Soneto da Infância Minha
Cyro de
Mattos
Os quintais frutíferos. Houve afoito
Amanhecer, de galho em galho, rosto
De suor molhado
deixando as tardes
Que inventavam mentiras de verdade.
Inúteis, mas
importantes. Lonjuras
Alcançavam as puras aventuras
Bebidas no nascedouro da vida
Com gosto de fruta amadurecida.
Tomava banho na lua de prata,
Na rua onde dorme agora, quieta,
A minha turma. A vida não prendesse
Meu pássaro,
infância minha, não desse
Ponto final nas
vagas amorosas,
Onde corri nas
horas primorosas.
Cyro de Mattos - Membro efetivo da Academia de Letras da
Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Doutor
Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.
* * *
Nossa infância , que infelizmente não mais existe , estão queimando etapas . Não mais as brincadeiras de roda, esconde esconde, trepar nas árvores, brincar na rua ! Quantas lembranças , quanta saudade !
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