Total de visualizações de página

sábado, 24 de fevereiro de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: MEU CACHOEIRA - Gabriel Nascif


Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
Meu Cachoeira


MINHAIDA-VIDA
NASCIDA-CONTIDA
EXPELIDA-SURGIDA

que foi,
que veio,
que é,

fusão  temporal dos temporais
vindos não-vindos
das enchentes cantaroladas
do meu RIO CACHOEIRA...

Meu CACHOEIRA,
encantado rio-menino,
doce fio de vida
que é infernal sustentáculo
de beleza,
que é o sol de reminiscências,
que é o braço direito
das lavadeiras.


MINHAIDA-VIDA
NASCIDA-CONTIDA
EXPELIDA-SURGIDA
no sangue do CACHOEIRA
que é valente
que é suave-manso-revolto,
que é fogoso-pulante-dançante
como o bailado das águas
de PONTAL DOS ILHÉUS.

(O SOPRO DO CACHOEIRA)
Gabriel Nascif

.....

            “O SOPRO DO CACHOEIRA  -  de Gabriel Nascif. Não conheço Itabuna para sentir o sopro do Cachoeira como o faz Gabriel Nascif nos seus versos cheios de amor e de sinceridade. Esquecido dos “conflitos coronelísticos”, Gabriel apresenta-se, acima de tudo, um mensageiro de alta poesia lírica e dono de bom conhecimento do vernáculo. Em tudo há paixão por aquela terra que o jovem poeta considera “lâmpada do Sul do Estado que irradia um fogo como fogazal” para outras grandes cidades sulinas. Em seus versos há comunicação social.
            A palavra define a pessoa; é a própria pessoa. A palavra de Gabriel Nascif define-o. ela não está desvinculada da emoção, que é emergente em todos os seus versos, nem da tranquilidade que o poeta manifesta. Emoção e tranquilidade bem controladas.
            Enfim,   “O cantar dos ventos
                             funde-se na infância ida,
                             colorida,
                             haurindo na esfera
                             ao som das feras
            como pedras e entre pedras ali”.

                                          ***
                              “Somos um pedaço do ontem,
                               Somos parte do hoje,
                                Somos fruto do amanhã”.
            E nesses versos está todo o poeta Gabriel Nascif.

                                                                  AGENOR DE ALMEIDA

* * *

Nenhum comentário:

Postar um comentário