12 de Janeiro de 2019
♦ Marcos Machado
O discurso de posse do chanceler Ernesto Araújo ecoou
pela mídia nacional e internacional e estabeleceu um marco divisório entre a
ruptura dos 13 anos petistas com a tradição brasileira e a nova fase que se
inicia.
Em 30 minutos, o novo chanceler enfeixou pontos de máxima
importância para o futuro do Brasil. Ele não só os descreveu com objetividade,
calma e conhecimento de causa, como soube também alinhar os males de que
padecemos e apontar-lhes os remédios.
A reação das esquerdas nacionais e internacionais não se fez
esperar. A acidez dos comentários, a parcialidade, a amargura em constatar que
a era petista foi sepultada com pá de cal, mostram que a esquerda, no seu vezo
antipatriótico, se condena a si mesma e nos dá a prova provada do acerto da
bússola que o País almeja alcançar nos próximos anos.
Assim, em artigo publicado no jornal “El País” (3-1-19) sob
o título “Novo chanceler do Brasil faz discurso de ruptura com tradição
multilateral da diplomacia do país e frustra quem esperava tom moderado ou
menos ideológico depois da posse”, Ricardo Della Colleta comenta: “E, para
quem esperava que o chanceler moderasse o tom uma vez empossado ministro, seu
pronunciamento foi um balde de água fria.”1
Em outros termos, rompeu-se a tradição da era FHC e petista.
O chanceler reata as tradições da diplomacia brasileira e acena para os grandes
dias do Itamaraty.
Eis as palavras textuais do novo chanceler: “Como
talvez nenhuma outra instituição no Brasil, nós temos a responsabilidade de
proteger e regar este tronco histórico multissecular por onde corre a seiva da
nacionalidade.”2
Em novembro de 2018, após Ernesto Araújo ser convidado para
o cargo de Chanceler do Brasil, o PT publicou uma nota de repúdio por
suas “posições políticas conservadoras”.
Missão do Brasil e seu papel no concerto das nações
Duas outras passagens do discurso do chanceler:
“A nossa evidente tendência nacionalista não provém de
nenhuma vontade de isolamento, ela é movimento sobretudo de autoconhecimento”.4
“[…] temos
a responsabilidade de proteger e regar este tronco histórico multissecular por
onde corre a seiva da nacionalidade”.
Tem toda razão o chanceler: há uma seiva da nacionalidade
que vem das raízes católicas do mundo português, da evangelização dos índios,
do amadurecimento nacional que deu origem ao Brasil enquanto nação.
E o autoconhecimento em oposição à globalização é a
reafirmação da nacionalidade, das qualidades com que Deus galardoou o Brasil.
No Rio de Janeiro, Palácio do Itamaraty (antiga sede do
Ministério das Relações Exteriores).
Na impossibilidade de comentar aqui todos os ricos aspectos
da fala do nosso chanceler, cremos que ele se insere na missão do Brasil,
externada em discurso pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Produto da cultura latina valorizada e como que
transubstanciada pela influência sobrenatural da Igreja, a alma brasileira
resulta da transplantação, para novos climas e novos quadros, destes valores
eternos e definitivos que, precisamente porque definitivos e eternos, podem
ajustar-se a todas as circunstâncias contingentes, sem perderem a identidade
substancial consigo mesmo.”
“A perfeita
formação da alma brasileira comporta, pois, duas tarefas essenciais, uma que
mantenha sempre intactos os fundamentos de nossa civilização cristã e ocidental
e outra que ajuste esses fundamentos às condições peculiares a este
hemisfério.”5
Que Nossa Senhora Aparecida ilumine, guie e governe esse tão
amado Brasil, para a sua grandiosa missão.
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Notas:
* * *
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