De um artigo assinado por Percy Waxman, intitulado “O temor
não é senão um mau hábito”, transcrevemos os parágrafos finais, pela nota sadia
que exprimem:
“Todos
devemos aprender, cedo ou tarde, que ninguém além de nós mesmos pode dissipar
nossos temores. Os amigos podem simpatizar conosco e consolar-nos, procurar
acalmar-nos com palavras bondosas e expressões otimistas, mas ninguém, senão
nós mesmos, pode eliminar nossos temores ou aliviar-nos da necessidade de
suportá-los. E ainda que suportar francamente nossos temores seja o primeiro
passo a ser dado para dissipá-los, não é o único”.
“A um célebre
anatomista inglês, um jovem estudante perguntou qual era a melhor cura para o temor,
e ele respondeu: ‘Procurar fazer alguma coisa em prol de alguém.’ A resposta
assombrou o estudante, que pediu mais explicações, ao que o mestre acrescentou:
Você não pode ter em mente, ao mesmo tempo, dois conjuntos opostos de
pensamentos. Um afugentará sempre o outro. Assim, por exemplo, se sua mente
está completamente com o desejo altruísta de ajudar outra pessoa, não pode ao
mesmo tempo albergar o temor”.
“Isto é
precisamente o que queria dizer São João, ao escrever: ‘O perfeito amor lança
fora o temor’. Tenho experimentado que a luta puramente intelectual contra o temor
não basta. É, nem mais nem menos, assunto de uma conquista espiritual”. Como disse
o Dr. Sadler, bem conhecido psiquiatra: “A única solução de cura conhecida para
o temor é a fé.” A fé num poder exterior a nós, desfaz o temor. A fé mantém-nos
serenos em meio ao perigo, capacita-nos para considerar a vida com todos os
azares e ameaças, sem titubear, e nos permite arrostar as situações com
confiança impossível de ser obtida de qualquer outra maneira.
“Quando na
hora de nossa necessidade buscamos essa Mão Auxiliadora, renasce-nos o valor e
dissipam-se na insignificância as névoas do temor.”
(A CHAVE DA FELICIDADE E A SAÚDE MENTAL- Marcelo J. Fayard - Capítulo 11 - Emoções e enfermidades.)
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