16 de julho de 2019
Para
todos nós católicos, o panorama na Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana se
enegrece cada dia mais.
A ofensiva esquerdista que está sendo preparada através do Sínodo dos Bispos
sobre a Amazônia prenuncia uma verdadeira revolução, não só a respeito do modo
de se considerar a Igreja, mas com reflexos apocalípticos para toda a ordem
mundial.
Há pouco foi publicado o documento Instrumentum laboris,
que define a pauta desse Sínodo. É verdadeiramente assustador! Mais
apropriadamente, poderia chamar-se Documento Preparatório para o Concílio
Vaticano III, pois o Sínodo Pan-Amazônico está para o Concílio Vaticano II como
este está para o Concílio de Trento.
Em outras palavras, a verdadeira explosão de modificações pastorais e
doutrinárias que o Concílio Vaticano II provocou na Igreja se repetirá com o
lançamento da Igreja Amazônica, mas num âmbito muitíssimo mais grave e radical.
A tal hermenêutica da continuidade, já impossível, pura e simplesmente se
evapora.
Para ajudar a compreender melhor o que estou dizendo cumpre retroceder ao
Pontificado antimodernista de São Pio X, que pautou sua vida em combater o
modernismo, heresia que, segundo ele, continha em si todas as heresias.
Após São Pio X começou um afrouxamento no combate ao modernismo, que depois deu
lugar à ascensão paulatina de uma doutrina que é o próprio modernismo revestido
de hipócritas aparências, o chamado progressismo.
Ao mesmo tempo, um amolecimento sentimental gerado na alma dos católicos
subtraiu-lhes a combatividade e inoculou um espírito entreguista, concessivo e
meloso, o qual foi se acentuando até o Concílio Vaticano II.
Suficientemente amolecidos os católicos, foi possível lançar as “novidades” do
Vaticano II e, depois, a crescente desfiguração do espírito e da mentalidade
católicas. A Teologia da Libertação ganhou impulso e a esquerda católica
robusteceu-se muito.
Uma parte dos fieis se escandalizou com o progressismo e o
recusou. A estes foi oferecido, em lugar da espiritualidade tradicional
católica, um carismatismo oriundo dos protestantes pentecostais americanos.
Essa mudança na Igreja escandalizou muitos católicos de fé fraca, que por falta
de convicções profundas preferiram abandoná-la em troca de religiões
protestantes.
Nada foi feito de relevante pelos Pastores para trazer de volta as ovelhas,
porque a postura ecumênica da esquerda católica ensina que não há gravidade em
se mudar de religião. Por isso, desde o Concílio Vaticano II até hoje, vemos o
rebanho católico brasileiro diminuir de 97% para pouco mais de 50%, sob a
indiferença de grande parte dos Pastores. Existe até a proibição de fazer
“proselitismo”, ou seja, apostolado para recuperá-los.
Concomitantemente a isso, uma imensa parte do Clero foi se desfigurando cada
vez mais, perdendo sua sacralidade, respeitabilidade e santidade, e se
mostrando cada vez mais amigo dos antigos lobos dizimadores do rebanho.
Notícias de escândalos morais dos mais pesados cometidos por um enorme número
de clérigos enchem os jornais de numerosos países, deixando ainda mais
perplexas as ovelhas.
E é justamente em meio a esse caos religioso que é convocado um Sínodo que vai
lançar praticamente uma nova igreja, totalmente adaptada à vida tribal dos índios,
mas que será uma nova fase a ser aplicada, conforme anunciam seus responsáveis,
para a Igreja no mundo inteiro. É o anúncio de uma revolução profunda, que
destruirá totalmente a ideia verdadeira da Igreja na maioria dos católicos,
lançando-os numa crise de Fé jamais vista.
Caso esse plano tenha sucesso, os católicos que aderirem a ele mudarão de
religião e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo se reduzirá a uma
minoria. Minoria essa que, provavelmente, terá muito que sofrer. Mas será
sustentada pela promessa de Nosso Senhor de que as portas do inferno não
prevalecerão contra a Igreja, e vencerá com Ele no Triunfo do Imaculado Coração
de Maria prometido por Nossa Senhora em Fátima.
Comentários
José Antonio Rocha
17 de julho de 2019
Não tenhamos medo. Tenhamos fé. Os escravos de satanás, os
novos Judas, não vencerão. Deus é mais forte que todo o mal. Jesus Cristo
venceu o mundo, a morte e o pecado. O coração imaculado da Virgem Maria
triunfará. Amém.
Julio Ricardo Bonilla
17 de julho de 2019
Artigo excelente. Principalmente para deixar clara a
responsabilidade da Hierarquia Católica em permitir e propiciar que este estado
de coisas tão alarmante seja alcançado na Igreja em geral e neste Sínodo da
Amazônia em particular.
Não é só a responsabilidade da nefasta Teologia da Libertação ressuscitada em nossos dias, mas mostra bem como a culpa vem por causa do modernismo anterior ao Vaticano II, por causa deste, e nos dias seguintes, com aquele progressismo autodemoledor que chega até o documento Instumento laboris, forjado por Francisco.
Não há o menor exagero na gravidade da situação que o autor comenta, e tampouco em afirmar que esse drama da Igreja já está atingindo fronteiras apocalípticas. Nunca antes, nos 20 séculos de existência, foram as calamidades tão assustadoras que hoje vemos todos os dias.
Parabéns para o autor do artigo.
Não é só a responsabilidade da nefasta Teologia da Libertação ressuscitada em nossos dias, mas mostra bem como a culpa vem por causa do modernismo anterior ao Vaticano II, por causa deste, e nos dias seguintes, com aquele progressismo autodemoledor que chega até o documento Instumento laboris, forjado por Francisco.
Não há o menor exagero na gravidade da situação que o autor comenta, e tampouco em afirmar que esse drama da Igreja já está atingindo fronteiras apocalípticas. Nunca antes, nos 20 séculos de existência, foram as calamidades tão assustadoras que hoje vemos todos os dias.
Parabéns para o autor do artigo.
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