O Acadêmico e diplomata Affonso
Arinos de Mello Franco faleceu em casa na manhã de hoje, 15 de março. Segundo a
família, o Acadêmico foi vítima de problemas respiratórios. O sepultamento será
nesta segunda-feira, 16 de março, às 14h, no mausoléu da Academia
Brasileira de Letras. Diante da recomendação de se evitar reuniões e
aglomerações por conta do coronavírus, não haverá velório.
O Acadêmico
Sexto ocupante da Cadeira nº 17, eleito em 22 de julho de 1999, na sucessão de
Antonio Houaiss e recebido em 26 de novembro de 1999 pelo acadêmico José
Sarney. Recebeu o acadêmico José Murilo de Carvalho.
Affonso Arinos de Mello Franco
(Afonso Arinos, filho) nasceu em Belo Horizonte (MG), em 11 de novembro de
1930. Filiação: Affonso Arinos de Mello Franco e Anna Guilhermina Pereira de
Mello Franco.
Fez o curso de Bacharelado em
Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade
do Brasil, em 1949-53; o curso de Preparação à Carreira de Diplomata no
Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, em 1951-52; o
curso de Doutorado, Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito
da Universidade do Brasil, em 1954-55; o curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas
no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, em 1954; o curso
do Instituto Superior de Estudos Brasileiros, no Ministério da Educação e
Cultura, em 1955; o curso de Especialização em Política e Direito Internacional
na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Internacional de
Estudos Sociais Pro Deo, em Roma, em 1958; o curso de Promoção Comercial no
Centro de Comércio Internacional da Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento e do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, em
Genebra, em 1968; o curso de Economia Teórica e Aplicada na Escola de
Pós-Graduação em Economia do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas, em 1975; o Curso Superior de Guerra na Escola Superior de
Guerra, em 1975; o Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra, em 1980.
Iniciou a Carreira de Diplomata em
1952, como Cônsul de Terceira Classe, e em 1953 fez estágio na Divisão de
Questões Jurídicas do Departamento Jurídico das Nações Unidas, em Nova York. Às
suas funções e cargos, no Brasil e no exterior, somam-se atividades
jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes.
Na área jornalística, foi colaborador
da revista Manchete, em 1955-56; correspondente do Jornal do Brasil em Roma, em
1957-58; colaborador da Tribuna da Imprensa, 1960-61; colaborador de Fatos e
Fotos / Gente, 1976; colaborador da TV Educativa, 1976; colaborador da
Enciclopédia do Brasil Ilustrada, 1977; comentarista da TV Manchete, 1995-99;
colaborador do Jornal do Commercio, 2002-03. Escreveu artigos e deu entrevistas
para A Época, O Metropolitano, Tribuna da Imprensa,A Noite, Correio
Braziliense, Revista Civilização Brasileira, Manchete, Jornal do Brasil,
Revista Nacional.
De 1960 a 1962, foi deputado à
Assembléia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, na qual se
destacou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, em 1961, e como
presidente da Comissão de Educação, em 1962. Em 1964-65, foi professor de
Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de
Letras da Universidade de Brasília. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo
Estado da Guanabara, tendo sido, em 1965-66, membro da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara dos Deputados.
15/03/2020
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