Do Texto ao Texto
Existe uma máxima consagrada pelos mais diversos
conselheiros de escrita – quase um mantra universal – Segundo a qual
escreve melhor quem é um leitor contumaz. A sentença é apenas
parcialmente válida.
Escreve melhor aquele que, bom leitor, também exercita muito
a escrita ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação
de símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de
interpretar o material lido comparando e incorporando o lido ao vivido, ou
seja requer que o indivíduo mantenha o comportamento ativo diante da
leitura. Pois a leitura é um dos grandes, se não o maior, ingrediente da
civilização. Aprendemos a ler a realidade em nosso cotidiano social.
Desde criança, identificamos atitudes agressivas,
diferenciando-as das receptivas. A convivência em sociedade nos ensina a
perceber que lugares devemos frequentar, que comportamentos devemos adotar
ou evitar em determinadas situações. Adquirindo nossa cultura, aprendemos a ler
nosso grupo social, interiorizando os pequenos rituais estabelecidos para as
relações sociais. Tomamos consciência também de que somos permanentemente
“lidos”, o que nos leva a utilizar nosso comportamento como uma forma de
linguagem, capaz de agradar, despertar simpatia, agredir, demonstrar
indiferença. Com isso a história da comunicação humana é extensa.
O suficiente para oferecer toda a sorte de experiência
com a escrita. De Texto ao Texto exige alguns pontos fundamentais para serem
evitados entre eles os vícios de linguagens como: movimentar a cabeça enquanto
lê, não produz nenhum efeito positivo; regressar no texto durante a
leitura, pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto provoca seção
a linha de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é
elucidado no decorrer da leitura. É preciso sempre manter uma
sequência e não ficar indo e vindo ao texto. Necessitamos é buscar
uma leitura eficiente pois a leitura é um dos grandes, se não o
maior, ingrediente da civilização, pois ela é uma atividade ampla e livre.
Ler e escrever são a tônica para interpretar texto.
Eles podem ser visto como uma unidade cujo o sentido é
alcançado pela articulação de partes intencionais menores – ideias,
palavras e sentenças aleatoriamente há um conjunto de fatores que garante que
um texto seja um texto: Situacionalidade, informatividade, coerência,
coesão, intencionalidade, intertextualidade e aceitabilidade . Na questão
interpretativa leva em conta também um aprendizado social inclui ainda formas
de pensar a realidade. Aprendemos a penas, exemplificando que devemos
buscar conhecimentos técnicos e científicos para ingressar no mercado de
trabalho de maneira vantajosa, porque o mundo social é permanentemente leitor
e leitura dos seus indivíduos. Nossa cultura nos transfere conhecimentos sobre
a realidade e formas de pensá-la.
Indo do texto para texto a interpretação de um
texto parte sempre de algumas perguntas que podemos fazer sobre aquilo que
lemos. O mundo se move com as perguntas. Uma exposição pode ser vista como uma
“resposta” a uma questão. E, como a dissertação é um texto expositivo de
caráter analítico – argumentativo, ela também pode ser vista nestes termos.
Infelizmente não há espaço para tratarmos neste artigo. Nesta última parte
vamos trabalhar um pouco com a multiplicidade de sentidos. Em um texto é
necessário prestar atenção no modo como as palavras são empregadas. Muitas
vezes, a multiplicidade de sentidos é intencional, visando a criar um
efeito de humor ou ironia.
A semântica é um item importantíssimo na interpretação
textual. As frases podem ser articuladas por mecanismos lógicos e pelo
contexto, nas relações lógicas nós temos: O pressuposto, ideia
implícita, a dedução, indução. De texto ao texto. Podemos concluir as relações
de significações como a segmentação, seleção de palavras e rede de sentido,
ideologia, estereótipos e outras vozes. Multiplicidade de sentidos: polissemia
e ambiguidade, relações lógicas e a ortografia. Num texto encontramos a
intenção do autor que são as funções da linguagem: Função poética, função
emotiva, função referencial, função apelativa e função fática.
A semântica nos tempos verbais é outro veículo
nesta caminhada do texto ao texto. Presente do indicativo apresenta aspectos:
habitual, durativo, sentido universal ou atemporal, futuro próximo, futuro
indeterminado. Futuro do presente: além do próprio futuro pode expressar o
presente. Finalizando, ler e interpretar é uma necessidade, porque
ler é
viver!.
Agenilda Palmeira, professora.
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário