26 de agosto de 2020
Hélio Brambilla
Tantos são os problemas que assolam o Brasil e o seu povo que se torna difícil traçar uma unidade descritiva desse circo de horrores em que a esquerda pretende transformar nosso País. Na verdade, ela quer tocar fogo no circo e permanecer imune e impune. Literalmente, quer ver o circo pegar fogo, ou pelo menos a Amazônia em chamas…
Comecemos
por ver e analisar as desgastadas calúnias de que o Brasil está acabando com a
Floresta Amazônica. Os focos de queimadas podem ser decorrentes da técnica
milenar da coivara utilizada na limpeza de pastagens ou na preparação de roças
para o plantio de pequenos produtores. Ou até mesmo de festas juninas.
Mas, em todo caso, as queimadas diminuíram em relação a 2019
segundo dados coletados pela Embrapa Territorial e divulgados em 17-8-20.
A Embrapa noticia que o monitoramento por satélite de
referência da NASA das queimadas e fogos ativos, de 1º de janeiro a 16 de agosto
deste ano, registrou no Brasil um total de 63.616 pontos de calor. Com relação
ao mesmo período do ano de 2019 houve no Brasil uma redução de 2%.
A Embrapa
informa ainda que no bioma Amazônia, apesar do falso alarde de alguns, até
16-8-20, houve uma redução de 15% nas queimadas: 29.710 em 2020 contra 35.145
no mesmo período em 2019. O bioma caatinga também apresenta uma redução de 24%
das queimadas com relação ao ano passado.
O Mato Grosso apresenta 0% de variação nas queimadas com
relação a 2019. O Estado registrou até 16-10-20 o total de 13.225 queimadas,
incluindo as de parte do Pantanal. O número é quase igual ao do ano passado:
13.238.
No Pantanal, muitas queimadas transformaram-se em incêndios.
Outros foram provocados por raios e por ações criminosas ou de negligência.
Segundo a Embrapa, a vegetação aberta e caducifólia da região, onde predominam
gramíneas e arbustos, facilita a ocorrência e propagação dos incêndios. Raios
com frequência provocam incêndios. A chegada das chuvas tende a encerrar esse
ciclo de fogo.
O que os
152 bispos têm a dizer sobre isso? Macron? Merkel? Greta?
A dizimação
de florestas — de que somos acusados sem cessar — ocorre em sua imensa maioria
em áreas de cerrado, pois a floresta amazônica, a rain forest, não
pega fogo, tão elevada a sua umidade. Mesmo assim, a derrubada de florestas no
País não atingiu 10.000 km2.
Não que
concordemos com esse desmate, mas o fato concreto é que nesse ritmo
demoraríamos cerca de 500 anos para abater a última árvore em nosso País. A
Greta estaria viva para assistir a cena?
A imensidão
do território nacional é tal que, se por uma catástrofe viesse um novo dilúvio
universal e restasse ileso apenas o Brasil — além da pomba e do corvo do relato
bíblico da Arca de Noé — caberiam aqui, com a densidade da população de
Bangladesh mais de 9 bilhões de pessoas.
O Brasil é
57 vezes maior do que o território de Bangladesh, que conta com 164 milhões de
habitantes em uma área de 147.000 km2. Ou seja, 50.000 km2 menor que o
Estado do Paraná com seus 11 milhões de habitantes (Boletim da FAEP, nº. 1477,
de 9-6-19).
Alguém
perguntará, mas e comida para toda essa gente? Ora, até o momento utilizamos
apenas 8% do nosso território para produção agrícola e 16% para pecuária, e
alimentamos 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo.
Se
considerarmos os mesmos índices de produtividade atuais e raciocinarmos em
termos hipotéticos, tomando 100% de nosso território, então seríamos capazes de
alimentar 6 bilhões de pessoas.
E haveria
mais, muito mais. Basta somarmos, além dos 8,5 milhões de km2, mais 4,5 milhões
de km2 da denominada “Amazônia azul” — que é nosso território marítimo e
zona econômica exclusiva equivalente à superfície da Floresta Amazônica — em
nossa costa com 7.400 km de extensão. Estudos recentes apontam que fazendas
aquáticas seriam capazes de produzir o equivalente à atual produção terrestre
do Brasil em frutos do mar e algas marinhas.
Senhores
catastrofistas de plantão e ambientalistas radicais, falem com mais fundamento
quando disserem que é preciso eliminar 1 bilhão de pessoas da face da Terra
para começar a diminuir a pobreza. O exemplo começa em casa. Ajudem com suas
fortunas incalculáveis a que os povos tenham mais religião, moral, cultura e
tecnologia para produzir mais com menos terras.
Sigam o
exemplo do Brasil que vocês tratam como vilão, mas que em 50 anos, ao aumentar
apenas 40% de sua área cultivada, obteve um aumento de mais de 300% na
produção, superando índices de produtividade dos EUA.
* * *
Agora,
tratemos um pouco do propalado genocídio dos 100 mil mortos pela Covid-19 no
Brasil.
Parece que 152 bispos que se pronunciaram contra o Governo
estão caolhos. Afinal, só enxergam eventuais erros no Governo, mas não
enxergaram, por exemplo, as blasfêmias todas que ocorreram no carnaval nem a
liberação do carnaval por governadores irresponsáveis. Será por serem caolhos
ou será por falta de reta intenção?
Basta ver o jornal “O Estado de S. Paulo”, 8-8-20, que
fornece a lista dos Estados que liberaram o carnaval: AM, PA, MA, CE, PE, BA,
RJ, SP. Esses Estados totalizaram 69.724 mortes, ou seja, 70.000 em números
redondos. Em relação às 100.000 mortes, isso significa que esses Estados que
liberaram o carnaval foram responsáveis por 70% das mortes por Covid-19 no
Brasil, supondo evidentemente que não se tratem de fake-óbitos.
152 bispos no Brasil propalam genocídio do Governo, mas não
falam uma palavra de eventual genocídio dos Estados. Alegam responsabilidade do
Governo por essas mortes, mas não enxergam que apenas 30% das mortes seriam
eventualmente de responsabilidade do Governo e dos Municípios.
Conforme
tínhamos advertido em artigo, em abril, no início da pandemia, já denunciávamos
que os Estados que tinham liberado o carnaval apresentavam uma quantidade muito
maior de infectados.
Além disso, nem 152 bispos, nem mídia, nem esquerda mundial
disseram uma só palavra sobre os responsáveis pelo vírus, ao deixá-lo escapar
de maneira acidental ou culposamente.
Estatísticas apontam quase 1 milhão de mortos e 20 milhões
de contaminados em todo o mundo. Isso sem contar o desastre econômico e
psicológico que abalou o mundo, enquanto China parece continuar crescendo
economicamente.
É bem
verdade que ninguém sabe ao certo quantos morreram na China, porque nenhum
regime do mundo foi tão fechado como o regime escravagista chinês. Mas,
conforme apontamos em recente artigo tratando a respeito dos fake-óbitos,
o número de mortes foi inflado no ocidente e desinflado na China.
Talvez para
glorificar a eficiência chinesa no combate à epidemia, talvez para colocar o
ocidente em pânico e, portanto, de joelhos perante a mesma China.
Hipóteses à parte, a história um dia — e esperamos seja em breve — elucidará essa trama secreta universal.
Mas, o que parece mais inusitado ainda foi a entrevista de Dingding Chen [foto ao lado], feita pelo jornalista Jamil Chade para o UOL, em 10-8-20.
Trata-se de
um professor de relações internacionais da Jinan University, em Guangzhou
e Diretor do Intellisia Institute, um dos maiores think tanks chineses
dedicados à sua política externa. Chade constata que desde o início do governo
Bolsonaro, atritos se proliferaram entre a diplomacia brasileira e a chinesa, enquanto
exportadores agrícolas e mesmo militares agiram nos bastidores para tentar uma
convivência adequada no eixo Brasília-Pequim.
Chen admite
que a curto prazo o Brasil poderia — notem bem, poderia — ser mais afetado por
um resfriamento nas relações, principalmente por sua dependência comercial. […]
Mas, Pequim é quem perderia a longo prazo com o distanciamento em relação à
América do Sul.
O
entrevistado chinês constata que “a China se beneficiou muito da
globalização. Muito mais que os demais países nos últimos 40 anos”. Isso não
teria sido feito propositalmente pelas forças revolucionárias do mundo?
Se a China
ganhou com a globalização e uma parcela importante da classe média do ocidente
tem a impressão de que saiu perdendo, questiona Chade, como esperar,diante
dessa situação, que esse sistema possa se sustentar em um cenário em que os
políticos culpam a China pela destruição dos empregos?
Mais
adiante, a uma pergunta sobre um eventual conflito armado, Chen respondeu que
é “preciso levar a sério a possibilidade de um conflito localizado sair do
controle. Historicamente já vimos isso ocorrer, […] o momento é de extrema
incerteza”.
Na última
pergunta sobre quem mais perderia com uma relação ruim entre Brasil e China, o
entrevistado respondeu que o seu país perderia muito. Comercialmente é algo
pequeno diante do significado da relação de longo prazo.
Ou seja, o
desconforto gerado pela quinta-coluna brasileira e ocidental de aumentar os
impostos aqui para favorecer a China a se industrializar, levando nossos
empregos e fazendo crescer nossa dependência, isso é uma coisa que a classe
média não tolera e se indigna.
Não falemos
dos grandes, porque são cúmplices dessa traição. Quanto aos pequenos, não têm
força de expressão, e no mais das vezes estão apenas voltados para o seu dia a
dia, mas a coisa é diferente com a classe média que carrega o país nas costas e
está mais que indignada.
Outra coisa
que o professor chinês não disse, porque não pode mostrar o calcanhar de
Aquiles da China, é a questão dos alimentos. Só o Brasil pode oferecer
alimentos baratos de alta qualidade e em grande volume para alimentar aquela
população que foi acostumada pelo regime comunista a comer todo tipo de insetos
e coisas repugnantes.
Basta
lembrar que na China, quase 46% do território são montanhas acima de 4 mil
metros de altitude e desertos, incluindo o de Gobi, um dos maiores do mundo.
Portanto, impróprios para agricultura.
No Brasil,
boa parte do território é apta para a agricultura, e mais que isso, de
altíssima produtividade. Prova disso é que a agropecuária no Brasil segue com
recordes de produção e exportação.
Falam tanto
em vacina contra a Covid, mas o que certa imprensa não diz é que o Brasil
está inundando o mundo com suco de laranja, ou seja, com pura vitamina C, um
imunizante natural excelente.
As exportações de suco de laranja aumentaram 158% neste ano. Fora Covid! Viva o produtor de laranja brasileiro! Nas exportações é provável que tenhamos o maior superavit da nossa história, graças ao agronegócio.
Basta
lembrar da apresentação do Ministro Paulo Guedes para a Frente Parlamentar da
Agricultura, em 10-8-20, quando ele afirmou que o PIB brasileiro, nesse ano de pandemia,
quase não mudou. Isso graças à agricultura que salvou a economia, pois só da
agricultura brasileira é possível tirar três safras por ano.
Em relação
às exportações mundiais, a soja nacional responde por 51% delas; a carne de
frango por 34%; a carne bovina por 24%; o farelo de soja por 24%; o milho por
21%; a carne suína por 10% e o óleo de soja por 9%.
Prova dessa
eficiência da agricultura brasileira é que o consumo de diesel chegou em
julho/2020 a patamares de antes da crise provocada pela Covid. Onde houver
produção e safra agrícola, haverá caminhões rodando pelas estradas.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, 16-8-20, por causa
da superprodução de milho deste ano, a safra do Brasil vai alcançar 253,7
milhões de toneladas. Isso é de longe o maior recorde de produção que já houve
no Brasil por conta do sucesso da safrinha de milho.
Além disso,
em decorrência da pandemia, o povo brasileiro está poupando mais. Segundo o
mesmo jornal, em 12-8-20, os depósitos na caderneta de poupança superaram os
saques em 127 bilhões de reais.
Deus é
brasileiro e a Virgem Aparecida é a Mãe D’Ele. Portanto, confiança, trabalho,
fé e perseverança. Unidos venceremos a crise! Fora quinta-coluna catastrofista!
https://www.abim.inf.br/brasil-a-arca-de-noe-do-seculo-xxi/
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