17
de julho de 2019
Contava-se antigamente que, para ouvir
de certo homem suspeito se ele tinha ou não praticado um furto, levaram-no
diante de uma imagem do Profeta Elias. Desejava-se verificar se continuaria
negando o crime. O suspeito disse que não acreditava em Deus e aceitou o
desafio. Posto diante da imagem, ficou tão amedrontado que confessou ser ele o
ladrão. Alegou depois que não conseguia mentir diante daquela fisionomia
increpadora do Profeta.
Desse Santo Profeta do Altíssimo, os livros
registram numerosas alegorias ou alcunhas. Eis algumas: Espada do Senhor Deus
dos Exércitos; raio exterminador dos ímpios; trovão e ímpeto de fogo; força
avassaladora; vingador dos crimes; justiceiro da honra de Deus; pavor dos maus;
glória dos bons; martelo dos tiranos; precursor e prefigura de Cristo; defensor
das Leis divinas; extirpador dos idólatras; primeiro devoto da Santíssima
Virgem; pai e chefe dos carmelitas (pater et dux carmelitarum).
Segundo muitos de seus fiéis, o Profeta
era invocado como “Elias-o-trovão”, porque comandava os trovões, os raios e a
chuva. Na cidade russa de Novgorod havia duas igrejas: uma consagrada a
“Elias-o-úmido”, outra a “Elias-o-seco”. Os devotos rezavam a uma ou outra
invocação conforme as necessidades da agricultura — quando se precisava de
chuva ou de estiagem para as plantações. Narra-se que em uma das Cruzadas Santo
Elias apareceu no céu com um gládio em chamas, pondo em fuga os maometanos.
Por tudo isso, podemos sustentar que
Elias não foi um homem incerto, morno, indefinido, indeciso, genérico, e muito
menos um centrista… Mas algum acomodado a quem coubessem qualificativos como
esses objetaria que Elias era puro ódio. Por um lado isso é verdade, pois
odiava o mal. Mas por outro lado se consumia de amor a Deus, abrasava-se de
zelo pela sua honra. Conforme registra a Sagrada Escritura, é dele a
afirmação: Zelo zelatus sum pro Domino Deo exercituum (“Eu me
consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos” – 1 Reis, 19,10).
Muito de acordo com um antigo adágio
espanhol, “quem ama, odeia; e quem odeia, combate”, podemos
dizer que o ódio de Elias contra os inimigos de Deus crescia em decorrência de
seu amor a Deus. Também podemos afirmar que Elias foi o escolhido por Deus para
seu vingador contra os ímpios prevaricadores, que em seu tempo (quase 1.000
anos antes de Cristo) afrontavam as Leis divinas.
Podemos então indagar: Se o Profeta
Elias vivesse em nossos dias de tanta prevaricação moral e afronta à verdadeira
Religião, qual seria a atitude “eliática”? Como ele se comportaria?
Leia, estimado leitor, a matéria de
capa da edição da revista Catolicismo deste mês, e
certamente encontrará os elementos para a resposta. Depois, se desejar,
envie-nos seus comentários.
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Comentário
17 de julho de 2019
Só digo uma coisa: Santo Elias iria ter
muito trabalho…
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