11 de novembro de 2016
O papa Francisco afirmou que “são os comunistas os que pensam como os
cristãos”, ao responder sobre se gostaria de uma sociedade de inspiração
marxista, em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal italiano “La
Repubblica”.
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo
falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que
decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não,
mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”,
explica Jorge Bergoglio.
Por isso, Francisco espera que os Movimentos Populares
entrem na política, “mas não no político, nas lutas de poder, no egoísmo, na
demagogia, no dinheiro, mas na política criativa e de grandes visões”.
O pontífice evitou falar do recém-eleito presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, e assegurou que dos políticos só lhe interessa
“os sofrimentos que sua maneira de proceder podem causar aos pobres e aos
excluídos”.
Francisco explicou que sua maior preocupação é o drama dos
refugiados e imigrantes, e reiterou que é necessário “acabar com os muros que
dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar, e para eles é necessário
derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar
mais liberdade e direitos”.
Esse papa esquerdista é uma decepção atrás da outra, mas
desta vez ele se superou. Comunista é ateu, ou melhor, é membro de uma seita
fanática que promete o paraíso terrestre. São movidos não por amor ou
compaixão, mas por ressentimento e ódio. Isso ficou claro sempre que eles
chegaram ao poder.
Leandro Ruschel fez bons comentários em sua página:
Tenho uma pergunta para esse Papa, se é que podemos chamá-lo
de Papa: se os comunistas pensam como os cristãos, por que em todo regime
comunista na história houve perseguição e morte a cristãos?
Dizer que comunista pensa como cristão é o mesmo que afirmar
que nazistas pensam como judeus.
Durante a Guerra Civil espanhola, os comunistas não se
contentavam apenas em matar freiras em conventos. Eles expunham os cadáveres
das freiras em praça pública. Há relatos até de necrofilia. Seria esse um
pensamento cristão Papa Bergoglio?
Será que os 322 bispos executados
durante a Revolução Comunista russa morreram de amor cristão, Papa Bergoglio?
Será que Jesus Cristo aprovou a execução de 120 milhões de
seres humanos por regimes comunistas, Papa Bergoglio?
Não sou católico, mas tenho simpatia pela Igreja e sua
história, cujo legado julgo positivo para o Ocidente. Mas de tempos em tempos
surge um papa desses, fraquinho, sensacionalista, jogando para a plateia
“politicamente correta”, falando um monte de besteiras de áreas que não são as
suas, como a política e a economia.
Esse papa é uma vergonha para os católicos do mundo todo!
Por que não te calas, papa Francisco? E por que teve que sair antes do
tempo, Ratzinger, ou papa Bento XVI? Volta!!!
PS: Sempre que a
imprensa fala da Igreja, fico alerta e dou um desconto, o benefício da dúvida
ao papa. Afinal, não é de hoje que distorcem falas para jogar os católicos mais
para a esquerda. Temos exemplos aqui e aqui que mostram bem como isso já ocorreu antes.
Portanto, para quem fala italiano, eis a notícia original. Mas mesmo assim fica cada vez mais
difícil defender esse papa. Ele tem claramente inclinações esquerdistas mesmo.
Isso é inegável. Pode não ser como a Teologia da Libertação, que casou Jesus e
Marx à força, praticamente anulando o primeiro. Mas é um papa “progressista”
sem a firmeza que tinha um João Paulo II. E isso é lamentável.
PS2: Francisco
Razzo oferece um contraponto interessante aqui: “Papa
Francisco está certíssimo quando diz que comunistas pensam como cristãos.
Infelizmente, os críticos do comunismo com olhar limitado aos aspectos
econômico e político não entendem precisamente essa pretensiosa tentação dos
comunistas: substituir a narrativa religiosa de fim da história a partir da
categoria da totalidade. O comunismo foi uma ideologia que buscou substituir os
santos pelos militantes revolucionários, o Evangelho pelos livros de Marx,
Lenin e Mao, a Igreja pelo Estado, o Juízo Final pelo Tribunal Popular, o
Pecado Original pela Propriedade Privada, o Sacrifício Salvífico pelo Expurgo
(mediante o massacre) de milhares de pessoas. O fato é que os grandes críticos
do comunismo nunca deixaram de observar o caráter religioso dessa monstruosa
ideologia”.
Rodrigo Constantino
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Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC,
trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros,
entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré
vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do
Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.
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