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sábado, 31 de dezembro de 2022

Pelé, Pelé, Pelé

Cyro de Mattos              



O sonho no verde,  

um trunfo no tapete,

em solos da bola

de gênio a jogada.

                 

Em forma sonora

pelos pés antevê

o que é ser divino

no gol de placa.

 

Maracanã, Fonte Nova,

Mário Pessoa, os palcos

 em que me vi perplexo  

com a bola encantada.

 

Olhe o que ele apronta,

até o sol sorri, até a lua,

toda ela iluminada, vem

oferecer rosas de prata.

 

O piso apesar do buraco,

Pelé é Pelé, não importa,

a vida na bola que rola

tanto canta como baila,  

 

Os melhores sentidos

Quando há um rei mágico

Não têm incompletude,

A vida se faz de beleza rara.  

 


* Cyro de Mattos
é poeta e ficcionista. Detentor de prêmios literários importantes e, entre eles, o Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, Associação dos Críticos Literários de São Paulo, Nacional de Poesia Ribeiro Couto (UBE-RJ), Internacional Maestrale Marengo d’Oro, Itália, duas vezes, Menção Honrosa do Jabuti, Nacional Pen Clube do Brasil e Nacional Cidade de Manaus. Publicado em oito idiomas.

* * *

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