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domingo, 13 de agosto de 2017

AMOR DE PAI – Geraldo Maia


Amor de Pai

Em todo o planeta se comemora no mês de agosto o dia dos pais. Dia de se dar presentes no lugar de presenças, no lugar de abraços, beijos, carinhos e declarações de amor ao pai humano.

Desse modo o presente material é dado no lugar do presente ao vivo, vivencial. Temos muita dificuldade em abraçar, acarinhar e falar de amor ao próprio pai. Por que em vez de aturar o pai na hora em que se torna um idoso frágil e dependente evitamos cuidar dele como já fez tanto tempo por nós e o abandonamos à própria sorte nos depósitos de vítimas do egoísmo e da ingratidão que são os asilos, casas de repouso, abrigos, clínicas, mesmo as mais luxuosas, mas tão frias e distantes quanto o coração dos filhos e filhas que não querem cuidar dos pais como foram cuidados pelos mesmos?

Então, se não amamos e declaramos o nosso amor ao pai que conhecemos e com quem convivemos um tempo bem considerável de nossas vidas, como poderemos amar e declarar amor ao nosso Pai Eterno que não vemos, não convivemos materialmente? Como comemorar e agradecer a existência do Pai Eterno, Deus, todos os dias com amor, amor de filhos, amor de pai, com louvor e adoração? Como entregar de forma submissa e total a nossa vida ao Poder do Amor do Deus Eterno Único e Verdadeiro se só conseguimos entregar um presente no dia dos pais para demonstrar nem sabemos o que direito?

Amor? Dar presentes é mesmo o melhor para demonstrar o nosso suposto amor pelo pai, pelos pais? E como fazer com relação ao Deus Pai? Onde buscar o amor que não pode existir em nenhum presente, mesmo que custe bilhões, trilhões e por aí vai? Mas vejam bem: tudo o que Deus cria, criou ou criará é por Amor, por Seu Amor Infinito e Misericordioso.

 Por amor criou o Universo, o Paraíso, criou o homem e a mulher, os primeiros foram Adão e Eva, à Sua imagem e semelhança, mas esse casal inicial não foi o único porque o Poder de Deus é Maravilhoso, pode tudo, e Ele criou então vários casais dos quais o casal Adão e Eva é o primogênito.

Mas o Amor de Deus é também Justiça, sempre. Deu aos seres humanos vida eterna, livre arbítrio, mas colocou limites, como Pai amoroso que é, e como todos os pais deveriam, devem e deverão fazer com seus filhos. Dizer “NÃO”, proibir, chamar a atenção, impor castigos, brandos ou severos, isso tudo faz parte do Amor, do ato de amar, amar o próximo, porque se o seu próximo está indo para a beira do abismo é preciso gritar, alertar, até mesmo usar de força para impedir o mal maior que o espera no fundo do poço.

Quando Adão e Eva desobedeceram ao Pai, traíram Deus, abandonaram Deus, e preferiram dar ouvidos ao demônio, que fez Deus? Procurou-os e os abrigou, imolou um cordeiro para com a pele do mesmo proteger o casal das intempéries porque agora eram mortais, conheceriam a dor, a doença, a violência, a mentira e a morte.

Caim matou Abel por motivo fútil, porque também não obedeceu ao pedido do Pai que queria ganhar um cordeiro como presente, e escolheu por conta própria dar de presente frutas, verduras e cerais que o Pai não tinha pedido. E essa desobediência ao Pai continua até hoje.

O abandono da presença do Pai fez o ser humano se afastar cada vez mais Dele e se embrenhar nas trevas que o demônio tinha acenado como sendo o local onde obteriam poder, poder ainda maior que o poder do Pai Eterno que, graças aos ataques do demônio contra o caráter de Deus, passou a ser visto como um ditador sanguinário e cruel, tudo aquilo que os seres humanos passaram a ser ao se corromperem levados pela saliva mansa do demônio. A corrupção do ser humano não tinha limites. Por todo o planeta a corrupção, como agora, campeava, crescia dizimando, como agora, preciosas vidas humanas entregues à prostituição, à mentira, ao egoísmo. Então Deus se arrependeu de ter criado o ser humano e resolveu acabar com a criação. Mas Noé achou graça no Senhor e a vida como um todo no planeta teve uma segunda chance graças à generosidade e à justiça do Amor De Pai de Deus. Só que não adiantou muito.

A teimosia, a rebeldia, a ignorância, o ódio, a violência, a ingratidão, a desobediência voltaram a crescer nos corações, mentes, espíritos e almas viventes. O Pai Eterno então resolve Criar, com Seu poder Infinito, um povo novo para servir e ser servido como Deus Pai Único Eterno e Verdadeiro. Abraão foi convocado para dar início a esse povo, e foi retirado de seus parentes e amigos já com idade avançada e foi levado para um lugar bem distante onde o povo escolhido por Deus começou a existir. Ainda assim, a contaminação do ser humano com o erro, com o pecado, com o abandono da proteção de Deus Pai Amoroso e Todo Poderoso continuava, mesmo com todos os milagres e sinais que Deus proporcionou aos mesmos durante 400 anos de escravidão e 40 anos perambulando pelo deserto. Então Deus Pai resolveu por em prática o Seu plano de salvação para a humanidade, criado antes mesmo que o primeiro ser humano existisse.

O plano era muito simples. Deus viria em forma de ser humano nascido de mulher, se chamaria Jesus, o Cristo (Messias), que teria de morrer para com a Sua morte pagar todos os erros e iniquidades cometidos por nós seres humanos desde que o demônio nos fez abandonar o Amor de Deus em busca de um improvável 'poder' que na realidade é o 'poder' do pecado, que é a morte. Esse foi o 'presente' que o demônio deu ao nosso primeiro pai terreno, Adão, o poder de morrer que não existia quando o primeiro casal vivia sob a proteção do Amor de Pai de Deus que se esmerava a cada final do dia para abençoar carinhosamente os seus filhos, a sua criação.

Com a morte e ressurreição de Jesus o ser humano ganha vida nova, morre para o pecado, é sepultado e nasce ao mesmo tempo para a vida eterna resgatada pelo sangue de Cristo na Cruz. Deus Pai nos procura não para condenar, mas para abraçar, cuidar, mesmo quando O tratamos com a nossa revolta, desobediência, soberba e ingratidão. O nosso Pai Eterno, em Seu Amor infinito não interfere nas consequências de nossas escolhas já que nos deu o livre arbítrio para que fossemos livres, capazes de decidir por qual caminho seguir.

E como um pai amoroso, Deus nunca condena seus filhos, são as pessoas que, com suas escolhas, se condenam. Mas podem se salvar através de Deus, que em Seu Amor de Pai está sempre vigilante e pronto a defender Sua cria, Sua família, Seu povo, o que é dever de todos os pais.


GERALDO MAIA - Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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