26 de junho de 2017
Leo Daniele
Já dizia Camões, “do velho caos a tão confusa
face”. Mas, afinal, o que é o caos?
Escolha o leitor um sinônimo para esse terrível mal,
onipresente em nossos dias:
Desordem, babel, balbúrdia, barafunda, confusão,
atrapalhada, charivari, embaralhação, escangalho, forrobodó, fuzarca, pandemônio,
algaravia, atarantação, bagunça, cipoal etc.
Esses sinônimos são uma expressão do caos, o qual é assim
resumido por Plinio Corrêa de Oliveira: “Um catastrófico auge de todas as
desordens e desgraças.”
“Acovardado diante da multiplicação das catástrofes e ruínas
morais e materiais, o homem de hoje se acocora lamentando: ‘A
quebradeira é a regra da vida, e a ela todos têm de se sujeitar. Tudo quebra e
nada tem significado. As coisas não significam mais nada!’”
“Em nossa época, vai crescendo dia a dia o número, não dos
que acertam ou dos que erram, mas dos que simplesmente não pensam. O
homem de hoje pensa cada vez menos e, em seu espírito, o vazio deixado pelo
pensamento vai sendo substituído por não sei que despóticas e sutis
psico-alavancas manuseadas por não sei que dedos”. (Plinio Corrêa de
Oliveira, em 2-12-80).
O caos, portanto, é o contrário da ordem. E o que é a ordem?
Ensina Santo Tomás de Aquino: “A ordem se encontra primariamente nas
próprias coisas e delas é que passa para o nosso conhecimento [...]. Fala-se de
ordem sempre com relação a algum princípio. A ordem sempre implica
anterioridade e posterioridade”.
Por sua vez, o Apóstolo São Paulo afirma que “o que
procede de Deus é ordenado. E a ordem das coisas consiste em que algumas sejam
por outras reconduzidas a Deus” (Rom 13, 1).
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