2 de novembro de 2018
Como Nosso Senhor Jesus Cristo nos advertiu, a morte virá de
repente, como um ladrão, oculto e de noite (I Tes. 5, 2) e como nos ensina e
reafirmamos no Símbolo dos Apóstolos: “Creio na ressurreição da carne, na vida
eterna. Amém”.
Em nossos dias impregnados de materialismo e ateísmo,
procura-se evitar a lembrança da morte, embora seja ela a única coisa que nos
acontecerá com absoluta certeza.
Causa-nos temor recordar essa verdade, a ponto de muitos
evitarem passar pelo cemitério até mesmo por ocasião de algum enterro, e outros
procuram eliminar os aspectos trágicos, pungentes e tristes da morte. Chega-se
ao extremo de tornar festivos os ambientes dos funerais, parecidos a lugares
para encontros sociais mundanos.
Contrapondo-se a essa tendência materialista, a Santa Igreja
nos faz lembrar de uma vida eterna após a morte. Incentiva-nos a meditar os
“novíssimos do homem” — morte, juízo final, céu e inferno — e aconselha: “Em
todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e jamais pecarás (Ecl.
7, 40).
Como mãe, a Igreja associa-se às nossas lágrimas e consola
nossas dores na perda de um ente querido. Também nos incentiva a tributar todo
respeito aos mortos, participar de funerais, sepultar dignamente os cadáveres,
visitar as famílias enlutadas, rezar, oferecer sacrifícios e assistir à Missa
em sufrágio das almas dos falecidos, para que sejam libertadas das penas do
Purgatório e conduzidas ao Céu.
No dia de Finados, é especialmente louvável
recordar as almas dos fiéis defuntos, de modo particular de nossos parentes e
conhecidos, rezar por eles e visitar seus restos mortais nos cemitérios.
Para que nossos leitores possam medir quanto o mundo moderno
se encontra distante de uma atitude varonil e católica perante o luto e a
morte, a revista Catolicismo reproduz na edição de novembro um
conjunto de oportunas considerações do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o
luto — os costumes tradicionais, as honras fúnebres, as manifestações e a
concepção cristã de luto — e como esses valores vão sendo esquecidos e
abandonados, devido ao conceito materialista de viver como se nunca fôssemos
morrer. Como Jesus nos advertiu, a morte virá de repente, como um ladrão,
oculto e de noite (I Tes. 5, 2).
Desejo aos prezados leitores uma proveitosa leitura de tal
matéria, peço à Sagrada Família, Jesus, Maria e José, que nos conceda a todos a
graça de uma boa morte. E peço também que aumente em nós a esperança da
ressurreição, conforme nos ensina e reafirmamos no Símbolo dos Apóstolos: “Creio
na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém”.
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário