27/10/2017:
Reflexão de Dom Ceslau
O mês de outubro, o mês mariano, o mês do Santo Rosário. Foi
o motivo das nossas reflexões mariológicas. A Festa de Nossa Senhora do Rosário
foi instituída pelo papa Pio V, em ação de graças a Deus pela vitória das
forças cristãos sobre o mundo muçulmano em 1571 em Lepanto, atribuída a reza do
terço.
A origem do terço é muito antiga. Remonta aos anacoretas
orientais (monges cristãos eremitas) que usavam pedrinhas para contar suas
orações vocais. Em 1328, segundo a tradição, Nossa Senhora apareceu a São
Domingos, recomendando-lhe a reza do Rosário para a salvação do mundo. Nasceu
assim a devoção do Rosário, que significa coroa de rosas oferecidas a Nossa
Senhora. O Rosário - popularmente chamado o Terço, é uma das mais queridas
devoções a Nossa Senhora que, aparecida em Fátima, ela pediu aos pastorzinhos:
"Meus filhos, rezem o terço todos os dias.”
E o Papa Paulo VI disse: O Terço (Rosário) é a Oração
evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por
isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. (....) já foi
chamado “o compêndio de todo o Evangelho” pelo Papa Pio XII (MC 46). A Reza do
Terço compreende: a meditação dos mistérios da salvação, a repetição litânica
da saudação do Anjo (Ave Maria), e a oração dominical o Pai Nosso. Termina cada
dezena, com a louvação da Santíssima Trindade (Gloria ao Pai....). A oração
linda, proveitosa, bíblica e mariana. Que Ela, Maria a nossa Mãe terna, te
envolve carinhosamente com o seu manto materno. Boa Noite. Dom Ceslau.
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28/10/2017:
Reflexão de Dom Ceslau
(II)
A Igreja sempre nos convida a orar. Com a oração santificar
o nosso tempo. Os teólogos africanos, nos primeiros séculos, principalmente o
Tertuliano e Cipriano (II século), procuravam ver a ligação da oração com a
vida cotidiana. Ensinavam, que devíamos rezar pela manhã, de noite, antes das
refeições etc. A forma mais perfeita da oração segundo eles, e o Pai Nosso,
porque só o cristão tem o “Deus como o seu Pai”. (História da Igreja Católica,
Pe. M. Banaszek – edição em polonês).
Rezemos, pois, sempre, pelo menos pelos curtos atos de
elevar o pensamento a Deus, seja agradecendo, seja pedindo, seja confiando.
Deus te abençoes e proteja. Uma excelente noite. Dom Ceslau.
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30/10/2017
Reflexão de Dom Ceslau (III)
Uma das formas de evangelizar é fazer o sinal da cruz. É o
costume, que nos vem desde o início do cristianismo. No século II já era o
costume entre os cristãos de fazer as orações perante o crucifixo e fazer o
sinal da cruz sobre si. Para isto temos testemunhas desde o primeiro século. Os
mais antigos textos cristãos atestam que desde os primórdios o Crucifixo, e
fazer sinal da cruz era confessar o triunfo de Cristo sobre a morte e o
prenúncio da sua futura vinda. Sobre isto escreve o Tertuliano (160 -220),
nascido em Cartago – África), assim: “em todas as nossas saídas e vindas, no
inícios e fins das atividades, vestindo se ou calçando, antes de tomar banho ou
refeição, quando nos deitamos para descaço noturno, ou nos levantamos, quando
iniciamos o trabalho e o terminamos, em cada uma das ações marcamos a nossa
testa com o sinal da cruz”. (Hist. Da Igreja, edição em polonês, pag. 99)
Daí vem o nosso costume de fazer sinal da cruz. Este costume
vem de longe... Do início de
cristianismo. Que bom que Tertuliano anotou estes pormenores, que nos encorajam
também hoje professar a nossa fé pelos sinais simples, mas tão profundos.
Seria
tão bom que os nossos irmãos evangélicos estudassem a história do cristianismo,
com mais objetividade e também dos tempos antes do ano 1517, isto é, da reforma
de Lutero para não afirmar que fazer o sinal da cruz sobre si é algum pecado.
Deus te abençoes. Com a minha oração. Dom Ceslau.~
Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.
Dom Ceslau Stanula, bispo emérito de Itabuna/BA, membro
correspondente da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
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