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domingo, 30 de janeiro de 2022

SONETO DA INFÂNCIA MINHA – Cyro de Mattos



Soneto da Infância Minha

          Cyro de Mattos

 

Os quintais frutíferos. Houve afoito  

Amanhecer, de galho em galho, rosto

 De suor molhado deixando as tardes

Que inventavam mentiras de verdade.

 

 Inúteis, mas importantes. Lonjuras   

Alcançavam as puras aventuras

Bebidas no nascedouro da vida

Com gosto de fruta amadurecida.

 

Tomava banho na lua de prata,

Na rua onde dorme agora, quieta,

A minha turma. A vida não prendesse

         

Meu pássaro, infância minha, não desse

Ponto final nas vagas amorosas,

Onde corri nas horas primorosas.

 

Cyro de Mattos - Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.

* * *

Um comentário:

  1. Nossa infância , que infelizmente não mais existe , estão queimando etapas . Não mais as brincadeiras de roda, esconde esconde, trepar nas árvores, brincar na rua ! Quantas lembranças , quanta saudade !

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