alimentadas ao longo dos séculos, pelos profetas. Com sua vida e sua palavra, Jesus interrompe o discurso dos especialistas sobre Deus. Ele não tinha uma instituição em que pudesse se apoiar; tudo brotava de dentro.

Enquanto todos tinham os olhos voltados para o centro (sobretudo para o templo de Jerusalém onde era elaborado o saber que ia se expandindo até chegar à menor das sinagogas), Jesus revela sua presença nas “periferias” do mundo. A partir daí, todos nós também devemos dirigir constantemente o olhar para as “novas periferias”, lugar onde Ele continua nos convocando.

“O discípulo-missionário é um des-centrado: o centro é Jesus Cristo que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais. A posição do discípulo-missionário não é a de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias” (Papa Francisco)

Quê significa “fronteiras geográficas e existenciais”? É preciso sair dos limites conhecidos; sair de nossas seguranças para adentrar-nos no terreno do incerto; sair dos espaços onde nos sentimos fortes para arriscar-nos a transitar por lugares onde somos frágeis; sair do inquestionável para enfrentarmos o novo...

É decisivo estar dispostos a abrir espaços em nossa história a novas pessoas e situações, novos encontros, novas experiências... Porque sempre há algo diferente e inesperado que pode nos enriquecer...  A vida está cheia de possibilidades e surpresas; inumeráveis caminhos que podemos percorrer; pessoas instigantes que aparecem em nossas vidas; encontros, diálogos, aprendizagens, motivos para celebrar, lições que aprenderemos e nos farão um pouco mais lúcidos, mais humanos e mais simples...

A periferia passa a ser terra privilegiada onde nasce o “novo”, por obra do Espírito. Ali aparece o broto original do “nunca visto”, que em sua pequenez de fermento profético torna-se um desafio ao imobilismo petrificado e um questionamento à ordem estabelecida.

Texto bíblico:  Mc 1,12-15 

Na oração: Quaresma é tempo para desintoxicação existencial: feridas mal curadas, fracassos, modos fechados de viver, intolerâncias, legalismos e moralismos, ...

- De quê você precisa se desintoxicar? De quê você precisa se alimentar ao longo deste tempo quaresmal?


Pe. Adroaldo Palaoro sj

https://centroloyola.org.br/revista/outras-palavras/espiritualidade/2271-quando-o-espirito-nos-arrasta

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A RESPEITO DE JESUS CRISTO




“Nome:

JESUS CRISTO!


Graduação:

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Doutorado: 

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Médico auxiliar: 

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Não publicou livro, mas é a parte mais importante do Livro mais vendido do mundo:

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QUE ESSE MÉDICO TE VISITE HOJE!


Em química, Ele converteu a água em vinho; (João 2-1,11)

Em biologia, nasceu sem a concepção normal; (Mateus 1-18,25)

Em física, desmentiu a lei da gravidade, quando andou sobre as águas e subiu aos céus; 

(Marcos 6-49,51)

Em economia, Ele refutou a lei da matemática ao alimentar 5000 pessoas com somente cinco pães e dois peixes; e ainda fazer sobrar 12 cestos cheios. 

(Mateus 14-17,21)

Em medicina, curou os enfermos e os cegos sem administrar nenhuma dose de medicamento.

(Mateus 9-19,22 e João 9-1,15)

A história é contada antes DELE e depois DELE, Ele é o PRINCÍPIO e o FIM;

Ele foi chamado Maravilhoso, Conselheiro, o Príncipe da Paz, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores; (Isaías 9-6)

Na bíblia diz que ninguém vem ao Pai senão por Ele; Ele é o único caminho; 

(João 14-6)

Então... Quem é Ele?

Ele é JESUS!

Os olhos que leem esta mensagem não temerão o mal.

A mão que enviar esta mensagem, não trabalhará em vão.

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O MAIOR HOMEM DA HISTÓRIA: JESUS


Não tinha servos, no entanto O chamavam de Senhor

Não tinha nenhum grau de estudo, no entanto O chamavam de Mestre

Não tinha medicamentos, mas era chamado de médico dos médicos

Não tinha exército, mas reis O temiam

Não ganhou batalhas militares, no entanto, conquistou o mundo

Não cometeu nenhum delito, no entanto foi crucificado

Foi enterrado em uma tumba, no entanto, Ele vive!

Sinto-me honrado em servir a este líder que nos ama.


Esta mensagem fará bem a outras pessoas... Evangelize!

A Fé vem pelo ouvir a palavra de Deus”

 

(Recebi via Whats. Autoria não mencionada)

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