28 de outubro de 2018
♦ Carlos
Vitor Santos Valiense
Realmente é muito triste ver que a região Nordeste encerra
POR ORA a maior zona eleitoral esquerdista do nosso querido Brasil. Quando vi o
resultado do primeiro turno da eleição, fiquei muito “retado” — aqui na Bahia
não é “arretado”, como em outras partes do Nordeste. O que me fez parar para
pensar foi ver a noticia de que o atual candidato petista teve o menor apoio no
Nordeste desde 2002. Com isso, fiz uma breve reflexão sobre o assunto.
O nordestino é um povo inteligente, esperto, destemido, de
cultura invejável, cercado de belezas naturais mundialmente reconhecidas que
fazem da região o maior pólo turístico do País; um povo que encontra solução
para tudo, mas que é principalmente um povo de fé.
Contudo, por ser um povo inteligente e de uma esperteza sem
tamanho, a Revolução anticristã sempre viu o Nordeste brasileiro como uma
ameaça a seus planos, e por isso utilizou suas armas para impedir que fôssemos
uma potência intelectual e nos tornássemos um mero “curral eleitoral” e massa
de manobra barata para a perpetuação de um futuro e eterno governo esquerdista.
O atual caos por que passa a nossa região é fruto de uma
investida das forças da esquerda para neutralizar sua potência e transformá-la
em coisa própria. A revolução no Nordeste soube espalhar seu veneno em três
pontos característicos do nosso povo nordestino: Fé, inteligência, gratidão. O
ataque a esses três pontos foram fundamentais para a atual expressão da
esquerda entre nós.
A fé é com toda certeza a marca mais bela do povo nordestino
e por isso mesmo tornou-se a primeira vítima da esquerda. A presença forte da
estrutura eclesiástica foi sem sombra de dúvida o empurrão para o presente
caos. Nascido na sacristia da esquerda católica, o PT encontrou terreno fértil
para propagar o “Cristo Libertador”, enquanto o clero da teologia da libertação
trombeteava: “Este é o candidato dos pobres, da igreja dos pobres…”.
A inteligência é algo natural ao nosso povo. Temos grandes
pensadores, escritores etc. Entretanto, não querendo aguçar algo que nos é tão
natural, a esquerda simplesmente não investiu na formação intelectual do
Nordeste, mas preferiu se dedicar à doutrinação ideológica, criando uma
multidão de analfabetos e analfabetos funcionais, no pensamento de Paulo
Freire.
Procissão de São Francisco no Canindé (CE)
O terceiro ponto — e o que poderá ter mais discordância por
parte de quem leia este texto — é a gratidão. Somos um povo grato e isso tem
muito a ver com fidelidade. Para as pessoas mais simples e leigas que se
encontravam desoladas em meio aos maiores problemas sociais, esquecidas por
todos, com déficit na educação, induzidas e formadas pela “Teologia da
Libertação”, o sistema que se voltou para elas e lhes deu certa dignidade que
até então lhes era negada pelo restante do País foi objeto de sua retribuição
através do voto.
Por tudo quanto ficou dito, vê-se que o medo da esquerda é o
Nordeste, razão pela qual se investiu tanto na sua destruição intelectual,
tornando-o a maior vítima do processo revolucionário no Brasil e levando seus
agentes a pensar que o tinham dominado por completo.
Procissão na Missa pelos vaqueiros, Canindé (CE)
No entanto, o espírito conservador, que faz parte da índole
do nosso povo, se mostrou cada vez mais incompatível com o atual caos. Tirou
ele assim a poeira dos olhos daqueles que estavam sendo instrumentos da
barganha revolucionaria e reergueu algo que estava dormindo para se tornar cada
vez mais pulsante no povo nordestino.
Vale ressaltar que o grande movimento conservador que vem
surgindo no Brasil vem do Nordeste: o gigante do autêntico pensamento
conservador se levantará e dissipará desta Terra de Santa Cruz o maledicente e
destruidor caos causado pela esquerda, filha primogênita da Revolução
anticristã.
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