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sexta-feira, 22 de junho de 2018

ACADÊMICO GERALDO CARNEIRO COORDENA NA ABL O SEMINÁRIO BRASIL, BRASIS DE JUNHO, INTITULADO ‘LITERATURA E MISCIGENAÇÃO’



A Academia Brasileira de Letras dá continuidade à série de Seminários “Brasil, brasis” de 2018 com o tema Literatura e Miscigenação, sob coordenação do Acadêmico e poeta Geraldo Carneiro (sexto ocupante da cadeira 24, eleito em 27 de outubro de 2016) e a participação do professor Eduardo de Assis Duarte. O coordenador-geral dos Seminários “Brasil, brasis” de 2018 é o Acadêmico e professor Domício Proença Filho. O seminário está programado para o dia 26, terça-feira, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.

O Seminário Brasil, brasis, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal da ABL, tem patrocínio do Bradesco.

O CONVIDADO

Eduardo de Assis Duarte possui graduação em Letras pela UFMG (1973), mestrado em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro (1978) e doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela USP (1991). Cumpriu programas de Pós-doutorado na UNICAMP e na UFF. Aposentado em 2005, mantém vínculo voluntário com a UFMG, atuando como professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários. Participa do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (Neia). Trabalha, em especial, com os seguintes temas: literatura e alteridade; literatura afro-brasileira; romance, história, sociedade; Machado de Assis; Jorge Amado. Coordena o grupo de pesquisa “Afrodescendências na Literatura Brasileira” (CNPq)  e o literafro “Portal da Literatura Afro-brasileira”, com informações biobibliográficas, críticas e excertos de mais de 100 autores.

20/06/2018

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SILÊNCIO ABSOLUTO – Gabriel Nascif


Silêncio absoluto


No profundo silêncio,
tua voz,
em ársis tímida
busca o oceano
ao canto da lira
na eterna
madrugada de novembro.

No lençol do imundo silêncio
o já ir de tua voz
rasga-se
temporariamente,
perplexa,
escrevendo no ventre da noite
o porquê da injustiça e sorte
                        humana morte
manto de retina circunspecta.
Pranto de fogo aveludado.

(O SOPRO DO CACHOEIRA)
Gabriel Nascif

......

Depoimento de Jorge Araújo, crítico
de arte do Jornal do Brasil, poeta e
contista Grapiúna. De sua autoria – Eu
Nu e Algumas Curtas Estórias, além
de outros trabalhos.

            Ingênua e simplesmente fluida como as águas do rio que intente canta, essa poesia de Gabriel Nascif nasce um pouco da perplexidade e inquietação das novas gerações, perdendo-se e reencontrando-se no interior do poeta. De bom nível e clima estético, emerge um poema – “Silêncio Absoluto” -, centrado na palavra, que antecipa o provável caminho por que o poeta certamente fincará seu marco.
                                                                                                                                                        JORGE ARAÚJO



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MORANDO EM ESTOCOLMO, ILANA ELEÁ APRESENTA "ENCONTROS DE NEVE E SOL"


Publicado: 31 Maio 2018

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Foto: Lumeah Brand Photography

Ilana Eleá, é carioca, doutora em Educação pela PUC-Rio, trabalhou como coordenadora científica na The International Clearinghouse on Children, Youth and Media, pela Nordicom (Nordic Information Centre for Media and Communication), na Universidade de Gotemburgo, Suécia. Atualmente, dedica-se à escrita ficcional.

É membro do Mulherio das Letras na Europa, escreve poesias e cria vídeo poemas para seu canal no YouTube; livros infantis para a Bibliotek Barnstugan, uma proposta inovadora e aberta ao público no jardim de sua casa, com intenção de oferecer um espaço de convivência literária e encantamento por livros às crianças e suas famílias. Ilana recebeu o prêmio Bättre Stadsdel como Promotora de Cultura 2018 por ter criado uma biblioteca infantil no seu jardim em Estocolmo, onde mora desde 2011. “Encontros de Neve e Sol”, publicado pela editora e-galáxia, é seu livro de estreia no gênero autoficção.

“Sandra Espilotro, minha consultora literária pela editora e-galáxia, assoprou esse novo título: “Encontros de Neve e Sol”, em substituição ao que até poucas semanas antes do lançamento seria “Ela foi para a Suécia”. Achei brilhante a síntese.”

Boa leitura!


Escritora Ilana Eleá, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a escrever o romance “Encontros de Neve e Sol”?

Ilana Eleá - Penso que ao mudar para um país completamente diferente do seu, no qual se fala uma língua incompreensível, onde as pessoas se comportam dentro de códigos estranhos, há uma voz incessante pedindo samba: salve-se quem escrever.


Apresente-nos a obra. (sinopse)

Ilana Eleá - Não considero “Encontros de Neve e Sol” uma obra: para mim é uma conversa em voz baixa, é um diálogo com vozes altas, é uma roda com gente de perto e longe ouvindo uma narrativa reinventada sobre o que e como se viveu uma paixão movedora entre duas pessoas de culturas distintas. “Encontros” é um livro, um relato, um diário, uma página atrás da outra na tela com fragmentos de memórias circundando meus primeiros seis meses em Estocolmo, um aroma nostálgico, quase uma porção de banana frita com canela, a água de coco na praia.


Qual o momento, enquanto escrevia o livro, que mais a marcou?

Ilana Eleá - Escrevi o livro ao longo de sete anos, e a cada capítulo uma marca, um talho na pele, um punhado de lágrimas ora de lago, ora de riso. O que mais me marcou foi parar, porque eu precisava da continuação.


Qual o cenário, espaço geográfico escolhido para a trama?

Ilana Eleá - Venha conhecer uma casa no alto da montanha no subúrbio mais quente do Rio de Janeiro, em Bangu; ou passear de bonde no Rio antigo; jogar futebol em Copacabana; o chope no Jobi, no Leblon; os corredores da PUC-Rio, o samba na Lapa, Santa Teresa – e depois, saindo de avião, pesando casacos de inverno, suba até o norte da Suécia e veja um horizonte congelado em Åre – volte para Estocolmo e escute como a cidade se apresentou.


Como foi a escolha do título?

Ilana Eleá - Sandra Espilotro, minha consultora literária pela editora e-galáxia, assoprou esse novo título: “Encontros de Neve e Sol”, em substituição ao que até poucas semanas antes do lançamento seria “Ela foi para a Suécia”. Achei brilhante a síntese.


Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio da leitura desta obra literária?

Ilana Eleá - Espero não transmitir mensagem alguma, espero poder ouvir o som da voz do leitor encontrando novos labirintos e fugas, identificando-se, quem sabe, com a beleza de alguma frase ou imagem, os rios passando pelas histórias minhas e deles, sem margens.


Você mora em Estocolmo. Como vem sendo a receptividade do autor brasileiro na Suécia?

Ilana Eleá - A editora Tranan lançou uma coletânea de contos maravilhosa: “Brasilien berättar: Ljud av steg — Trettiosju noveller och mikronoveller”, com 37 histórias de autores do nosso país. Já perdi as contas de quantas vezes escolhi esse como presente para os amigos suecos. Essa é uma editora respeitada e de qualidade, responsável por traduções fantásticas feitas para os livros de Clarice Lispector, Elvira Vigna e Guimarães Rosa. Em 2014, a Bokmässa, feira do livro sueca, teve o Brasil como país homenageado, e pudemos ter acesso a livros traduzidos de Andréa del Fuego e Michel Laub. A querida Ulla Gabrielsson, poeta e tradutora, traz versos brasileiros para essa língua nórdica, traduzindo Ferreira Gullar e Ana Luísa Amaral. Também posso dizer que abri uma biblioteca infantil ao público no jardim da nossa casa, em uma “casinha de brincar”. Pela Bibliotek Barnstugan recebi semana passada o prêmio Bättre Stadsdel como Promotora de Cultura 2018, o que foi uma agradabilíssima surpresa. O livro infantil “Tom”, escrito pelo maravilhoso André Neves, premiado aqui na Suécia, foi traduzido para o sueco e é um dos favoritos do nosso acervo e público.


Onde podemos comprar "Encontros de Neve e Sol"?

Ilana Eleá - O livro está disponível na Amazon, Saraiva, Cultura, Kobo, Google Play: você escolhe a sua livraria digital preferida, compra, baixa e lêno seu computador, celular ou Ipad. Não precisa ter kindle para ler, embora muita gente pense que sim, o que tem se mostrado um desafio. A parte deliciosa é saber que, uma vez iniciada a leitura em tela digital, muita gente querida, adoradora de papel, reconhece que a leitura em tela também tem sua vez, charme e voz.



Quais os seus principais objetivos como escritora?

Ilana Eleá - Escrever transforma trechos da pele e da vida em versos e cenas para perto, muito perto, das palavras e cenários de sentimentos. Espero continuar nesse transe de borboleta até os dedos cansarem as avenidas da morte, aquelas que chegam sem parágrafo ou ponto-final.


Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Ilana Eleá. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Ilana Eleá - Sintam-se à vontade para visitar meu canal no YouTube. Ali, vocês podem ouvir trechos de “Encontros de Neve e Sol”, conhecer meu videopoemas e ouvir poemas nórdicos traduzidos para o português. O espaço é pequeno, uma floresta miúda e aconchegante. Na página www.ilanaelea.online tem mais café, troncos longos de árvore, uma cesta de piquenique e conversa, como olho no olho. Leiam também outras autoras mulheres, também as vivas; leiam autoras estreantes, procurem saber sobre o Mulherio das Letras no Brasil e mundo afora. Até logo! E se lerem “Encontros de Neve e Sol”, espero que a gente consiga conversar mais sobre os textos e nervos, suas interpretações. A primeira pessoa a me escrever vai ganhar um e-book de presente! Um beijo!


Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura



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quinta-feira, 21 de junho de 2018

CARTA AOS MEUS FILHOS... – Zoraide Espinoza


Quando eu for velha, não serei uma velha comum, daquelas que tricotam sapatinhos para os netos, não porque eu não ache isso bacana, é porque nunca tive paciência para o artesanato, aliás, sou um desastre nessa arte, rsrs.

Quando eu for velha, não quero que se preocupem em me visitar todos os domingos, somente para cumprir uma obrigação. Façam isso quando sintam realmente vontade de me ver, quando sintam saudades daquele cheirinho que só a "sua" mãe tem, quando sintam saudades do meu tempero, ou da forma que meus olhos olham para vocês, com orgulho, com amor e ternura.

Quando eu for velha, não quero que me levem feito um pacotinho de uma casa pra outra. Quero ficar no meu canto, "quero ficar na minha", vocês sabem o quanto eu valorizo a liberdade, não só a minha, mas sobretudo dos outros.

Quando eu ficar velha, quero que vocês me olhem e sintam orgulho de todas as minhas tentativas de viver a vida conforme os meus princípios, conforme a minha vontade. Não quero que pensem que fui egoísta, que alguma vez falhei com vocês, ou que eu amei de menos ou amei de mais. Eu simplesmente optei: eu quero ser mãe, eu quero gerar esse filho, essa filha, porque sei que eles serão pessoas especiais e que poderão fazer a diferença em suas vidas e nas dos demais e eu os amo muito!!!

Quando eu for velha, permitam-me ficar com meus netos e mimá-los do meu jeito, não critiquem se eu exagerar nos carinhos, nos presentes e se eu discordar com algum castigo mais pesado pra eles.

Quando eu for velha, não sintam pena de mim quando estiver debilitada, olhem para mim e digam: minha mãe é forte, ela vai vencer mais essa!! E não duvidem, eu vou vencer!!

E por fim:

Meus queridos filhos, não se sintam responsáveis por mim, eu lhes tiro essa obrigação. Eu os solto, os libero. Vivam suas vidas, trilhem seus caminhos, amem seus amores, formem-se, trabalhem, tenham êxito, criem seus filhos (se quiserem tê-los). Sejam corajosos, sonhem muito, sonhem alto! Sejam gentis, retribuam sorrisos, compartilhem bons momentos, cuidem de seus corpos, mas especialmente de suas almas. Jamais duvidem da existência de um Ser Superior. Não se prendam a dogmas, não julguem nada, não condenem ninguém, não acreditem em tudo o que lhes disserem, procurem vocês as respostas. Usem o poder que há dentro de vocês. Lembrem-se sempre disso: Vocês podem tudo! O impossível não existe, mas é preciso crer piamente nisso! 

PS. Acreditem em vocês! Sempre!! Sejam muitooo felizes!!

De: Sua sempre mãe



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Ligue o vídeo abaixo:


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“DIREITOS” DE RIOS E BICHOS (II) – Marcos Machado


21 de junho de 2018
Deus, o homem e o uso dos seres irracionais

♦  Marcos Machado

Iniciamos, no último artigo, considerações sobre um tema tantas vezes focalizado de modo equivocado na mídia e em meios culturais influenciados pela esquerda petista e não petista: os “direitos” de seres irracionais.

Citamos o artigo de “O Globo” (1º-6-18), de Marlen Couto: “Um rio pode entrar na Justiça para defender-se da poluição? […] a Justiça Federal de Belo Horizonte analisa se aceita ou não uma ação movida em novembro pela ONG Pachamama em que o próprio Rio Doce pede seu reconhecimento. […] a mudança de tratamento na lei, na avaliação de seus defensores, amplia a proteção ambiental ao aproximar direitos de rios e animais, por exemplo, aos garantidos aos humanos”.

Vimos que Deus, autor da Criação, criou o Homem à Sua Imagem e Semelhança (inteligência, vontade) e o constituiu Rei de todos os seres: “Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais, que se movem sobre a terra”(Gen. I, 28).

Em consequência, os seres irracionais ficam submetidos ao homem, que guiado pela Lei Natural e, mais ainda, pela Moral Católica, fará o reto uso das leis da natureza em relação aos seres não inteligentes.

Queremos hoje tratar de mais um aspecto da questão.

A lei do pêndulo na História

Há uma lei histórica, que poderíamos denomina-la “lei do pêndulo”, a qual nos mostra que um extremo de intemperança provoca um cansaço na opinião pública e prepara com isso o ambiente para que ela aceite uma intemperança oposta.

Deu-se isso, por exemplo, nos extremos de sangueira provocados pelo comunismo e pelo nazismo na Segunda Guerra mundial, os quais criaram as condições psicológicas ou a apetência de um pacifismo desenfreado no pós- guerra.

A formulação corrente de que um extremo atrai outro extremo é fundamentalmente errada. Um auge de virtude nunca gera um auge de mal. Mas um extremo intemperante atrai outro extremo intemperante.

Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo pregando e ensinando o extremo do verdadeiro, do bom e do belo, jamais foi causa do extremo oposto, ou seja, do errado, do mau ou do feio.

O mesmo se passa na sociedade humana: o reto progresso — que é fundamentalmente afim com a Tradição — prepara para novos progressos. Nunca um reto progresso cria condições para a barbárie.

A “lei do pêndulo” nos mostra, pelo contrário, que um extremo desordenado causa um cansaço e prepara a opinião pública para o extremo oposto.

O terreno fértil para o proselitismo ecológico vem exatamente de um progresso sem tradição que norteou a chamada Revolução Industrial, com seus excessos, sua poluição etc., Um abismo atrai outro abismo, diz a Sagrada Escritura.

O homem deve completar a excelência da Criação

Comenta o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “É desígnio da Providência que, agindo segundo essa ordem [criada por Deus], a humanidade complete de algum modo, com a obra de suas mãos, a excelência da criação. Quando a técnica se deixa guiar inteiramente pela doutrina da Igreja, ela concorre para produzir o verdadeiro progresso, muito diverso do imenso caos a que nos conduziu o tecnicismo neopagão.”

Essa observação do Prof. Plinio é muito oportuna, porque a ecologia coloca uma “camisa de força” na criatividade do homem e paralisa nossos esforços na linha do reto progresso, da excelência da criação. “As obras do homem são netas de Deus”, afirmou Dante Alighieri. Deus quer que o homem aperfeiçoe a natureza.

Assim procedeu, por exemplo, o Aleijadinho, tomando a pedra sabão e fazendo com ela a verdadeira maravilha que são os Profetas em Congonhas do Campo [foto ao lado: estátua do Profeta Daniel].

O mesmo se diria do Cristo Redentor no Corcovado. O homem intuiu que uma imagem do Salvador ficava bem ali, e então corou aquela natureza, completando-a com um “possível de Deus” — ou seja, com algo que Deus poderia ter feito, mas quis deixar para o homem fazer.

Prossegue o Prof. Plinio:

“Não é verdade que o universo seja um caos: ele é, pelo contrário, uma obra ordenada e excelente de Deus; em consequência, o progresso técnico em si mesmo não pode senão trazer benefícios para a humanidade.”

Voltando à raiz do problema e apontando a solução, ele continua:

Se, in concreto [o progresso técnico], não os trouxe, e até concorreu para agravar imensamente os problemas humanos, deve-se atribuir isto ao fato de que o progresso contemporâneo, sob muitos e muitos aspectos, não é mais um progresso autêntico: ele se deixou inspirar e guiar por doutrinas falsas, e assim passou a ser, não in totum, mas de várias maneiras, um fator de deformação do homem e de agravamento de seus problemas”.

Portanto, corrijamos o desvio no homem e não caiamos no erro crasso (dos ecologistas) de atribuir “direitos” a seres irracionais.

“Este dramático desvio do progresso foi possível porque existe na humanidade um fator de desordem, causado pelo pecado original e pelos pecados atuais. Este fator, pelo qual, como vimos, tantas vezes o progresso se deixou dominar e corromper, não é obra de Deus, mas do homem”.

Terminamos com uma nota de esperança

“O remédio para este mal consiste em [voltar-se para] Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador nosso. Se o homem não tivesse se afastado d’Ele, o progresso não teria sofrido tão trágico desvio. Se o homem se voltar para o seu Divino Salvador, o progresso se desenvencilhará de suas deturpações e produzirá os frutos mais excelentes.”1

Fica, pois, apontada a verdadeira solução: voltarmo-nos para o “Divino Salvador, e o progresso se desenvencilhará de suas deturpações e produzirá os frutos mais excelentes”.

         Para isso nos ajudem Nossa Senhora Aparecida e o Cristo Redentor.
____________
“Catolicismo” Nº 91 – Julho/1958.  http://catolicismo.com.br/acervo/num/0091/P04-05.html



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21 DE JUNHO DIA DE MACHADO DE ASSIS


Perfil do Acadêmico

Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
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Discurso de Inauguração da Academia (20/07/1897)

DISCURSO DE MACHADO DE ASSIS

Pronunciado na sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras em 20 de julho de 1897, ao empossar-se Presidente.


SENHORES,


Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora, que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova, naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige, não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.



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quarta-feira, 20 de junho de 2018

VOCÊ SE AMA? - Antonio Nunes de Souza


Você se ama?

Um pergunta simples que, certamente, todos responderão, obviamente, que sim!
Pois, imagino eu, que quando citar uma série de fatos e atos, você parará para pensar e fazer reflexões e, seguramente, vai chegar a conclusão que não se ama tanto como pensa, ou diz um “sim” com a maior convicção e segurança!

Hipoteticamente vou enumerar uma série de fatos e atos, que muitas pessoas praticam tranquilamente no dia a dia de suas vidas que, literalmente, provam como elas não se amam como dizem, baseando-me nos seus comportamentos.

Se por exemplo você é fumante (mesmo sem ser inveterado), toma seus drinques e chopes durante ou nos fins de semana, adora iguarias como feijoada de mocotó, rabada, dobradinha com feijão branco, sarapatel, perde noites em eventos e festas, não dormindo o suficiente e adora praticar esportes radicais, pode ter certeza que não é esse amoroso todo como você mesmo diz!

Pode ser ou parecer que seja um exagero meu estar dando essa opinião a respeito dos praticantes dos atos acima. Mas, trata-se de uma realidade, mesmo sendo pessoas ainda jovens, mas, com certeza, se faz importante ser mais seletivos na alimentação, minimizar as bebidas e, imediatamente, eliminar o fumo dos seus vícios. Pois, este lhe prejudica em duas correntes importantes: financeiramente e salutarmente. E, com certeza, com o tampo você verá que, durante sua vida, ou seja seu lento suicídio, gastou com cigarros o equivalente a um apartamento! Comportou-se como um piromaníaco auto-destrutível!

Creio que vale a pena você depois que ler e analisar seu comportamental, provavelmente tomará algumas precauções, cuidará melhor da sua alimentação, fara exercícios regularmente, deixará de ter um fedido hálito de cigarros e bebidas e, seguramente, sentirá uma grande melhoria na sua vida e, bravamente, dizer com ênfase: Eu hoje me amo!

Antonio Nunes de Souza, escritor.
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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