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sábado, 11 de fevereiro de 2017

FILHOS DE ITABUNA: Gabriel Nascif

Gabriel Nascif


Dele nada se fala não se escreve nada!...
Mas o grande poeta Grapiúna, GABRIEL NASCIF teve publicado em 1980, pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, o livro "O SOPRO DO CACHOEIRA", uma coleção de belíssimos poemas declarando seu grande amor pela cidade natal, por pessoas, pela vida... Na apresentação do poeta, Haydée de Amorim inicia com a bela frase: "Berço primeiro em terra Itabunense: 'Jaqueira' - rua beirando 'O Cachoeira', em certa ensolarada tarde de novembro..."

E depois de traçar o perfil do 'menino inquieto, sempre em busca do desconhecido...', do 'Professor de Português, Inglês e Teoria da Literatura' encerra assim: "E de repente, não mais que de repente, a eclosão dos seus versos na magnitude e dolência do SOPRO DO CACHOEIRA, serpenteando como sua alma, ávida de emoções, numa busca eterna e oceânica..."

Hoje Itabuna Centenária-ICAL pergunta: Gente, cadê Gabriel  Nascif?
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ALI 


O cantar dos ventos

Funde-se na infância ida,
Colorida,
Haurindo na esfera
Ao som das feras
Como pedras e entre pedras ali.
O cantar dos ventos
Confunde-se com o chuá
Das correntezas,
Suando gotas de infância
No compasso pedrangular
Em forma retangular, acolá.
O cantar dos ventos
Difunde-se na instância
Diáfana,
Desfilando lembranças anímicas
Em procissão crepuscular.
O cantar dos ventos
Frui-se na esfera
Como quem espera.


Gabriel Nascif

* * *

Um comentário:

  1. Saudoso Gabriel Nascif... sem dúvida, representou muitíssimo bem a cultura e a literatura baiana e itabunense.

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