Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonito para alguém,
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e
refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha
existência,
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um
sentido,
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o
fim,
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser um velho consciente e feliz!!!”
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Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de
julho de 1906 — Porto
Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
Mário Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal,
mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali
suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora
Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o "poeta das
coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela
profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda
a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal,
entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel
Proust, Mrs Dalloway de Virginia
Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni
Papini.
(Wikipédia)
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Boa noite
ResponderExcluirGostaria de saber em qual livro de Quintana, foi publicado este poema? Acho muito bonito mas já o vi divulgado com outras referências de autores.
O poema Deixe-me Envelhecer não é de Mario Quintana, foi publicado no livro: O Topo da Montanha (Contos e Poesia) - Editora Biblioteca 24horas - São Paulo, em 2014 de Concita Weber
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ResponderExcluirSó assim descobri Concita Weber! Desconfiei da autoria e fui procurar a autora! Muito prazer, Concita! Adorei vc e já encomendei dois livros seus!! 👏🏻❣️
ResponderExcluirEm um mundo em que as vaidades tornam as pessoas em carcaças vazias, é bom perceber que ainda existem pessoas que valorizam o que realmente importa nesta nossa curta existência.
ResponderExcluirEu também já fiquei em dúvida quanto a autoria do poema Deixem-me Envelhecer.
ResponderExcluirPor isso, devemos ter muito cuidado com tudo que é publicado nas redes sociais....Fica o alerta
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