Gabriel Nascif
Dele nada se fala não se escreve nada!...
Mas o grande poeta Grapiúna, GABRIEL NASCIF teve publicado
em 1980, pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, o livro "O
SOPRO DO CACHOEIRA", uma coleção de belíssimos poemas declarando seu
grande amor pela cidade natal, por pessoas, pela vida... Na apresentação do
poeta, Haydée de Amorim inicia com a bela frase: "Berço primeiro em terra
Itabunense: 'Jaqueira' - rua beirando 'O Cachoeira', em certa ensolarada tarde
de novembro..."
E depois de traçar o perfil do 'menino inquieto, sempre em
busca do desconhecido...', do 'Professor de Português, Inglês e Teoria da
Literatura' encerra assim: "E de repente, não mais que de repente, a
eclosão dos seus versos na magnitude e dolência do SOPRO DO
CACHOEIRA, serpenteando como sua alma, ávida de emoções, numa busca
eterna e oceânica..."
Hoje Itabuna Centenária-ICAL pergunta: Gente, cadê Gabriel Nascif?
Hoje Itabuna Centenária-ICAL pergunta: Gente, cadê Gabriel Nascif?
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ALI
O cantar dos ventos
Funde-se na infância ida,
Colorida,
Haurindo na esfera
Ao som das feras
Como pedras e entre pedras ali.
O cantar dos ventos
Confunde-se com o chuá
Das correntezas,
Suando gotas de infância
No compasso pedrangular
Em forma retangular, acolá.
O cantar dos ventos
Difunde-se na instância
Diáfana,
Desfilando lembranças anímicas
Em procissão crepuscular.
O cantar dos ventos
Frui-se na esfera
Como quem espera.
Gabriel Nascif
* * *
Saudoso Gabriel Nascif... sem dúvida, representou muitíssimo bem a cultura e a literatura baiana e itabunense.
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