O romance A sucessora, de Carolina Nabuco – filha de um
dos fundadores e primeiro Secretário-Geral da Academia Brasileira de Letras,
Joaquim Nabuco (1849-1910) – será lançado, em nova edição da editora Instante,
no Petit Trianon da ABL, dia 4 de dezembro, às 16 horas.
Publicado em 1934, A Sucessora obteve grande
sucesso editorial, recebendo diversas reedições no Brasil, estando fora de
catálogo desde 1996. O livro, segundo os editores, une prosa intimista e
psicológica ao dar voz a uma protagonista feminina: Marina, uma jovem
recém-casada que, após uma romântica lua de mel, muda-se para a mansão do
marido, o milionário Roberto Steen.
“Ao entrar em sua nova residência, depara-se com um
imponente retrato de Alice, a primeira mulher de Roberto, falecida poucos meses
antes de Marina e ele se conhecerem. Alice era dona de uma personalidade
exuberante e um ícone da sociedade carioca, enquanto Marina, criada na fazenda
da família, sempre levou uma vida simples e distante dos costumes liberais da
cidade grande. Marina é então invadida por sentimentos de insegurança e
inadequação. Afinal, numa vida em que todos a comparam à primeira madame Steen,
será que seu amor por Roberto resistirá ao fantasma de uma mulher tão
especial?”
Carolina Nabuco nasceu no Rio de Janeiro, em 1890.
Passou a adolescência nos Estados Unidos, onde o pai, o estadista e
abolicionista Joaquim Nabuco, era embaixador do Brasil. Tornou-se importante
escritora já ao publicar seu primeiro livro: a biografia de seu pai, em 1928,
obra que no ano seguinte receberia o Prêmio de Ensaio da Academia Brasileira de
Letras. Apesar da educação recebida no exterior, possuía espírito brasileiro.
Atuou como escritora e tradutora e levou uma vida discreta. Não se casou nem
teve filhos.
Além de A vida de Joaquim Nabuco e de A
sucessora, escreveu outros livros: Chamas e cinzas (romance,
1947), Visão dos Estados Unidos (viagem, 1953), Santa Catarina
de Sena (biografia, 1957), A vida de Virgílio de Melo Franco(biografia,
1962), Retrato dos Estados Unidos à luz da sua literatura (crítica
literária, 1967), O ladrão de guarda-chuva e dez outras histórias (coletânea
de contos, 1969) e Oito décadas (memórias, 1973).
Em 1978, Carolina Nabuco recebeu o Prêmio Machado
de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Quatro anos
depois, em agosto de 1981, faleceu, em decorrência de um ataque cardíaco, aos
91 anos de idade, em sua casa na rua Marquês de Olinda, no Rio de Janeiro.
14/11/2018
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