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Redação
da Aleteia | Set 27, 2019
Ela já era invocada como Mãe de Deus em pleno século III,
bem antes que esse dogma fosse promulgado
A Biblioteca John Rylands, de Manchester, na Inglaterra,
adquiriu em 1917 um grande painel de papiro egípcio escrito em koiné, o
dialeto grego popular que servia como língua franca em toda a região
Mediterrânea. É o mesmo dialeto grego, aliás, em que foram escritos os
Evangelhos.
No papiro em questão há um fragmento, numerado pela
biblioteca como 470, cujo conteúdo, decifrado em 1939, parece proceder de uma
antiquíssima liturgia cristã copta de Natal.
Trata-se de uma oração a Nossa Senhora, possivelmente
composta no século III, na qual Maria é invocada como “Theotókos”, um
termo grego que significa “Mãe de Deus“.
É importante observar que a maternidade divina de Maria só
viria a ser oficialmente explicitada pela Igreja no III Concílio Ecumênico, o
de Éfeso, cerca de duzentos anos depois. Ou seja: os primeiros cristãos já
veneravam Nossa Senhora como Mãe de Deus desde bem antes que o dogma fosse
promulgado – e ao menos um século antes de Constantino e do Edito de Milão.
“Sob a vossa proteção”
Diz a oração:
Sob a vossa proteção nos refugiamos,
Mãe de Deus!
Não desprezeis as nossas súplicas
em nossas dificuldades,
mas livrai-nos do perigo,
Vós, toda Santa e bendita!
Mãe de Deus!
Não desprezeis as nossas súplicas
em nossas dificuldades,
mas livrai-nos do perigo,
Vós, toda Santa e bendita!
Esta oração passou a ser tradicionalmente rezada quando se
sai de casa, pedindo o auxílio de Nossa Mãe.
“Sub tuum praesídium”
Conheça também a versão em latim:
Sub tuum praesídium confúgimus,
Sancta Dei Génitrix;
nostras deprecatiónes ne despícias
in necessitátibus nóstris,
sed a perículis cúnctis
líbera nos sémper,
Virgo gloriosa et benedicta.
Sancta Dei Génitrix;
nostras deprecatiónes ne despícias
in necessitátibus nóstris,
sed a perículis cúnctis
líbera nos sémper,
Virgo gloriosa et benedicta.
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