Almas Mortas
Luiz Gonzaga Dias
Quem nunca amou, nunca sofreu. Não sabe,
A dor que na alegria
se resume.
Todo o prazer que no espírito cabe,
A tortura infernal que vem do ciúme.
Ao amor, na taba ou no serralho, árabe
Nem a velhice serve de tapume.
E a beleza que sem amor se acabe,
É comparada à rosa sem perfume.
Doce tormenta que aliena o juízo,
Metamorfoseia a vida em paraíso,
Para o infinito transportar destinos.
Coração sem amor – culto sem hinos!
Existência sem cor, sem vibração, perdida...
– Nunca viveu quem nunca amou na vida!
(CANÇÕES DE MINHA TERNURA)
Luiz Gonzaga Dias
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