A Academia Brasileira de Letras prossegue com seu ciclo de
conferências do mês de junho de 2018, intitulado A cultura em processo,
sob coordenação do Acadêmico e professor Domício Proença Filho, com palestra do
jurista e educador Joaquim Falcão (Acadêmico eleito para a Cadeira 3 da ABL, no
dia 19 de abril). O tema escolhido foi Aspectos da cultura brasileira
contemporânea. O evento está programado para quinta-feira, dia 21 de junho, às
17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo,
Rio de Janeiro. Entrada franca.
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado,
Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências
de 2018.
Serão fornecidos certificados de frequência.
A cultura em processo terá mais uma conferência no mês
de junho, na última quinta-feira do mês, no mesmo horário e local, com o
seguinte palestrante e tema, respectivamente: dia 28, Acadêmico Domício Proença
Filho, Língua, cultura e identidade nacional.
Joaquim Falcão adiantou, resumidamente, parte de sua
palestra: “Uma interpretação descritiva de como Gilberto Freyre e seu conhecimento
do social, Roberto Marinho e seu conhecimento das comunicações, e Celso Furtado
e seu conhecimento da economia influenciaram e moldaram a cultura brasileira no
final do século XX. E moldam ainda hoje.
O CONFERENCISTA
Jurista, educador, intelectual público, Joaquim Falcão,
74 anos, nasceu em Botafogo, no Rio, mas mantém origem e vínculos com Olinda,
Pernambuco. Bacharel em Direito pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (Summa
cum Laude), é mestre em Direito na Harvard Law School, mestre em Planejamento
de Educação e doutorado, na Universidade de Genebra. Foi Diretor, na década de
setenta, da Faculdade de Direito da PUC-Rio. Professor Associado da
Universidade Federal de Pernambuco e Faculdade de Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Fundador e professor titular da Escola de Direito da
Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro.
Trabalhou diretamente com Gilberto Freyre, que o convidou
para criar, na Fundação Joaquim Nabuco, o Departamento de Ciência Política.
Desse período, organizou, com Rosa Maria Araújo, o livro O Imperador das
Ideias, publicado em 2010 pela Topbooks, Rio, no qual analisa as disputas entre
Gilberto Freyre e a USP. Foi chefe de gabinete do Ministro da Justiça Fernando
Lyra e indicado pelo Presidente José Sarney para a Comissão Provisória de
Estudos Constitucionais, a Comissão Afonso Arinos. Os artigos da atual
Constituição sobre veto legislativo (art. 57, 3º, IV) e sobre a ampliação de
patrimônio cultural, integrado por bens materiais e imateriais (art. 216), de
sua inciativa, foram aceitos pela Assembleia Nacional Constituinte.
Indicado pelo Senado, foi conselheiro representante da
sociedade civil na primeira gestão do Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo
Ministro Nelson Jobim. Quando então se combateu o nepotismo e os adicionais
salariais dos magistrados. Trabalhou diretamente com o Ministro da Cultura
Celso Furtado, que o convidou para presidir a Fundação Nacional Pró-Memória,
responsável pelas principais casas de cultura do Brasil, tais como Biblioteca
Nacional, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Cinemateca
Brasileira, Museu Lasar Segall e tantas outras. Antes, tinha trabalhado com
Aloísio Magalhaes e o Ministro da Educação, Cultura e Desportos, à época
Eduardo Portella, na modernização do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
Dirigiu, a convite de Roberto Marinho, Roberto Irineu, João
Roberto e José Roberto, a Fundação Roberto Marinho, na década de noventa. Na época,
criou o Telecurso 2000, que chegou a ter mais de dois milhões de alunos. Criou,
também, o pioneiro Globo Ecologia, com Cláudio e Elza Savaget, e o Canal
Futura, com Roberto de Oliveira. Ruth Cardoso o convidou para conselheiro da
Comunidade Solidária, quando importantes avanços na organização e mobilização
da sociedade civil foram feitos, inclusive a criação do GIF. Seu livro Democracia,
Direito e Terceiro Setor, publicado pela Editora FGV – Rio de Janeiro, em 2006,
reflete esta mobilização. Com um jovem grupo de professores de direito, de
formação nacional e global, criou a Escola de Direito do Rio de Janeiro da
Fundação Getulio Vargas.
Na área jurídica, especializou-se no Supremo Tribunal
Federal e publicou o livro O Supremo, pela Edições de Janeiro – Rio de
Janeiro, em 2015. Organizou com colegas os livros Onze Supremos, publicado
pela Editora Letramento – Belo Horizonte, em 2017; Impeachment de Dilma
Rousseff: entre o Congresso e o Supremo, em 2017, editora Letramento – Belo
Horizonte; e em breve sairá o novo livro o Supremo Criminal. Entre outros
livros que escreveu estão também: Os advogados: ensino jurídico e mercado
de trabalho, pela Editora Massangana, 1984; Quase Todos, em 2014, pela
Editora FGV.
15/06/2018
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário