17 de novembro de 2018
Médicos cubanos sendo transportados por avião russo
♦ Marcos
Machado
O comunicado divulgado no dia 14 último, no qual o
Ministério da Saúde Pública de Cuba classifica de “depreciativas” as palavras
de Jair Bolsonaro sobre os médicos cubanos, passa recibo às considerações e
condições estabelecidas pelo Presidente eleito.
Com efeito, Bolsonaro colocou apenas três condições — aliás,
do mais elementar bom senso — à continuação de médicos cubanos no programa
“Mais médicos”: 1ª) salário integral, e não apenas 30% do que atualmente
recebem, libertando-os assim do trabalho escravo, pois 70% de seus salários são
tomados pelo regime comunista; 2ª) permissão de Cuba para que os pais tragam
suas famílias para o Brasil; 3ª) submeterem-se ao Revalida (o Exame
Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de
Educação Superior Estrangeira).
O que afirma a nota do comunicado cubano?
Que as palavras de Bolsonaro são “depreciativas” em relação
aos médicos cubanos;
Que são “inaceitáveis” e “descumprem as garantias acordadas
desde o início do programa”.
“Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção
da presença dos profissionais cubanos no Programa”.
Note-se que Cuba não contestou nenhuma afirmação de
Bolsonaro. Quem cala, consente.
Cuba passou recibo e confirmou as palavras de Bolsonaro
No entanto, seria tão simples para Cuba autorizar os filhos
a viajar com seus pais, dar a estes o salário integral a que têm direito, e
permitir que seus profissionais sejam submetidos ao Revalida.
Ou será que Cuba tem outras razões e não quer aguardar o
novo governo tomar posse? Bolsonaro já declarou que seu governo está disposto a
conceder asilo aos cubanos que não queiram retornar à ilha-prisão da família
Castro.
Tampouco se entende por que a nota de Cuba, ao invés de ser
dirigida ao governo brasileiro, foi comunicada à diretoria da Organização
Panamericana de Saúde e aos líderes brasileiros que fundaram e defenderam
essa iniciativa. Quem são esses líderes?
Contrato escravagista
Em 29 de setembro de 2018, sob o título “Cuban Doctors
Revolt: ‘You Get Tired of Being a Slave’’ [A revolta dos médicos cubanos:
Você se cansa de ser um escravo], o jornal “The New York Times” informava
que “pelo menos 150 médicos cubanos entraram com processos nos tribunais
brasileiros para contestar o acordo sob o qual o governo cubano disponibiliza
médicos e cobra pagamentos”.
Seria a hora adequada para a Comissão de Direitos Humanos da
ONU, da OEA, ou de alguma Secretaria de Direitos Humanos no Brasil saudar a
libertação de 8.300 cubanos desse contrato escravagista entre a Organização
Panamericana de Saúde e o governo petista.
Como católicos, como nos agradaria ver o Vaticano se
regozijar com essa verdadeira conquista dos direitos humanos, lamentando
inclusive a separação de pais e filhos imposta pelo ditador comunista de Cuba!
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