Eles venceram!
Tristemente e vergonhosamente, temos que dar a mão à
palmatória, uma vez que, atropelando grosseiramente o povo, os canalhas
governantes de todos os governos passados, esmagaram a profissão mais
importante de uma nação!
É claro e evidente que todas as profissões são importantes e
dignas, mas, sempre em primeiro plano, temos a obrigatoriedade de deixar o
centro do pódio com a ocupação permanente do nosso digno e respeitável
professor!
Tenho a certeza absoluta que, pela cabeça de todos nós
sempre passou a vontade de ser um professor, pois, sendo o primeiro
profissional que enfrentamos na vida, demonstrava em suas aulas aquela
sapiência e sabedoria, uma monstruosa gama de conhecimentos que, por centenas
de vezes, nos deixava boquiabertos e surpresos, como alguém poderia saber
tantas coisas, todas as coisas sobre o mundo!
Nos parecia ser pessoas do outro mundo, que Deus,
bondosamente, tinha enviado para dar a luz necessária para iluminar nossas vidas.
E, com isso, nos deixava com inveja e, ao mesmo tempo, com orgulho de ter ao
nosso lado alguém com esse potencial inesgotável de conhecimentos.
E esses detalhes todos, influenciaram muitas pessoas a
fazerem o curso de professor (três anos de escola normal após o ginasial), já
que não tínhamos faculdades no interior, e orgulhosamente, exercer a sagrada e
invejada profissão de mestre.
Infelizmente, com o passar do tempo, começaram a descobrir e
sofrer na pele o que é ser professor nesse país:
Pessimamente remunerado, desprestigiados ao extremo, muito
mal assistidos, falta de cursos, seminários, workshop, ajudas essenciais,
materiais e livros qualificados e atualizados, e, para completar, maltratados
grosseiramente pelos alunos que, estupidamente, não os respeitam.
Tudo isso que, seguramente, acontece normalmente, entrando e
saindo administradores e legisladores e, como se eles desejassem acabar com a
profissão, cada vez mais dificultam seus trabalhos, não dão manutenções as
escolas, construindo uma ou outra eventualmente nas épocas da eleições,
colocando os nomes de suas mães ou esposas, esquecendo até das grandes mestras
que, naquelas cidades lutaram bravamente por um ensino digno e meritório!
Lamentável que os jovens não mais tenham o desejo de se tornarem
professores, provocando assim, uma decadência educacional, triste e vergonhosa
em nosso país!
Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário