Redação da Aleteia
| Out 30, 2017
"Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto,
confrontemos"
Na berlinda por escancarar cada vez mais a sua real posição
quanto a temas fundamentais para a sociedade, como família, amor, sexualidade e conceito
de pessoa humana, a rede Globo de televisão tem tido que enfrentar
algo incomum para a sua longa hegemonia como canal mais visto do Brasil:
crescentes protestos e boicotes de famílias que não aceitam a forma
impositiva com que a Globo tem insistido em impor ideologias
subjetivistas e relativistas como se fossem absolutas, tanto em sua programação
de entretenimento quanto nos programas supostamente “jornalísticos”.
A emissora acusou o recibo neste mês ao lançar uma nova e
peculiar campanha institucional na qual afirma que teria 100 milhões de
telespectadores no Brasil, acrescentando que muitos gostam dela enquanto “outros
dizem que não“. A ironia é dirigida, obviamente, a quem reage à ideologia que
o canal está impondo com sanha cada vez mais incontida.
No entanto, não é só o apelo ao deboche que revela o
crescente desespero da emissora diante da reação de quem não está a
fim de engolir o seu absolutismo ideológico: os próprios números de
audiência são questionados até mesmo em sites dedicados ao mundo da
televisão. Mauricio Stycer, do UOL, por exemplo, observou que este número está
incluindo os acessos aos sites do grupo Globo.
Outro “detalhe” questionável da campanha é a afirmação de
que a Globo supostamente não fala com esses 100 milhões de modo genérico, mas
sim com “cada um” dos seus telespectadores. Essa afirmação pode ser contestada
pelo próprio fato de que a Globo prioriza defensores da sua visão de
mundo em detrimento de quem a questiona, ou, em todo caso, evita dar
espaço aos críticos que apresentam os argumentos mais objetivos contra as falácias contidas
em suas novelas e matérias ditas “informativas”. Foi o que se viu, por exemplo,
numa polêmica edição do Fantástico durante a qual foi disparada
contra o público uma aberrante lista de informações manipuladas a respeito do
aborto. Confira aqui e aqui.
Recentemente, o bispo Dom Celso Marchiori, da diocese
paranaense de Apucarana, foi explícito e contundente ao afirmar que “a Globo é um demônio dentro de nossas casas“.
Líderes religiosos de diversos credos têm denunciado
abertamente as manipulações veiculadas pela emissora.
Desta vez, um dos sacerdotes mais conhecidos e queridos do
Brasil, o Pe. Zezinho, também divulgou a sua opinião sobre os ataques da
Globo contra o conceito natural de família, a assim chamada “família
tradicional”.
Reproduzimos o seu texto a seguir:
"Os novelistas da Globo e a Família Tradicional
Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto,
confrontemos.
A Globo não tem medo de nós e nós também não temos medo da
Globo.
Não sei se você percebeu, mas o conflito e a ojeriza que se
instalou entre a família tradicional e a família “mutante e avançada” foi
causado pelos novelistas da Globo.
A Globo ganhou rios de dinheiro com as audiências que os
novelistas lhe deram. E eles foram ficando cada dia mais ousados.
Quando veio a reação, lenta, mas inquietante para quem moveu
bilhões de $$$, a Globo não sabe como voltar atrás.
O SBT, a RECORD e a BANDEIRANTES, não porque sejam mais
respeitosas em outros programas, mas porque nas suas entrevistas e outras
mensagens defendem a família tradicional, estão carreando para si a audiência
das famílias feridas na sua autoridade, na sua fé e nos seus conceitos de
homem, mulher e filhos.
Foi e continua sendo uma guerra de conceitos. E os
novelistas, na sua maioria, vestiram a camisa da Globo; e, com exceção de
alguns artistas, a Globo vestiu a camisa e a nudez dessas novelas.
Quando levaram o debate para auditórios entre o que é “avançado”
e o que é “tradição”, o conflito atingiu os artistas, porque estes agora já não
estavam representando o que os novelistas escreviam, mas sim defendendo, como
artistas, as suas próprias ideias. Sobrou para os artistas.
Agora, o povo religioso – são milhões, mais do que a
audiência da Globo – distingue entre deputados, artistas e diretores sérios e
os inimigos de pais, mães, filhos e família.
Se o conflito persistir, não haverá governo para subsidiar
as perdas deste canal!
Se existe uma coisa que um canal de TV teme é a perda de
audiência e de anunciantes. E acho que é isso que vai acontecer quando as
igrejas baterem de frente contra essas mensagens que as desrespeitam.
A Globo está perdendo o coração e a cabeça do povo!
Perdendo muito. Não adianta dizer que chegam a 100 milhões
de telespectadores. As igrejas chegam a 180 milhões, embora nem todos
frequentem. E nem os 100 milhões são fanáticos pela Globo.
Duvido que os atuais novelistas sejam capazes de mudar os
seus temas e o excesso de erotismo e sexo que tanto incomodou as famílias
nestes últimos vinte anos!
Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto,
confrontemos.
Não é a modernidade contra o passado: são 4 mil anos de fé
judaica e cristã contra o ateísmo de quem acha que pai e mãe não têm mais
poder.
A babá-TV está perdendo o seu charme.
Religiosos de todas igrejas, divulguem isso: vocês têm
força. Nós temos força! Cansamos de ver sem reagir!"
Pe. Zezinho, scj
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