27 de janeiro de 2017
A gente pega no pé da “fake news”, aplica a Caneta Desesquerdizadora
nela, coloca os pingos nos is, cobra coerência e tudo mais. Mas quando a grande
imprensa acerta, também precisamos reconhecer. Foi o caso dessa chamada no UOL
da Folha:
Pode ser uma simples troca de estagiário? Pode, claro. Ou,
como disse um amigo meu, jornalista de Goiás: “O que aconteceu com a Folha?
Será que o Frias foi abduzido? Ela chama os bandidos que tentaram assaltar um
shopping em Osasco de ‘bandidos’ e ‘criminosos’. Justo a Folha para quem todo
bandido é ‘suspeito’ ou ‘jovem’, como ironizou um leitor”.
É verdade. Não foram adolescentes ou jovens que teriam sido
“assassinados” pela política. Foram criminosos mortos mesmo! Parabéns! Tirou
meu chapéu para a objetividade do jornal (a que ponto chegamos de celebrar
isso?). Eis a notícia:
Dezenas de disparos foram ouvidos dentro e fora do shopping
União, em Osasco (Grande São Paulo), na manhã desta sexta-feira (27), após uma
tentativa de assalto. Na fuga, quatro bandidos –que estariam armados
com fuzis– foram baleados, segundo a polícia.
Eles estavam em uma Tucson preta e bateram em um ônibus
intermunicipal na avenida Presidente Altino, na altura da avenida Alexandre
Mackenzie. Houve troca de tiros após o acidente e dois dos assaltantes
morreram. Um outro veículo, um Veloster branco, onde estariam outros suspeitos,
não foi alcançado. A polícia não sabe dizer quantos indivíduos estavam no
veículo.
Dos feridos, um foi levado para o Hospital Regional de
Osasco e outro para a Santa Casa, na capital, de acordo com a PM. Não há
informações sobre o estado de saúde deles.
O grifo é meu, para destacar esse milagre! E vejam só as
armas desses “jovens”, você que aplaude o “desarmamento” civil:
Fonte: UOL
Continua aí, de boas, achando o máximo a política de
“desarmamento” só dos cidadãos honestos…
Bem, pelo menos esse caso terminou bem, com os marginais
mortos no confronto com a polícia, como deve ser. E parabéns ao jornal, que
chamou as coisas pelo nome. Está vendo só, Frias, como não dói nada? Vê se a
partir de agora obriga a rapaziada a chamar bandido de bandido e marginal de
marginal, ok?
Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC,
trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros,
entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré
vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do
Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.
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