Verso Delirante
Bernardo Linhares
Rastro da cauda do cometa,
trajando gala a lua cose
a fantasia do planeta.
Sol que emoldura a apoteose,
dândi no espelho do profeta,
qual paranoia em neurose,
delírio é pena de poeta.
Delineando em overdose,
poeta rima com caneta
quando no verso há simbiose.
E o soneto se completa
como se fosse a borboleta
que no casulo se diz pétala.
Bernardo Linhares
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário