Nem Sebastian Brant, advogado alemão que viveu nos anos
1500, autor da sátira “A Nau dos Insensatos”, seria capaz de imaginar o cenário
de horror que começamos a viver no Brasil nestes tempos de Pandemia.
A exagerada ambição de alguns pelo poder e o caráter deletério
de todos começam a arrastar o país para uma guerra civil ou para uma situação
de total descontrole social e de falência das instituições democráticas.
Não, não exagero. É o cenário que enxergo com clareza caso o
presidente da República seja afastado do cargo ou impedido de governar pelo que
já é chamado de “Parlamentarismo Branco” ou algo que o valha.
RACIOCINEM, POR FAVOR
Ainda dá tempo de reverter esse processo, mas é preciso que
os agentes dessa insensatez comecem logo a raciocinar:
- O Bolsonarismo é, caso queiram admitir ou não, a única
força política viva, participativa, energizada, da Nação.
- Nada do que o presidente fez – ou deixou de fazer – desde
que o Virus de Wuhan entrou no radar da Nação, abalou a base bolsonarista que
tem crescido bastante com a recente adesão dos micro e pequenos empresários
(mais de 30 milhões, ao todo) maltratados pelo confinamento irracional.
- A base de apoio ao presidente é bastante concentrada no
Estado de São Paulo, no sul do Brasil, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e têm-se
expandido fortemente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País, bastando ver as
multidões que o tem cercado aos gritos de “Mito! Mito! Mito!” nas visitas que
tem feito às regiões mais remotas do país.
NAU DA INSENSATEZ
Os governadores que assinaram a carta de protesto contra o
presidente da República, por influência do ambicioso João Dória, embarcaram
assim na Nau da Insensatez.
O exemplo mais gritante desses embarcados insanos é o
neófito governador de Santa Catarina, Carlos Moises da Silva (PSL), um ilustre
desconhecido até a campanha de 2018: só foi eleito por ter desfraldado a
bandeira do bolsonarismo num estado em que nada menos de 75% dos eleitores
votaram em Jair Bolsonaro.
Sua assinatura na carta de governadores contra o presidente
corresponde a um salto do topo da Serra do Rio do Rastro sem paraquedas ou asa
delta.
No Estado de São Paulo, onde em pleno confinamento tem-se
repetido carreatas portentosas contra João Dória, a #ForaDoria
já adquiriu duplo sentido: como numa democracia um governador democraticamente
eleito não pode ser deposto, será com certeza impedido de governar caso se
consume algum tipo de golpe contra o presidente da República.
Quem viver verá!
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