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Saudades!
Minh'alma, voando, me leva ao passado
Mergulhos profundos
nas águas falantes do meu Cachoeira
alegre, ligeiro, passando adiante a sua alegria
deixando chegar um novo falar, um conto de fadas em cada
corrente,
um baile, um convite, para o meu meninar.
Os gritos, os pulos, as correrias,
cambalhotas, gritos alegres da garotada comigo a nadar.
Ah, meu Cachoeira, pra onde você foi?
Cadê suas águas limpinhas, nas quais me banhei?
Pra onde mandaram as suas piabas,
nadando faceiras, bem perto de mim,
e seus camarões escondidos nas pedras,
brincando de esconde-esconde,
com quem lhes buscava nas mãos segurar
E a grama tão verde a lhe circundar, que foi feito, onde
está?
Em suas águas nadei. Que saudade eu tenho de ti meu amigo!
... Infância bendita que me sustentou,
pra vida madura de lutas e muros que eu soube enfrentar.
Suas águas tão frias, nas tardes distantes, aqueceram a
minha alma,
abriram meu peito, me ensinaram a sonhar.
Maria do Carmo Machado d'Oliveira - Professora e poetisa Itabunense, residente em
São Gonçalo dos Campos – BA.
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