Geraldo Carneiro foi eleito para a ABL (Foto: Globo
News)
Ele ocupará a cadeira deixada pelo acadêmico e
teatrólogo Sábato Magaldi. Dos 34 votos dos acadêmicos, o poeta recebeu 33.
Do G1 Rio
27/10/2016
O poeta, compositor e roteirista mineiro Geraldo
Carneiro, de 64 anos, foi eleito na tarde desta quinta-feira (27) para a
Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocupará a cadeira 24, que pertencia ao
acadêmico e teatrólogo Sábato Magaldi. A eleição aconteceu na sede da
instituição, no Centro do Rio. Dos 34 votos dos acadêmicos, o poeta recebeu 33,
com uma abstenção.
“Estou muito feliz. Já havia uma expectativa pelo
que os acadêmicos me disseram. Desde que soube, já estava muito feliz. Mas na
hora que acontece é diferente. Vira realidade mesmo, deixa de ser promessa.
Tenho muita admiração por vários acadêmicos, que guardo com muito respeito em
minhas estantes. Agora terei a honra de consultá-los pessoalmente,” afirmou
Geraldo.
Biografia
Geraldo Eduardo Ribeiro Carneiro nasceu em Belo Horizonte em 11 de junho de 1952. Ele começou a manifestar interesse pelas artes ainda jovem, influenciado pelos artistas que frequentaram a casa de seus pais.
Geraldo Eduardo Ribeiro Carneiro nasceu em Belo Horizonte em 11 de junho de 1952. Ele começou a manifestar interesse pelas artes ainda jovem, influenciado pelos artistas que frequentaram a casa de seus pais.
Em 1968, iniciou uma parceria com o músico Egberto
Gismonti que durou 12 anos e rendeu mais de 60 músicas. Ao longo da carreira,
também foi parceiro de outros músicos, como Astor Piazolla, Tom Jobim, Wagner
Tiso e Francis Hime.
Como escritor, Geraldo estreou na televisão em
1976, como colaborador do autor Bráulio Pedroso na minissérie “Parabéns pra
você,” exibida pela TV Globo. Três anos depois começou a trabalhar na TV
Manchete.
Em 1989, voltou à Globo e escreveu roteiros de
especiais, seriados e novelas como a minissérie “O sorriso do lagarto”, “Terça
Nobre”, e “Brasil Especial”.
No teatro, escreveu roteiros de peças de sucesso,
como “Elas por ela,” estrelado por Marília Pêra, “Lola Moreno”, “Folias do
coração” e “Apenas bons amigos”, em parceria com Miguel Falabella; A bandeira
dos cinco mil réis e Manu Çaruê. Também assinou traduções de peças de
Shakespeare como “A tempestade”.
É autor dos livros de poesia: “Em busca do
Sete-Estrelo”, “Verão vagabundo”, “Piquenique em Xanadu”, “Pandemônio”, “Folias
metafísicas”, “Por mares nunca dantes”, “Lira dos cinquent’anos” e “Balada do
impostor”. Com Carlito Azevedo, lançou “Sonhos da insônia”, com a tradução de
sonetos de William Shakespeare. Também publicou, em prosa, os livros “Vinícius
de Moraes: a fala da paixão” e “Leblon: a crônica dos anos loucos”.
No cinema, assinou os roteiros dos filmes
“Eternamente Pagu”, de Norma Bengell; e “O judeu”, escrito com Millôr
Fernandes, Gilvan Pereira e o diretor do filme, Jom Tob Azulay.
Em 2011, recebeu o prêmio Emmy Internacional, pela adaptação de “O astro”, escrita no ano anterior, em parceria com Alcides Nogueira.
Em 2011, recebeu o prêmio Emmy Internacional, pela adaptação de “O astro”, escrita no ano anterior, em parceria com Alcides Nogueira.
Dois anos depois, em 2013, publicou “O discurso do
amor rasgado”, com traduções de poemas, fragmentos e cenas de Shakespeare,
organizado em parceria com Ana Paula Pedro. O livro ficou entre os finalistas
do Prêmio Jabuti.
Em 2014, escreve, para Juca de Oliveira, uma
adaptação de “Rei Lear”, de Shakespeare. Nesse mesmo ano, 27 de seus poemas,
traduzidos para o inglês por Charles Perrone, são publicados pela Machado de
Assis Magazine, da Biblioteca Nacional.
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