Lafayette de Borborema
“Conheci
Lafayette de Borborema e acompanhei parte
de sua trajetória em Itabuna. Advogado, criminalista de renome,
político, bom jornalista, bom cidadão.
Simples,
despido de ambição, vaidade, defendia o cliente com ardor e combatividade, não
distinguindo o rico do pobre.
Tinha em
mira a causa e não o cliente e com os olhos fitos na deusa de olhos vendados,
símbolo da sua profissão, traçou o rumo a seguir, marchando firme, intemerato,
desprendido.
Lafayette
de Borborema não pertence tão somente à memória da família e dos amigos,
pertence também à História de Itabuna como um dos membros ilustres que o tempo
não pode apagar.
RAYMUNDO CRAVO”
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“Inteligente,
vibrátil, assim o víamos, sumido entre pilhas que iam até o teto, do seu
“Jornal de Itabuna”. De sua carteira, empoeirada, lançava aquele olhar arguto, enquanto
esboçava, num lado da face, um quase riso entre jovial e sarcástico, do
jornalista que estraçalhava com fina ironia o adversário, em cruentas polêmicas
dos anos idos. Lafayette de Borborema, o advogado tranquilo, agitava-se e
agigantava-se na defesa ou no ataque, sem fugir da linha mestra do Direito, o
que bem conhecia.
E o tipo
humano? Alma de criança nos longos bate-papos. Esqueceu-se dos ganhos fartos
daquela época, deixou-nos, em sua modéstia respeitosa, prole digna e amada,
caminhos a seguir, sempre vivo em nossa
lembrança.
OTTONI JOSÉ DA SILVA”
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“LAFAYETTE DE BORBOREMA
A primeira
imagem que me aflora à memória, ao evocar, pela magia da remembrança, a figura
humana sob todos os títulos respeitável, do meu amigo Lafayette de Borborema, é
a do advogado, que na tribuna do Júri ou na defesa das causas cíveis, tinha uma
conduta retilínea das mais louváveis, o que lhe dava uma autoridade moral das
mais meritórias.
Mas o que
me atraía neste homem, de pequena estatura, mas de avantajado porte moral,
era sua participação como advogado criminal, defendendo inocentes
injustiçados ou condenando, com o cautério de sua dialética irrespondível, os
celerados da pior espécie, que ontem,
como hoje, perturbam o funcionamento normal das sociedades.
Na tribuna do Júri era um leão de juba
eriçada, na defesa de princípios morais que serviram de norte a toda sua
existência, esgrimindo com a perícia de um d’Artagnan e pondo fora de combate
adversários da melhor estirpe, com a força destruidora de seus argumentos, tudo
isso de maneira ética e estritamente profissional.
Esta a
lembrança imperecível que tenho do grande lidador, que se chamou em vida
Lafayette de Borborema.
JOSÉ NUNES DE AQUINO”
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Helena Borborema
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HELENA BORBOREMA - Nasceu em Itabuna. Professora
de Geografia lecionou muitos anos no Colégio Divina Providência, na Ação
Fraternal e no Colégio Estadual de Itabuna. Formada em Pedagogia pela Faculdade
de Filosofia de Itabuna. Exerceu o cargo de Secretária de Educação e Cultura do
Município.
(A autora)
Conhecida professora itabunense, filha do Dr. Lafayette
Borborema, o primeiro advogado de Itabuna. É autora de ‘Terras do Sul’,
livro em que documento, memória e imaginação se unem num discurso
despretensioso para testemunhar o quadro social e humano daqueles idos de
Tabocas. Para a professora universitária Margarida Fahel, ‘Terras do Sul’ são
estórias simples, plenas de ‘emoção e humanidade, querendo inscrever no tempo a
história de uma gente, o caminho de um rio, a esperança de uma professora que
crê no homem e na terra’.
(Cyro de Mattos)
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Excelente sua iniciativa em tornar público material já não disponível para aquisição nas livrarias. Principalmente se tratando da pouco conhecida história da formação de Itabuna.
ResponderExcluirParabéns!