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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

DETESTÁVEL PRECONCEITO! - Antonio Nunes de Souza

Lamentavelmente, estamos todos passivos do abominável sentimento denominado “preconceito”!

Quando se fala sobre isso, vem logo na mente o mais conhecido e, imaginável por muitos, que somente é exorbitante quando se refere a cor. Um monstruoso e ledo engano. Esse podre sentimento é, tranquilamente, bastante forte com a etnia negra e suas derivações, como também e fortemente, com a classe social menos privilegiada, além dos homossexuais!

Época atrás chegava-se a dizer que os quatro Ps eram as classes mais combatidas: “Pretos, Pobres, Putas e Pederastas”. E, lamentavelmente, não mudou absolutamente nada!

Apenas, pela força dos desempenhos em algumas, ou todas atividades, portas foram abertas na sociedade, principalmente pelo poderio econômico, e com a benevolência interesseira da mídia.

Hoje, inegavelmente, com o bruto sucesso dos negros no futebol, literatura, danças, músicas, teatro, televisão e, praticamente em todas as modalidades esportivas, que, conhecidamente, são agraciados com salários astronômicos, são tolerados em grandes eventos sociais públicos e particulares! Entretanto, verdadeiramente, são tolerados porque dão “Ibope”, mas, no íntimo, não são aceitos. Nas fotos que a “sociedade organizada” tira com eles, são somente para aproveitar, pois, sabem que circularão em todas as revistas. Essa é uma parte conhecida da asquerosa hipocrisia social!

Temos todos, que são conscientes e bons observadores, segurar essa triste situação, se conformando constrangidos com as novas nomenclatura para os quatro “Ps”, que atualmente são chamados, em função das suas posses e famas de: Negro é “moreno escuro”, Pobre é “povo brasileiro”, Puta é “garota de programa” e Pederasta é “gay e trans”.

Como disse acima, as tolerâncias são baseadas exclusivamente nas famas e nas posses financeiras. Eu sou do tempo que preto era “negão”, pobre era “coitado”, prostituta era “puta” e pederasta era “viado”. O preconceito era muito mais acirrado. Também, essas classes, geralmente, eram de baixa renda, a não ser a homossexual que, há milhares de anos, sempre atingiu todas as classes sociais.

Eu, sinceramente, respeito todos eles, tenho o maior carinho e jamais discriminei alguém, pois, para mim, somos iguais e com direito de proceder da maneira que mais nos apraz!


Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL



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