3 de outubro de 2018
A economia está longe de ser o fator principal da
grandeza de uma nação, e mesmo do seu bem estar, pois este não consiste só na
riqueza material do seu povo, mas sobretudo na posse tranquila da Verdade e na
prática invariável do Bem.
Nossas maiores incertezas, nossas mais angustiantes
dificuldades, nossos choques mais violentos promanam, de fato, das divergências
entre dois Brasis: um deles é o Brasil político; o outro, porém, não é o Brasil
econômico, e sim o Brasil religioso. Esses dois Brasis estão muito mais
distanciados um do outro do que o Brasil político em relação ao Brasil
econômico.
Esse mal não é de hoje. Desde o Império o Brasil, apesar de
profundamente católico, era dirigido por uma camarilha de parlamentares que
procuravam, por todos os modos, destruir a vida religiosa do País. Com a corda
de seda dourada do regalismo de Pombal, o Brasil político do Império tentava
enforcar o Brasil religioso. E a República, ao invés de corrigir esse mal,
acentuou-o desmedidamente, destruindo os últimos pontos de contato que ainda os
uniam.
A leva de autopromovidos da política, que logo no início da
era republicana sucedeu aos estadistas do Império e passou a encarnar o Brasil
político, tentou estrangular o Brasil religioso, não mais com corda de seda,
mas com a reles corda de amarração do positivismo francês. Isto durou até 1934,
quando a Liga Eleitoral Católica alterou parcialmente esse estado de
coisas.
Opondo-se ao catolicismo, como até agora se opôs, o Estado
brasileiro não pode dar à Nação o seu verdadeiro rumo, porque implicitamente se
aparta da Igreja, e portanto dos brasileiros. Dos governantes que até aqui teve
o Brasil, só a excelsa Princesa Isabel tentou fazer uma política em
sentido contrário.
Se o Estado Novo [getulista] quiser ser realmente novo, deve
extinguir essa odiosa cisão entre os dois Brasis, característica do Estado
Imperial e da República velha.
___________
(*) A íntegra deste artigo, publicado originalmente no
“Legionário”, em 6 de março de 1938, encontra-se disponível no link: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20380306_DoisBrasis.htm
Costa Marques
3 de outubro de 2018 à 11:54
O comentário do Prof. Plinio sobre os dois Brasis —
publicado em 1938, logo após o golpe getulista (novembro de 1937) descreve a
raiz da solução brasileira, seja para 38 seja para 2018.
Porque a solução meramente econômica acaba sendo aceitar a tese marxista.Um Pais, o Brasil de 2018, também está à volta com dois Brasis: um petista e um conservador.
Cabe a nós, conservadores, insistirmos na restauração dos Valores Morais (2018) porque um organismo sadio gerará por consequência um Brasil sadio.
Não é deixar de lado a Economia, trata-se de fazer ambas as coisas. CostaMarques
Porque a solução meramente econômica acaba sendo aceitar a tese marxista.Um Pais, o Brasil de 2018, também está à volta com dois Brasis: um petista e um conservador.
Cabe a nós, conservadores, insistirmos na restauração dos Valores Morais (2018) porque um organismo sadio gerará por consequência um Brasil sadio.
Não é deixar de lado a Economia, trata-se de fazer ambas as coisas. CostaMarques
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