Foto do Acervo histórico
de Itabuna
Frei Ludovico de Livorno
Era natural da Itália.
Antes de vir para o Brasil, servira como capelão no exército
de Napoleão Bonaparte, em suas campanhas pela Europa.
Veio em missão de catequese. Foi designado para servir no sul da Bahia, onde a
civilização apenas ensaiava seus primeiros passos.
Ferradas foi o seu Quartel
General, de onde comandou seus companheiros na difícil missão de catequizar os
índios.
Logo conquistou o carinho dos moradores da região. Seu nome era pronunciado com
respeito.
Grande orador era imprescindível nas festividades
religiosas, nas Santas Missões, onde empolgava os ouvintes com sermões de rara
beleza.
Era tido por muitos como possuidor de poderes sobrenaturais.
Certa ocasião, durante as Santas Missões, estava pregando,
quando interrompeu sua prédica para exclamar visivelmente perturbado: Santo
Deus Misericórdia! Acabam de matar o meu amigo... ( e disse o nome de conhecido
fazendeiro, residente ali perto).
Horas depois, a notícia chegou: o tal fazendeiro havia
morrido numa tocaia.
Outra vez, o frade subia o rio Almada de canoa; a certa
altura mostrando-se muito agitado pediu ao canoeiro para encostar a embarcação,
saltou para terra firme e penetrou o terreiro de uma casa que ficava cerca de
600 metros da margem e encontrou o fazendeiro espancando um preto velho,
escravo. Sua chegada fez o castigo ser encerrado, com o homem confuso, pedindo
desculpas. Estes episódios da vida de Frei Ludovico fizeram a maioria das
pessoas que deles tiveram conhecimento, classificá-los de “milagres”.
Exerceu sua ação evangelizadora entre índios e desbravadores da região por 30
anos.
Aos 85 anos de idade, cansado, foi para Salvador e recolheu-se
ao Convento dos Capuchinhos onde faleceu em 12 de abril de 1875.
Em lugar do frei Ludovico de Livorno ficou outro frade de nome Luiz de Grava,
que já vinha desenvolvendo brilhante trabalho não somente de catequese, como na
fundação de novos núcleos coloniais e aldeamentos. Morreu afogado no rio
Cachoeira quando regressava para Ferradas de canoa.
(DOCUMENTO HISTÓRICO
E ILUSTRADO DE ITABUNA)
José Dantas de Andrade.
* * *
Moro em São Paulo, Capital, na Rua Frei Ludovico de Livorno, situada no bairro de Jd. Paulo VI, zona oeste de São Paulo, de onde escrevo este comentário. Curioso para saber quem foi o patrono que nomeia minha rua, aqui vim para descobrir. Obrigado pela informação Sr. José Dantas, para mim, foi de grande contribuição sua pesquisa.
ResponderExcluirDeixo estimas de boas realizações e satisfação!
ANTONIO DE OLIVEIRA JÚNIOR, 30 anos, estudante de Direito.
Também, deixo meus agradecimentos aos Srs. Eglês Santos e Matheus Diniz.
ResponderExcluirContinuem com o trabalho. Desejo-lhes sucesso!
Ficamos felizes, caro Tom Júnior, com o seu comentário. "Itabuna Centenária Artes & Literatura - ICAL" foi criada há dez anos para homenagear nossa cidade que completava 100 anos. Permanece firme e forte até hoje graças a autores regionais que colaboram com alegria, e também gente como você que visita e comenta. Abraço, PAZ E BEM!
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