18 de setembro de 2018
O sacerdote subversivo Joseph Comblin, ao lado de Dom Helder Câmara, cognominado “Arcebispo Vermelho”
Uma verdadeira revolução comuno-progressista estava em
curso, com o objetivo de implantar no Brasil um regime como o que Fidel Castro
e seus sequazes impuseram a Cuba
♦ Paulo
Corrêa de Brito Filho
Diretor da revista Catolicismo
Uma das principais bandeiras da revista Catolicismo sempre
foi a de denunciar o movimento progressista e premunir contra ele os fiéis
católicos, para não serem embaídos e levados, por vezes inadvertidamente, a
engrossar suas fileiras. Por isso nossa revista é considerada a mais
antiprogressista e anticomunista do País. Não é uma missão fácil nem agradável.
Nossa vida seria muito mais tranquila se combatêssemos apenas os inimigos
externos, distantes, sem atingir os que penetram e atuam no interior da Santa
Igreja Católica Apostólica Romana.
Mas é imperativo de nossa consciência, como filhos da
Igreja, lutar em sua defesa e denunciar os lobos dissimulados em peles de
cordeiros, que nela se infiltram com o objetivo de desfigurá-la. No fiel
desempenho dessa missão, a história de Catolicismo é marcada por uma
grande campanha contra a infiltração comunista nos meios católicos, a qual está
completando exatos 50 anos. Essa epopeia é narrada na matéria de capa da edição
deste mês. Ela encontra-se disponível no site:
Em 1968, uma verdadeira revolução comuno-progressista estava
em curso, com o objetivo de implantar no Brasil um regime como o que Fidel
Castro e seus sequazes impuseram a Cuba. Um dos principais impulsionadores
desse projeto da “esquerda católica” era o sacerdote belga Joseph Comblin,
abrigado no Recife por Dom Helder Câmara. Em um relatório ele expôs os métodos
ditatoriais e sangrentos para alcançarem esse objetivo. Era destinado a
divulgação restrita, no entanto vazou para a imprensa, e dele o Brasil inteiro
tomou conhecimento.
A subversão infiltrada na Igreja era conhecida e temida por
grande número de católicos. Perplexos e chocados, acompanhavam o trabalho que o
clero progressista empreendia para abolir antigas tradições e promover inovações
brotadas depois do Concílio Vaticano II. O documento comprometedor do Pe.
Comblin não deixava margem a dúvidas, e deu ensejo a uma atitude corajosa do
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP brasileira. Numa Reverente
e filial mensagem, apresentou a Paulo VI suas graves apreensões, seguindo-se um
pedido de medidas a fim de impedir tais desvios, pois minavam a Igreja e
levavam muitos fiéis a se afastarem dela ou a se engajarem em movimentos
marxistas.
A TFP aderiu a essa mensagem e a esse pedido, e se empenhou
em ampla coleta nacional de assinaturas num abaixo-assinado, conseguindo a
adesão de 1.600.368 brasileiros. As listas contendo as assinaturas foram
entregues no Vaticano sob a forma de microfilmes.
Qual foi a resposta da Santa Sé a esse SOS? O completo
silêncio! No entanto, transcorridos alguns meses da campanha, Paulo VI se
referiu a um processo de “autodemolição” da Igreja; e mais tarde, em
1972, afirmou ter a sensação de que “por alguma fissura tenha entrado a
fumaça de Satanás no templo de Deus”. Palavras que confirmaram a grave
den úncia da TFP, ecoada por nossa revista em todo o território nacional.
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