As quatro estações!
Infelizmente, não é como no passado que as estações
mantinham suas qualificações, temperaturas, sol e chuvas, além de dias
nublados, nos dando a possibilidade de nos prepararmos para enfrenta-las com a
tranquilidade e normalidade de todos os anos!
Comprávamos no verão nossa roupas coloridas e decotadas,
fazíamos aproveitamentos de outras roupas, colocando-as próprias para a
estação, tirávamos nossos capotes, blusas de lã e pulôveres guardados nos
fundos dos guarda roupas, sendo esse comportamento já obedecido como uma normal
rotina nas quatro estações do ano!!
Porém hoje, para nossa tristeza e confusão climática, as
coisas estão acontecendo de maneiras mais adversas possíveis, já não sabemos se
estamos no inverno ou no verão, principalmente, as estações mais meigas e
bonitas que são o outono e a primavera! E, tudo isso, muito lamentável,
agradecemos a nós mesmos que, nas ganancias do progresso, inovações em
construções que deterioram as matas e a natureza, provocamos um tumulto e
variação das mais cruéis possíveis. Estou dizendo “nós”, apenas para ser gentil
com os governos, que são os maiores responsáveis por dar licenças para tais
empreendimentos, fora dos padrões das conservações patrimoniais do país!
Essa triste situação pode parecer não ter jeito, mas, se a
tal sociedade, denominada de “organizada”, deixar um pouco de só olhar os seus
umbigos, e exigir mais respeito, proceder mais dignamente e demonstrar que ama
o Brasil, certamente conseguiremos alguns resultados benéficos e satisfatórios,
como outros países já fazem com respostas compensadoras!
Esse triste lamento, que quase passa despercebido pelos mais
favorecidos, tem trazido transtornos incalculáveis para a classe pobre,
moradores suburbanos e das periferias ribeirinhas que, além da perda dos seus
bens com as enchentes constantes, em outras paragens, são sacrificados pelas
secas e pela fome!
Que tal você passar a ser mais humano e se preocupar com
seus irmãos e ir ensinando aos seus filhos que sejam sensatos no presente e no
futuro?
Pois, seguramente, ninguém sabe o que acontecerá amanhã,
onde tudo isso pode passar a atingir todos, sem que sejam olhadas cores,
crenças, condições sociais e financeiras!
Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL
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