13 de junho de 2018
Momento de uma das várias agressões físicas. A polícia,
presente o tempo todo, teve temor de intervir
Julio Loredo
Fui convidado pela Fundação Civitas Christiana (TFP
holandesa) para fazer algumas conferências em Nijmegen, uma das mais
tradicionais cidades da Holanda. O programa previa um dia dedicado a um pequeno
grupo de rapazes, sobre o tema A santidade da civilização cristã; e meio
dia de palestras para cerca de 60 simpatizantes, ávidos por informações
sobre Plinio Corrêa de Oliveira, o cruzado do século XX. O interesse pelo
pensamento e a ação desse eminente líder católico contra-revolucionário
brasileiro vem crescendo cada vez mais no país.
Chamam a atenção as imagens de “Che” Guevara portadas pelos
agitadores LGBT. Afinidades ideológicas com o comunismo, cada vez mais claras
No sábado à tarde, como parte do programa juvenil, fomos ao
centro de Nijmegen para protestar contra um cartaz imoral divulgado na cidade,
o qual mostra dois homossexuais se beijando. Hugo Bos, diretor da TFP dos
Países Baixos, definiu corretamente o cartaz como “altamente impróprio
para a moral pública, especialmente para as crianças”. A manifestação
consistia na distribuição, de forma pacífica e legal, de um folheto exortando
as pessoas a assinar uma petição on-line de protesto contra esse
cartaz.
Poucos minutos após o início da campanha, apresentou-se um
magote com cerca de 100 militantes LGBT, claramente preparados para um ato de
guerrilha urbana. Alguns tinham o rosto coberto por lenços, outros usavam
capacetes que lhes cobriam toda a cabeça. Revoltados, atacaram-nos fisicamente,
de forma bastante violenta; atingiram nossos olhos com balões contendo pó de
pimenta e purpurina; arrebataram com força os folhetos das nossas mãos, para em
seguida rasgá-los; e tentaram apossar-se dos nossos banners, sem o
conseguir.
Começamos a rezar o Santo Rosário, mas os hooligans LGBT
ignoraram o caráter estritamente religioso deste ato, e passaram a arrancar os
terços de nossas mãos, arrebentá-los e zombar de nós. O ódio à Fé era óbvio.
Mas nossa calma, coadjuvada por indiscutível superioridade moral, impediu que a
situação se degradasse. A Polícia, muito favorável ao nosso trabalho, só nos
protegeu em parte, pois temia ser erroneamente censurada como favorecedora de
“atos homofóbicos”.
Não foi esta a primeira vez que estive na rua, lidando com
agitadores LGBT. Mas neste caso tão característico de intolerância, algumas
conclusões eram evidentes.
Um dos hooligans LGBT
A Holanda é considerada um país liberal e tolerante. Mas a
tolerância parece ter mão e não ter contra-mão. Basta mencionar que quatro
gráficas se recusaram a imprimir os nossos folhetos, por temerem represálias do
movimento homossexual. Conseguimos que uma pequena tipografia aceitasse o
encargo, mas só depois de nos comprometermos a manter sigilo. Como pode ser
considerado liberal um país onde a liberdade de imprensa é coibida? Até onde
nos consta, o controle da imprensa é um elemento típico das ditaduras. Outro
elemento é o clima de terror ideológico imposto pelo lobby LGBT.
Liberdade em teoria, mas intolerância na prática.
A Polícia afirmou que só podia nos proteger até certo ponto,
pois deveria ter muito cuidado para não ser acusada de “crime de homofobia”, o
qual poderia implicar em expulsão e processo penal. É um direito do cidadão ser
protegido pelas forças da ordem, mas outro elemento típico das ditaduras é esse
controle da Polícia.
Além de ordeiro e pacífico, nosso protesto estava firmemente
motivado, tanto do ponto de vista intelectual quanto moral. Apresentávamos de
forma serena um ponto de vista: o da moral católica e do direito natural. Porém
a intolerância da ditadura LGBT é radical, total, absoluta. Ninguém tem o
direito de manifestar um ponto de vista contrário ao dela. Quem o faz,
literalmente põe em risco a própria pele. Eis um terceiro elemento da ditadura:
o controle do pensamento por meio da força bruta.
A fúria dos elementos LGBT atingiu seu paroxismo quando
começamos a rezar o Santo Rosário. Não só arrancaram o terço das nossas mãos,
mas também praticaram atos lascivos em nossa presença, chegando mesmo a colocar
as mãos sobre nós. Não reagimos com desforço físico, pois seríamos
imediatamente acusados de praticar “violência de gênero”. Mais um elemento da
ditadura: virtual proibição de praticar a própria religião, inclusive no
domínio moral.
Estamos caminhando com celeridade para aquela “ditadura do
relativismo” denunciada pelo Papa Bento XVI. Na Holanda, já conseguiram criar
um clima de terror ideológico. Fatos como esses, frequentes também em outros
países, devem abrir os olhos das pessoas sobre o perigo de uma ditadura LGBT em
franca expansão.
Nestas páginas, algumas fotos da campanha em Nijmegen não
dão bem a ideia do ódio e da violência dos hooligans LGBT. A imprensa
holandesa evitou difundir as cenas mais violentas, mas filmamos tudo e nos
reservamos o direito de publicar o vídeo integral, caso julguemos necessário.
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