FERNANDA MONTENEGRO TOMA POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
A atriz Fernanda Montenegro toma posse na Academia Brasileira de Letras (ABL) no dia 25 de março. O evento, marcado para as 21h, acontece no Petit Trianon, no centro do Rio. Fernanda ocupará a Cadeira 17 da Academia, sucedendo o Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco.
Eleita com 32 votos para integrar o grupo de imortais no dia
4 de novembro de 2021, Fernanda estreita os laços da Academia com as artes
cênicas. Autora do livro "Prólogo, Ato e Epílogo", sua autobiografia,
a atriz de 92 anos é reconhecida como intelectual engajada e um dos grandes
ícones da cultura brasileira.
Fernanda é a primeira mulher a ocupar a cadeira 17 da
Academia Brasileira de Letras. O posto teve, como ocupantes, Sílvio Romero
(fundador) – que escolheu como patrono Hipólito da Costa –, Osório
Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss.
Premiada nacional e internacionalmente por sua carreira,
Fernanda é a única brasileira já indicada ao Oscar de Melhor Atriz pela atuação
em Central do Brasil (1998), de Walter Salles. Ela já venceu, também, o Emmy
Internacional, o Festival de Berlim e o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A
atriz também foi destaque em clássicos da Rede Globo como Doce de Mãe,
Belíssima, Guerra dos Sexos, A Dona do Pedaço, entre outros.
Fernanda Montenegro nasceu em 16 de outubro de 1929 no Rio
de Janeiro. Sua primeira experiência no teatro foi aos oito anos, em uma peça
da igreja. Em 1950, estreou profissionalmente nos palcos ao lado do marido
Fernando Torres, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian
Luchaire.
Em dois anos na Tupi, participou de cerca de 80 peças,
exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do
Teatro Brasileiro. No período, foi vencedora do prêmio de Atriz Revelação da
Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1952, por seu trabalho em Está
Lá Fora um Inspetor, de J.B. Priestley, e Loucuras do Imperador, de Paulo
Magalhães. Fundou, ainda, a companhia Teatro dos Sete junto de outros
importantes nomes da cena teatral brasileira.
Sua estreia na televisão foi em 1963, na TV Rio, com as
novelas Amor Não é Amor e A Morta sem Espelho, ambas de Nelson Rodrigues.
Passou, também, pela TV Globo e a TV Excelsior. Além de novelas, atuou em
minisséries, com destaque para O Auto da Compadecida (1999).
Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a maior
comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz
da Ordem Nacional do Mérito "pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas
artes cênicas brasileiras".
https://www.academia.org.br/noticias/fernanda-montenegro-toma-posse-na-academia-brasileira-de-letras
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