Lula caiu na Fogueira
24 de Maio de 2017
Gravação é a única prova admitida pelo PT – de preferência,
quando não são dos petistas as vozes na gravação. Todas as outras provas, que
exigem leitura de documentos, são dadas como inexistentes, pois petista não lê.
A denúncia contra Lula no caso do tríplex no Guarujá tinha
149 páginas. A denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia tem 168
páginas. Só essas duas, das seis denúncias contra Lula, somam, portanto, 317
páginas. É muita página para petista ler – muito mais para entender e mais
ainda para assumir que entendeu.
“Eu não gosto de ler, eu tenho preguiça de ler”, disse Lula
em programa de TV em 1981, acrescentando que estava com um livro há três meses
e tinha lido 300 páginas.
Naquele suposto ritmo, Lula teria levado pouco mais de três
meses para ler as denúncias do tríplex e do sítio – e talvez tivesse batido um
recorde digno de registro no ‘Guiness Book’ do Partido dos Trabalhadores que
não trabalham nem leem.
Como ficou claro após a divulgação das conversas
comprometedoras de Joesley Batista com Michel Temer (PMDB) e Aécio Neves
(PSDB), e das imagens do assessor do presidente com uma mala de dinheiro e da
irmã do senador presa, petistas preferem áudios, fotos, galerias e memes.
Livro, só se for para colorir – e de vermelho, claro.
Infelizmente para Lula, a denúncia sobre o sítio (fartamente
usufruído por ele) é tão arrasadora que até se entende melhor, como antecipamos
em Reunião de Pauta, por que seu advogado atuou para impedir a exploração do
caso no interrogatório sobre o tríplex (que Lula não chegou a usufruir porque a
imprensa o noticiou como dele já em 2010).
Claudia Suassuna, mulher de Jonas Suassuna, disse que “foi
realizada a aquisição do sítio Santa Denise” pelo marido, “já sabendo que sua
utilização seria de Lula”.
De quebra, “reconheceu que somente estiveram no local por
duas oportunidades, em festas juninas organizadas pela família Lula” e “que em
uma das ocasiões pernoitou em um hotel na cidade de Atibaia”.
Já o caseiro Maradona, em e-mails enviados ao Instituto Lula
em 2014, informava que “morreu mais um pintinho essa noite e caiu dos (sic)
gambá (sic) nas armadilhas”; e também que a “pirua (sic) esmagou os três
pintinhos de pavão que estava (sic) com ela”.
É complicado refutar a acusação de que Odebrecht, OAS e
Schahin reformaram o sítio como forma de pagar a Lula propinas do esquema de
corrupção da Petrobras, se considerarmos – além das confissões de executivos
das empreiteiras e dos registros das obras – que o proprietário formal do
imóvel só frequentava o arraiá dos Lulas, e o caseiro se reportava diretamente
ao comandante máximo para narrar o arraiá dos pintos.
Muito mais fácil é fingir que não existe tudo aquilo que
petista não lê.
De tanto dançar quadrilha, Lula caiu na fogueira, mas ainda
tenta enganar os “gambá”.
(O Antagonista)
Felipe Moura Brasil
* * *
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