7 de setembro de 2018
Poucos brasileiros contemporâneos sabem, mas Nossa Senhora
Aparecida recebeu das Forças Armadas a patente de Generalíssima do
Exército Brasileiro. Isso há 50 anos.
Quando em 1822 Dom Pedro II proclamou a nossa Independência,
o Brasil recebeu de Nossa Senhora, “logo ao nascer como nação”, segundo
feliz expressão de Plinio Corrêa de Oliveira, “o primeiro sorriso e a
primeira bênção”.
Era portanto natural que as nossas Forças Armadas prestassem
essa justa homenagem a quem tanto papel teve na História do Brasil. Este fato é
rememorado pelo artigo, que aqui transcrevemos, do Ir. André Luiz Oliveira,
missionário redentorista, escritor, teologando, mariólogo, associado da Academia
Marial de Aparecida.
Prestamos também nós, desta forma, neste 7 de setembro de
2018, comovida e reconhecida homenagem à nossa Generalíssima, que é também
Rainha e Padroeira do Brasil.
Os títulos de Aparecida:
Generalíssima do Exército
Da série de artigos marianos sobre os títulos eclesiásticos
e civis concedidos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, deve especial
destaque o de Generalíssima do Exército Brasileiro; por tratar-se de um
título completamente civil e único na história do país, outorgado em 1967, cujo
jubileu de ouro (50 anos) comemoramos. Em sua vertente masculina —
Generalíssimo — trata-se de uma das mais altas patentes militares, de caráter
exclusivo masculino. O termo, que é um superlativo da palavra General, é
utilizado para descrever Generais, cujos cargos foram além do normalmente
permitido pelas patentes militares.
Em 17 de abril de 1965, uma comissão de militares de Belo
Horizonte, encaminharam ao Reitor do Santuário de Aparecida o pedido de
peregrinação nacional da imagem, em decorrência das comemorações dos 250 anos
de seu encontro, a iniciar pela capital mineira Belo Horizonte. O pedido fora
levado à Aparecida/SP, em pergaminho, pelo Comandante da Polícia Militar do
Estado de Minas Gerais, o documento trazia os seguintes dizeres:
“O Povo Mineiro, interpretando o desejo de todo o Povo
Brasileiro, vem, pela comissão abaixo relacionada, respeitosamente. Pedir a
Vossa Eminência Reverendíssima e ao D.D. Conselho Administrativo da Basílica de
Nossa Senhora Aparecida, que se dignem conceder licença para que a Imagem de
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, seja levada em triunfante
peregrinação às Capitais de todos os Estados do Brasil, sendo em Brasília
aclamada Generalíssima das Gloriosas Forças Armadas Brasileiras.”
Segue-se a assinatura do então Presidente da República:
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Porém, o pedido de peregrinação
acabou não sendo atendido, o título de Generalíssima do Exército foi protelado
e, assim, coube posteriormente ao então Presidente da República: Marechal
Arthur da Costa e Silva, outorgar em 1967 o título, ato que aconteceu na
capital espiritual do Brasil: Aparecida/SP, durante as comemorações dos 250
anos do encontro da imagem, na ocasião em que foi solenemente entregue pelo legado
pontifício, o Cardeal Amleto Cicognani, a Rosa de Ouro [foto ao lado]
— alta condecoração pontifícia exclusiva a mulheres — oferecida pelo Papa Paulo
VI em 15 de agosto de 1967. Passando assim a imagem de Nossa Senhora da
Conceição Aparecida, ter o reconhecimento civil conferida pela patente mais
alta do Exército Brasileiro, sendo-lhe prestada às devidas reverências e honras
militares.
Ir. André Luiz Oliveira – Missionário Redentorista
Escritor, Teologando, Mariólogo, associado da Academia Marial.
Escritor, Teologando, Mariólogo, associado da Academia Marial.
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Fonte: site da Academia Marial de Aparecida
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