2 de abril de 2017
Fonte: Veja
Em entrevista publicada nesta semana em VEJA, Juliana
Paes expõe suas opiniões sobre o ofício de atriz, a luta da mulher bonita para
ser reconhecida e o feminismo. A atriz fluminense adverte que o poder
conquistado pelas mulheres de bandidos convertidas em primeiras-damas do crime
– caso de Bibi, sua personagem em A Força do Querer, novo folhetim das 9
da Globo, de autoria de Glória Perez – não tem nada a ver com o empoderamento
tão propalado pelas feministas. Juliana também tece críticas ao que considera
excessos do feminismo. “Existe uma linha do feminismo com a qual eu não
concordo muito. Acho errado esse desejo de igualdade com os homens a todo
custo. Somos tão competentes e valiosas quanto eles, mas não iguais. A mulher
precisa de mais tempo para se recuperar de uma gravidez, e há outras questões
que permeiam nosso universo. A sensibilidade, o lúdico, o caminho da
ponderação, o afeto nas relações de trabalho — tudo que faz parte do universo
feminino e matriarcal deve ser respeitado”, declara.
Juliana acredita que a mulher é capaz de encarar papéis de
chefia em lugares masculinos, mas que se deve “valorizar mais sua sensibilidade
para lidar com tanta testosterona”.
Para a atriz, o afeto feminino pode ser um
“antídoto para lidar com a frieza do mundo do business.” Juliana afirma, ainda,
que as feministas se equivocam ao não respeitar essas características das
mulheres. “Não quero queimar sutiãs. Gosto de sutiãs! Não quero quebrar saltos
de sapato em busca de liberdade. Gosto de me enfeitar, e nós, mulheres, não
fazemos isso para o macho. Fazemos porque dá prazer cuidar de si e cuidar do
outro. Sou uma feminista de saia, sutiã, salto alto e batom vermelho.”
Ou seja, para os padrões modernos, ela não é feminista, já
que o feminismo se transformou em algo intolerante, radical, raivoso, muito
mais uma guerra contra os homens e as mulheres que valorizam suas diferenças do
que qualquer outra coisa. O feminismo de hoje tem muito a ver com o esquerdismo,
e quase nada com os direitos da mulher.
Juliana Paes está de parabéns por desafiar a patrulha desse
movimento intransigente e delinear as saudáveis diferenças entre homem e
mulher, pois é preciso odiar muito mesmo a natureza para desejar anular as
distinções complementares entre os sexos em busca de uma igualdade plena não de
direitos ou oportunidades, mas de resultados.
Rodrigo Constantino
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BLOG / RODRIGO
CONSTANTINO
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da
esquerda “politicamente correta”.
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