31º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Todos os Santos
Anúncio do Evangelho (Mt 5,1-12a)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte
e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a
ensiná-los:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o
reino dos céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque
serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a
Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados
filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem
e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos
e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
– Palavra da
salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
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Ligue o vídeo abaixo a acompanhe a reflexão do Pe. Paulo Ricardo:
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POBRES NO ESPÍRITO
As “bem-aventuranças”, no início do Sermão da Montanha, são
o ensinamento de Jesus sobre a felicidade. A primeira e a oitava
bem-aventuranças dão a chave para compreender todas as outras: felizes são os
pobres em espírito (que melhor se traduz como “pobres no Espírito”);
felizes são os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino do céu.
Felicidade, para Jesus, é já estar na dinâmica do reinado de Deus.
Num mundo que identifica a felicidade com riquezas, cargos e
títulos, soam desconcertantes as palavras de Jesus, que proclama felizes os
perseguidos por buscarem a justiça de Deus; que proclama felizes os que vivem
na simplicidade e na pobreza, guiados apenas pelo Espírito divino.
É que, deixando-se guiar pelo Espírito de Deus, os pobres
entram na mesma missão de Jesus, vivendo e ensinando, a exemplo do Mestre, a
solidariedade nas relações, ainda que isso venha acompanhado de perseguições e
calúnias.
Para os que se afligem por buscar a justiça divina, para
estes vem a consolação, que não tem nada que ver com conformismo. A consolação
é a força de Deus que anima a continuar na missão. E a força de Deus se mostra
na certeza de que a terra será dos mansos, dos que não são dominados pelo
desejo de poder, riquezas ou violência.
Nesse mundo diferente do Reino, que se começa a viver já
aqui, o desejo que conta é o de justiça, e o caminho para a justiça de Deus
está na misericórdia, na pureza de coração e na promoção da paz.
O reinado de Deus, de fato, já se iniciou neste mundo com a
missão de Jesus. Felizes são os que já pertencem a esse reino, com um modo
diferente de agir e pensar. Vivendo relações de fraternidade, sendo solidários
com os sofredores, buscando quem está excluído, aproximando-nos de
quem é descartado como lixo, podemos já experimentar o reinado de
Deus, que um dia será pleno. Então o Senhor da vida, com sua graça, tornará
plena e eterna a felicidade que aqui tivermos vivido, como pobres que se deixam
guiar por seu Espírito.
Que todos os santos, que hoje celebramos, intercedam a Deus
por nós,
para que nossa felicidade seja como a deles.
para que nossa felicidade seja como a deles.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
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