Ambos
andávamos pelos 14 anos de idade e ela menina-moça já de formas físicas de
adolescente, era a atração de todos. Até os mais velhos sentiam-se seus
prisioneiros.
Uma das
suas grandes forças era atrair amigos, especialmente rapazes; era uma espécie
de cerco afetivo de jovens. Sobre eles, ela exercia maior simpatia, maior
entusiasmo.
Sempre
tinha gestos e expressões delicadas, expressões afetuosas, tratamento carinhoso
em parte, pela sua instintiva ternura. Tinha um donaire real de uma linda
princesa que se orgulha da sua altíssima linhagem, com a sua índole açucarada.
Desde
tenra idade era um doce, uma flor de pessoa, de especial trato que a todos
dispensava. Esse seu jeito era muito espontâneo, muito livre, muito natural.
Fico-me a ver-lhe o porte elegante de corpo inteiro, da cabeça aos pés, da pele
cor de jambo, dos olhos cor de mel, o jeito de andar, a cintura delgada e as
pernas torneadas.
Durante
muitos anos foi a rainha da beleza, mesmo sem pleito e sem coroação, o seu
primeiro lugar era garantido por pobres e ricos, por quantos a conheciam.
Volvidos
tantos anos, seus olhos continuavam cor de mel, porém o cabelo já não era
castanho e a graça de outrora estava reduzida a quase nada. Mesmo assim, quem a
conheceu no passado lembrava aquela adolescente que tinha um extraordinário
poder de atração.
ANTONIO BARACHO – Poeta, psicólogo.
Membro da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da
cadeira nº 11.
E-mail: antoniobaracho@hotmail.com
Tel. (73) 99102-7937 / 98801-1224
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